quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Casulo

Aprisionei-me neste tempo de forte tempestade;
Aprisionei-me neste quarto de forte frio;
Enfestado de tristeza
Enfestado de saudade.

Aprisionei-me neste passado que detona
Neste presente que magoa
Neste agora que me mata.

Aprisionei-me naquele choro incessante
Naqueles pensamentos penetrantes
Naquela dor... Ofegante.

Fiquei preso naquele casulo do passado
Naquele escuro, entre trevas e tornados
Aprisionei-os ao meu lado
És só meu, és sagrado.

Neste tipo de texto aprisionei-me
Nas entrelinhas quase intermináveis
Nas idas e vindas de raiva, tristeza e solidão...
Aprisionar-me-ei enquanto estiveres tão longe
Aprisionar-me-ei enquanto meu amor por vocês ainda permanecer aqui
Mesmo que tão distante...
Aprisionar-me-ei.

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