terça-feira, 23 de novembro de 2010

[...]

Das palavras que falei
Dos versos que escrevi
Das lágrimas que derramei
Da saudade que senti.

Dos momentos que passei
Da intensidade que vivi
Do caminho que percorri
Dos sentimentos que revivi.

Da vontade que tive
Da raiva, me contive
Em consenso, reconsiderei
Em alegria, deliciei.

Do amor que senti
Do ódio que me puni
De mim mesmo, omiti.

Só me restam palavras
Só me restam lembranças
Onde andará minha esperança?
Me arrependi dos caminhos percorridos
Dos desejos repreendidos
E da saudade que dominou meu coração no momento.

Quero voltar a ser o que era antes
Quero voltar a ser o que jamais poderei ser
Nesta obscura vida.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ficou no ontem

Minhas tentativas de crescimento
Meus desejos e atormentos
Meu fascínio, meu contentamento

Ficou no ontem
Meu amigo, meu irmão
Meu amor, minha paixão
Um sonho, uma esperança
Castigos e lembranças.

Ficou no ontem
O desprezo e a falta de emoção
A benevolência, a devoção
Altruísmo e consolação.

Ficou no ontem
Minha vida, meu alguém
Meu desespero e de mais ninguém
A tortura que me convém
As lágrimas por outrém
A saudade que nunca vem

Ficou no ontem
A alegria que contenta
A dor que desacalenta

Ficou no ontem
Um alguém que já morreu
E que agora renasceu
Para que o amanhã seja lembrado
E de novo se torne um ontem
Neste ciclo ocioso de mutações sentimentais.

domingo, 21 de novembro de 2010

Devaneios de outrora.

Dos textos mais lindos que escrevi
Pra um alguém
Pra um ninguém
Pra um outrém
Não foram suficientes.

Nos momentos de alegria
Nos momentos de tristeza
Nos momentos de paixão
Nos momentos de agora
Nos momentos de outrora.

Dos textos mais lindos que escrevi
Pra um qualquer
Você ou você
Amigué.

Nos momentos de tesão
Depressão
Ilusão

Dos textos mais lindos que escrevi
Não pude nem resistir
Me dei por completo
Mergulhei num mar repleto,

Dos textos mais lindos que escrevi
Não me restou nada
Só assistir de novo
Os momentos que passaram por mim.

E consentir
Dos textos que escrevi?
Dos sentimentos que senti?
É fato: Não estão mais em mim.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aqui & Alí

De onde eu vim não sei o porque saí
De onde saí, não sei porque eu vim
Onde ficar?
Onde tentar?
Como recomeçar?
De onde eu vim não obtive respostas
Aonde eu fui
Fecharam-se as portas.

De onde eu vim
Retornei
Tudo novo de novo
Abrindo e fechando portas
Num ciclo obscuro de tentativas inacabadas.

Pra onde eu fui?
Fui para onde?
Nem eu sei
Voei tão alto que minha imagem sumiu no ato.

Pra onde eu fui?
Não sei
Mas sei que pra onde eu fui eu tentei...
Eu tentei ser feliz.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tudo passa

A vida em constante desespero
O mundo numa rotação pela metade
O dia, a noite
A vida, os acontecimentos
O amor, as amizades
O passado passou
As incertezas passaram
Seu amor se foi
Mas fico a te amar, mesmo que ainda em silêncio.

O erro passou
Os acertos também
Os divertimentos noturnos
A correria cotidiana
Os amores de verão
E de inverno também.

O beijo ofegante
O sexo tão tocante
O olhar penetrante
Tudo passa.

Mas a vida fica
E com ela fica o que é verdade
Com ela fica a saudade
Os momentos de felicidade
O conformismo é uma maldade
Mas fazer o que?
A vida é repleta de necessidade.

Mas fico aqui...
Esperando uma amnhã
Para que assim eu possa dizer...
Passou, tudo passou.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Espera

De novo tô aqui...
Acho que minha maneira de expor meus sentimentos através de poesias já não me funcionam. Preciso me entregar constantemente ao papel e caneta para libertar toda essa tristeza que jorra do meu coração como um hidrante quebrado. Acho que sou um tolo, tenho me dado todas as chances do mundo, tenho me jogado de cabeça em tudo, tenho feito as coisas erradas... Magoado pessoas, criando inimigos ocultos, cultivando amizades falsas apenas para continuar fazendo meu papel de "bom moço" e sociável.
De novo tô aqui...
Escrevendo sem pensar, quer dizer, quase que sem pensar... As palavras explanam da minha mente sem passar pela minha razão. Essa espera parece me matar... Tenho me acomodado muito com relação a tudo, e o pior: Eu sei e não faço nada para mudar. Tenho usufruido de benefícios proporcionados por aqueles que me deram a vida e não tenho retribuído. Tenho tentado conquistar meu espaço, mas minha introverssão não deixa, minha síndrome do "sou um ninguém" me domina por completo.
De novo tô aqui...
Declarando as mesmas baboseiras sobre minha vida. E quem se importa com ela? Os problemas são de cunho pessoal de Henrique Lima e não de você, ou você, ou você. Quem se importa com a vida dos outros enquanto a sua está um lixo também? Eu não me importo (eu acho).
De novo tô aqui...
Tentando vencer a saudade e os meus sentimentos que gritam estrondosamente por um abraço apertado; Tentando me dizer um outro "sim", mas que... Nem sei o que falar.
De novo tô aqui...
Doente enquanto metade de minha vida está tão longe pra me acalantar e me confortar. Me dar remédio, carinho e atenção...
De novo tô aqui...
Chorando como um idiota que sabe que a vida não é fácil, e que nada aparece derrepente. É preciso correr atrás.
De novo tô aqui...
Esperando, esperando e esperando que tudo aconteça naturalmente, mas a natureza parece estar contra mim. Tudo tem ido sentido contrário ao que planejei, ao que sempre sonhei para a minha vida...
De novo tô aqui...
Reclamando da minha vida, enquanto muitos nem se quer vida tem. Mas eu posso reclamar sim. Eu era melhor do que tudo isso, eu tinha mais do que tudo isso. Eu reclamo porque eu tenho a capacidade de ter o melhor.
De novo tô aqui...
Nessa espera incessante do amanhã que parece nunca chegar, que parece que virá cheio de raios e trovões.
De novo tô aqui...
Esfaqueando minha consciência. Logo eu, que sempre dou conselhos de paz e equilíbrio para as pessoas. Por que será que não os uso ao meu favor??
De novo estarei aqui mais um dia...
Apenas para descarregar toda a dor que meu coração vem enfrentando a cada dia em que convivo com o ser humano... E apenas para dizer que ainda espero, porque a espera é eterna na minha vida.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Aprendendo a amar.

Não exijo que me queira
Apenas me ensine a querer
Para que assim eu possa sonhar com a vida lá fora.

Não exijo que me ame
Apenas me ensine a amar
Para que assim eu possa amar a mim mesmo.

Não exijo que fique ao meu lado
Apenas me mostre o prazer de uma companhia
Para que assim eu possa suprir minha solidão.

Não exijo o seu corpo
Apenas me mostre o prazer oculto encoberto entre suas roupas
Para que assim eu possa lembrar do teu toque.

Não exijo o seu sorriso
Apenas sorria mais uma única vez
Para que assim eu guarde o significado do que é alegria.

Não exijo que me beije
Apenas me abrace forte
Para que assim eu possa sentir o que é estar protegido.

Não exijo você
Apenas exijo que seja único e autêntico
Para que assim...
Eu lembre, um dia, que meu amor não o aprisionou.