quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dificuldade



Num desconhecido ambiente
Na penumbra deste ocidente
Me perco nas dúvidas
Me enforco nos medos
Me vejo sem saída
Me vejo sem vida.

Tão longe de casa
Tão longe do mundo
Me perdi de mim mesmo
Me perdi do meu rumo.

Sem dinheiro
Sem família
Sem amigos

Sozinho tendo a continuar
Mais uma vez
Sozinho tenho que prosseguir
Preciso encontrar o sucesso.

Onde estará?
Nas penumbras deste ocidente entediante
Nos escuros dos buracos que tenho aberto
Ou nas curvas mal feitas que tenho feito na vida?

Onde estará o sucesso
É preciso correr
Pra crescer
Pra amadurecer
É preciso recomeçar
A viver.

Com dificuldades
Com medos
Coberto de enfermos
É preciso sobreviver.
Tudo que basta é tentar ser
O que sempre tentei.

Força.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quem vê?

Aquele homem sorridente no parquinho com seus filhos parece feliz
O caminhar misturado ao sorriso daqueles que passam pela Paulista todo dia
O vai-e-vem de um dia conturbado
Pessoas aqui
Pessoas lá
Ninguém vê.

Ninguêm vê as lágrimas que escorrem sobre sua face
O tempo corre
E é preciso correr para não perdê-lo.

Ningúem vê
Porque ninguém vê?

Tudo passa tão devagar
Mas ninguém vê.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Decepção

Chegou a hora de partir
Com muita dor no coração
Não consigo discernir
Não sinto a mim
Não sei de onde vim.

Com medo dos erros
Vou buscando o perfeito
Vou encobrindo os defeitos
Mostrando meus efeitos.

Sem razão pra dizer
Sem vontade de me defender
Ouço calado
Nada a dizer.

Decepção
Aparece quando se menos espera
Ela chega de repente
Ela domina a gente.

Sem nada pra dizer
Sem vontade de ofender
Sem vontade de....
Viver.

Sem coragem em meu ser
Com vontade de crescer
Com decepção ou prazer
Vou vivendo
Vou tentando amadurecer.

Se disse algo, fujo
Se fujo, fico preso em mim
O que fazer?
Ficar ou correr?

Sem vontade de estar
Sem razão pra ficar
É humilhante
É
Decepcionante.