quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

The life is like wine!

A vida é como vinho
O cheiro nem sempre se mostra
O gosto nem sempre é o melhor
Pensamos ser o magnífico
Pensamos ter saboreado
Mas sempre vem as náuseas depois
Como a vida,
Cansada vida de puro vinho barato

Uma estrofe seria capaz
Ou duas
Ou uma palavra
Mas não podemos deixar de querer saborear cada vez mais
Do gosto que a vida tem
Algumas vezes amarga
Outras doces
Outras viciantes
É a vida,
É bonita, é amarga
É a vida

A vida é como vinho
Seca, mas molhada como as lágrimas que escorrem
Doce, mas amarga como as palavras, como a realidade
A vida é vinho tinto
Pintada pelas mãos daqueles que fingem ser artistas.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Qual o valor do meu amor?

Dez, mil ou um milhão?
O amor não tem valor
Obviamente não
Porque nem sei, eu mesmo, dar valor
Qual o valor do meu corpo?
Nem mesmo, eu, sei.

Passaram-se uma chuva
Duas, três, não sei quantas
E o amor permanece sem valor
Qual o valor do meu amor?
Responder já não sei

Caiu em baixa
Saiu de moda
Amor já não se vende mais em vitrines chiques
Não é mais a ultima moda do verão
Nem a do inverno
É passado
É retrô, daqueles bem usados, bem velhinhos.

A gente menospreza o que nos é dado de toda a vida
E não damos valor a esta vida que nos é dada
Por que? Nem eu sei.
Por que? Ninguém sabe, suponho.
Qual o valor deste amor tão sincero que tenho distribuído?
Onde foram parar os românticos deste mundo?
Diga-me, pois nem eu sei onde.

Meu amor não tem valor
Porque nem eu nunca o dei
Nem você, nem ninguém
Se ao menos demonstrasse isso
Sem gritar, sem agredir, sem humilhar
Amor não menospreza
Amor agrada.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Por que tudo de bom não permanece pra sempre?

Eu queria poder dizer sim a todos os sentimentos que pousam na minha vida e me fazem sentir melhor, mas parece que os ventos estão deixando de soprá-los para mim. Não sei quando e o porquê de tanta revolta desta brisa, só sei que tudo o que tenho tido vai-se indo aos poucos de mim, e eu nem percebo.
Nem percebo que até a minha alma já foi levada por esta brisa inútil e má, que vem para manifestar infelicidade, tristeza e sofrimento contínuo durante o período de solidão latente que percebo me encontrar. Queria dizer não a estes acontecimentos, mas eles não se manifestam a partir da minha opinião reflexiva.
A brisa leva o que considero e sempre considerei relativamente 'bom" de mim, e vai levando para distante cada vez mais até o desgaste permanecer incrustado dentro de minha alma, para que assim eu consiga esquecer o que foi relativamente "bom" o suficiente.
Seria, eu, capaz de esquecer o que fora relativamente "bom"?
Ou não?
Acredito que a qualidade das coisas tem níveis, assim como a vida.
Minha vida está estratificada em categorias não divergentes e amenas, que desqualificam todo meu conjunto de características quase imperceptíveis a olho nu. É preciso olhar bem afundo para perceber quem sou eu. É preciso mais do que lentes de aumento, é preciso ter vida para me ver.
Não vou dizer não a mim mesmo.
Não vou esquecer e deixar meu coração parar para tomar um café e fumar cigarros, enquanto o bonde vem. Não posso perdê-lo.
Não farei nada,
Relutarei para que tudo o que possa algum dia ser perdido, jamais entre nesse estado tão frio... A perdição.
Não deixarei, lutarei até minhas últimas forças, apesar de quase não tê-las, mas me subjugarei a conquistá-las a partir de uma fonte de juventude que provém de olhares acalantadores.
Vou vencer!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Pressão

Não há mais partículas juntas
Dentro do ambiente
Que escolheste ser apenas mais um
Tendemos a nos separar
Com o aquecimento do nosso ambiente.

A tensão aqueceu nosso sistema
E estamos a nos separar
Como partículas de água que entraram em ebulição

Já passamos do constante
E nos transformamos neste instante
Em moléculas solitárias
E vagando pelo espaço estamos
Sempre tombando nas outras que estão pelo mundo a fora.

A pressão está subindo
Subindo estamos, como seres mortos e putrificados
Estamos em ascensão a decadência
Estamos em decadência
Devido a falência
Das nossas almas
Que não dispoem
De recursos emocionais
Para curar nossas vidas
Não mais.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Teoria da Relatividade

Por que nós, seres humanos, damos tanto valor a vida?
Se ela é algo tão... tão... rebaixado ao nada.
Vida não tem definição
Nem começo, nem fim
Além de levar consigo inúmeros outros fatores de intensidade estrondosa.
A vida é relativa,
Viver pode ser um tudo,
Ou um nada, se você não vive.
Viver pode ser legal,
Ou ilegal, se você não anda no eixo.
Viver pode ser amor,
Ou ódio, se você tem uma pedra dentro de si.
É tão complexo, tão sem nexo.
Não sei viver, isso significa que não tenho vida ou que não estou vivo?
Conversando com as luzes de Natal eu me perguntei o que era a felicidade... (?)
É tão relativo.
Felicidade pode ser viver, ou não.
Felicidade pode ser fazer mal, o ruim e o desonroso.
A felicidade não depende de definição para ser felicidade.
Nem o amor, nem o ódio.
Os dicionários não são capazes de definir valores sentimentais
Quem foi o louco que criou isso?
Meu amor pode ser fazer o mal,
Seu mal pode ser fazer amor
Ou não fazer, porque acha estranho e incômodo.
Devo estar enlouquecendo, mas percebo...
Tudo nesta vida é relativo,
e a partir de hoje eu me dou conta
Que nenhuma definição pronta
Virá de afronta aos meus valores
Por que meus valores não são valores
São filosofias metódicas criadas por um alguém que nem se quer sabe definir-se.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Poço.

Tire-me da escuridão profunda que tenho penetrado
E com incerteza tenho me afogado
Neste poço de sentimentos flutuantes
Que vagam pelo escuro vazio.

Pegue-me de dentro desta imensidão
Podre imensidão de ilusão
Que não passa nem com as doces chuvas que molham minha horta
Tire-me daqui
E para bem longe me leve
Para um mundo desenhado a dedo e tinta

Mergulhe e me salve-me
E gratificarei seu desejo
De me fazer feliz

Não há cordas
Mas hão de haver esperanças
Mostre-me pelos seus óculos super poderosos
Não há mágoa
Apenas solidão

Mostre-me a vida
E deixe dela eu usufruir
Dê-me a sua mão
Guie-me pela imensidão
Destes sentimentos flutuantes
Que nunca param
Que nunca dizem não
Que nunca...
Nunca.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Grito Interno

Os acontecimentos que estão sucedendo meus dias
Faz-me gritar por dentro
Num impulso extra-interior
Como num invólucro vácuo
Onde meus ecos não são escutados nem mesmo por mim.

As pedras que vieram em minha direção
São como gotas d'água caindo do céu
Em minha face tão seca
E na minha boca tão insípida
Sem cor, tão pálida.

Não me doem mais a rigidez desse pseudo sistema de castas
Não me confudem mais essa imobilidade espiritual
E assim tendo a viver
Apenas viver
Não sei como, mas é necessário viver
Ou melhor, sobreviver
A este grito interno que me aclama
E me corrói, como ácido sulfúrico

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Amor Incondicional

I

Não queremos pouco amor
Nem pouca ilusão
Deixe-me iludir, enquanto amo
Deixe-me amar e me iludir
Para que assim eu consiga concretizar
O sonho de ser feliz

Não queremos pouco afeto
Nem pouca atenção
Queremos incondicionalmente o coração

Não sou menino de pouco
O ameno da vida já me basta
Quero seus grandes lábios sorrindo pra mim
E seus dentes pálidos exibindo-se somente para mim
Quero seu corpo no meu corpo
Sua pele na minha pele
E assim seremos dois em um
Só você e eu, num sincronizar perfeito sobre uma cama

Quero sua vida na minha vida
Suas palavras sóbrias e aconchegantes
Dentro da minha cabeça
Faça-me lembrar do seu beijo
E dos seus olhos que brilham
Enquanto minha imagem está presente


II

Quero você, carinhoso e doce menino
Quero seu espírito de felicidade me acompanhando no escuro
No escuro da minha vida, quero sua luz me iluminando
Enquanto fico perdido em mim, apenas pensando
Nos erros, nas palavras duras, nas brigas
Quero uma borracha
Quero uma formatação em nós
Para que assim tão feroz
Esse amor se mostre

Quero esse seu jeito muleque, menino
Quero seu mistério, de me esquecer
Quero guiar seus pensamentos
E saber que a todo o momento
Na sua mente, é só eu e você

Eu sei que queres meu coração só para ti
Faça valer a pena
Que eu me jogarei sem pena
Quero pra sempre o incondicional
Quero largar essa vida normal
E viver anormalmente amando você

Quero viver uma vida de intensidades
Quero vencer as barreiras kilometricas
Para estar junto a ti
Quero vencer o medo de me entregar de corpo e alma
E não me arrepender
Quero apenas dizer
Que eu sempre, enquanto estiver em sã consciência
Vou amar você

III

Assim tão mirabolante
Esse amor se mostrou
Será que foi apenas semblante?
Não, o amor perdurou

Os caminhos foram percorridos
Dias e noites não foram em vão
Contigo eu estarei
Seguindo o meu coração
E vivendo da sua emoção
Da emoção que seu sorriso me passa
Da emoção que tua voz me faz sentir
Enquanto pelo outro lado da linha
É isso o que tu deves sentir

Quero esse seu jeitinho correto de ser
Quero apenas tentar ser como você
Quero crescer e conquistar o que tu tens
Sem saber que o melhor eu já conquistei
E esse melhor é você
Tenho tudo o que é seu, e o mais valioso
Seu coração
Será que vai se entregar?
Ou recorrer a razão?

IV
Pense com calma
É isso o que você quer?
Tem disposição para morrer de paixão?
De amar além da razão?
Diga-me apenas com seu sorriso
Saberei seguir meu coração

Vem e me faz homem
Estou cansado de sofrer
Quero crescer,
E essa magnitude só será possível com você
Vem, me faz sentir o gostinho de amar denovo
Porque amar é possível
Apenas faça de maneira inesquecível

Estou a contar cada minuto
Para que possamos viver dias únicos
Dos muitos que virão
E que com eles, você virá
Cheio de paixão pra me dar
Me consome, me faz crescer
Apenas quero dizer que amo você
Me dá uma oportunidade
Vem pra mim, apenas diz que sim
E assim, meu amor dirá sim ao seu sorriso

V

Desculpe as palavras
A sinceridade é como flash de luz
Ela chega numa velocidade tão rápido
Que não dá pra acomodar as palavras
Numa rima digna
As rimas são para poetas
Não sou poeta, sou seu amor
Você não quer um poeta, quer?

Vamos viajar
Me leva pro seu mundo
Que eu te levo no meu
Me faz conhecer o seu eu
Me faz morrer de dizer
O tamanho do amor que eu sentirei por você
Não me deixe quando chegar a hora
Apenas me deixe dizer que não quero deixar
E deixarei meu coração ser preenchido pelo seu amor
Porque amor ainda me falta
Me faz produzir
E assim esgotarei minha fonte a todo o momento
Para que você possa a cada minuto
Preencher-me

Você me completa
Você é meu tudo
Meu mar de rosas
Meu cálice de vinho
Você é minha insônia
Minhas cartas
Meus rasbiscos em qualquer canto
Você está em todo lugar
Mas tudo é apagável
Então cravei seu nome aqui
Num lugar onde jamais será apagado
No meu enorme e pequeno coração
Não cravei na parte vazia
Não se preocupe

Entrance

As pessoas entram e saem das nossas vidas
Umas deixam pegadas
Para que assim possamos seguí-las
Pela estrada da vida

As pessoas entraram na minha vida
Umas com auxílio
Outras pela porta dos fundos
Sem pedir, sem bater
Umas deixaram pegadas
Que foram apagadas por mim
Umas deixaram sujeiras
Que serão limpadas aos poucos
Mas o que mais dói
É a pedra que deixaram
Pedra pesada, parada

As pessoas costumam entrar sem bater
Sem gritar, sem chamar
Você entrou sem pedir
Sem eu ver
Você invadiu, quebrou as portas
E entrou sem meu consentimento

Minhas expectativas novamente são impostas
Num alguém sem respostas
Que veio do nada
E será meu tudo
Você me ajudará a carregar
As enormes pedras que deixaram
Ao longo do tempo
Em meu coração

Egoísmo

O egoísta não se mostra
Não demonstra
E não reconhece
O erro inevitável cometido perante uma gama de pessoas
Que sempre o reconheceram como algo simbólico

O egoísta não demonstra
O amor exacerbado que bate em seu coração
Por que não?
Porque o egoísta tem medo de demonstrar afeto
O egoísta tem medo de se machucar
Ele vive na defensiva a todo o momento

O amor não se mostra
Para aquele que leva a vida em "mão única"
O amor não é tão simplório e gloriado
Para aquele que esqueceu de que a vida sentimental fora derrotada

O egoísmo consome àquele falso moralista que diz ser alguém
Que demonstra afeto,
Puro sentimentalismo doentil
O egoísta só quer dormir
E dormir,
E dormir.

A vida desacordada é mais bonita
Para aqueles que já cansaram de enxergar o real da coisa
O real não faz mais sentido
Querem viver apenas dos sonhos
Então, dormir é a solução para eles.

Soluções drásticas são tomadas por estes seres ilógicos
Ou seria, tão lógicos?
Lógica ou ilógica?
Qual destes anteriores definem os egoístas?

O egoísta difere verdade de mentira
Amor de paixão
Realização de derrota
Felicidade de tristeza

Vivem do tanto faz,
Tanto fez
Talvez
Ou seja.

Os egoístas vivem dos advérbios duvidosos
Dos adjetivos maléficos
Dos substantivos primitivos, sem derivar
Dos verbos no passado
E dos pronomes possessivos e oblíquos

Não deixam pegadas
Nem rastros
Caminham no silêncio da alma
Não demonstram presença
Vivem na 'mudez' do seu mundo pequenino
Sem ser incomodado, sem querer ser

O novo egoísta não quer manipular
Ser o melhor
Ser querido e ter tudo exclusivamente para ele
O tanto faz já basta
E já basta a vida amena
Pequena.

Eles criam poemas sem nexo
Palavras soltas numa planilha branca com caracteres quase ilimitados
Palavras vagas que vão sendo preenchidas enquanto o coração consente
Os egoístas aceitam
A condição.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Im up and down.

Ontem eu estava feliz
Hoje a tristeza me consome,
Não há respostas
É difícil de explicar
A síndrome da multipolaridade me pegou de jeito.

Hoje estou sozinho
Amanhã em conjunto
E sempre nesse vai e vem
A vida vai sendo moldada a partir dos acontecimentos ridículos

O amanhã renasce sombrio
E sóbrio eu levanto do meu mundinho de vidro
Sobrevivo porque meu coração já se foi
Sobrevivo porque nada sou, não mais.

Escondido entre paredes escuras
Vou levando em frente
Como quem nunca se importou

Os ânimos pularam da pele
A flor não está mais incrustada nela
Hoje são apenas espinhos
Espetando uma vida
Uma rosa murcha

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Dividido entre a esperança e a razão.

Do lado de lá, meu lado racional grita constantemente
Por um dia apenas, ele grita para que eu faça o correto
E o que é o correto?
O que é o respeito?
O meu lado racional diz que todas as coisas da vida não tem fórmula
O meu lado racional diz que tudo é relativo e interdepentente
O meu lado racional é o garoto que cresceu forçadamente

Tenho um coração, dividido entre a esperança e a razão.
De um lado almejo a prosperidade
Por outro, concordo de que ela não existe, e nunca existirá
Devido aos meus pensamentos racionais e diretos

Tenho um coração que não se mostra, dentro de mim
Tenho um coração encoberto pelos sintomas da razão.
Já não sou com ontem, e não serei como amanhã.
A constância não consegue se conter
A cadeia cíclica não consegue manter seus movimentos circulares

Preciso de um palco,
Meu coração precisa.
Preciso de um lugar para apresentá-lo, preciso de um corpo para [ [aceitá-lo
Preciso de uma vida menos regulamentada pelos meus preceitos [ [racionais
Preciso me mostrar novamente,
E então descobrir a doce magia da felicidade.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Querendo compreender.

Tudo o que eu mais queria nesta vida é compreender que nada dura para sempre, e que as coisas tendem a mudar simultaneamente e inconstantemente, nada prevalece para sempre. As coisas da vida não são fixadas para um momento infinito, e a previsão de validade está intitulada no rótulo, apagada, mas está. Tudo o que eu queria era compreender que as pessoas são as certas, e que o errado sou eu, que eu uso palavras duras do meu vocabulário esdrúxulo que só fazem agredir a moral e a emoção das pessoas, e que com isso eu contribuo para a formação de um segundo eu, tão podre, tão frio, tão incerto. A felicidade é comprada na ponta de esquina, e com valores insignificantes eu sei que eu posso demonstrá-la de forma nítida e plausível. Eu queria compreender que a dureza da vida nos fortalece, mas infelizmente não fui treinado a conviver com os problemas e situações desastrosas que enfrento no cotidiano, e sigo nacionalmente. Eu queria compreender que as pessoas se afastam de mim não porque querem, mas sim porque eu as faço, eu ataco sociapaticamente. As coisas se mostram tão dispersas desde a ruptura da minha estabilização emocional, se mostram tão frias e mortas que eu não consigo enxergar as cores do dia-a-dia. Eu queria compreender o porque das pessoas não se importarem com meus problemas, não reconhecerem meu potencial, e não me fornecerem um ombro amigo para eu chorar profundamente com a dor que me abala de vez em quando. As pessoas não se preocupam com o próximo, eu compreendo, de fato. O mundo gira tão rápido. Há necessidades para suprir, carencias para suprir, uma vida para compensar. Por que elas se importariam? O mundo não é solidário, e esta falta de altruísmo me contaminou, na verdade eu cresci me contaminando com tantos valores fúnebres que me foram passados pouco a pouco.
Eu só queria compreender porque o gosto de viver se mostra tão insípido para mim, e os outros gostos também. A vida parece não estar mais adocicada com o mais nobre açúcar cristalizado e refinado, não sei porque este sabor foi-se perdendo no decorrer da minha formação humanóide. Queria compreender o valor de ser sociável, educado, inteligente, bondoso, gentil e dente outros adjetivos qualificativos que vestem a alma de alguém e os fazem um "Deus" perante a esta sociedade de merda, que tanto cobra e tão desorganizada e desrespeitosa é para com os mesmos. Queria compreender porque a família é a base de tudo quando ela nem base tem, nem estrutura há. A família não é a base, a base são meus ideais progressistas, estes sim sim são basicamente tudo o que preciso para "ser" ou "ter" tudo. A sociedade contemporânea é feita daqueles que "são" ou "têm", mas será que eu cederei mais uma vez e me adaptarei a este modelo de vida fútil? Queria compreender porque necessitamos de afetividade sexual, se depois do sexo cada um vai para o seu lado, e o pior: depois que tudo termina, uns denigrem a imagem sexual do outro. Ah... Como o ser humano é podre e sem escrúpulos.
Queria compreender porque os que tem "tudo" não dão valor, e os que tem "nada" sofrem cada dia mais? Porque Deus existe, se ele nunca ajuda os necessitados? Malditos dogmas, malditas ideologias. Queria compreender porque eu necessito amar alguém, se esse alguém não me ama, e porque este alguém não está comigo agora? Queria compreender porque a lei da ação e reação não funciona fora do mundo material.

Queria apenas compreender o que é viver.
É tão complexo
Que fico perplexo.
É tão injusto, tão duro
Que fico obscuro pelas respostas paradoxais que encontro
Viver não tem compreensão
Vai além dos limites do raciocínio humano
Vai além dos limites tecnológicos
Viver vai além de mim
E me limita a um ponto puntiforme
Viver me faz um nada.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Explosão.

Quando a gente explode, tudo se renova
Oportunidades aparecem,
O respeito aparece,
A vida reaparece,
A euforia aparece,
O olhar caracterizador aparece,
A pesoanalidade aparece,
A intensificação da alma aparece,
Tudo se faz presente
Basta explodir.

Uma explosão de raiva revela
A repulsa se mostra
O ódio congela
O medo apavora
A explosão condena, submete
A explosão remete
O cansaço inerte

A inércia se foi,
Ainda há química
O fogo pode consumir novamente,
Basta acendê-lo
E... POW!
Explosão.

domingo, 29 de novembro de 2009

Flash

Cigarros, cervejas, cantadas ridículas, revelações, lembranças, medo, reflexo, cigarro, cerveja, água, tranquilidade, sono, dormir, dor de cabeça, dos nos olhos, mais uma cantada ridícula, um fora apático, amizades falsas, sorrisos falsos, abraços falsos, falsidade.
Encontros, desencontros, desencantos, encantos, pena, pavor, sorrisos (falsos ou não), olhadas, abraços, idiotices, cerveja no mercado do peixe, encontro (medo), comer, beber, mijar, água, fumar, conversa, desatenção, pensamentos que voam daqui pra, sonho.
Mensagem, celular, resposta (nem era), verdades, mentiras, ônibus, caminho, pessoas, soltar, andar, soar, abrir porta, entrar em casa, ouvir desaforo, responder a altura, deitar, não dormir, pensar, ficar acordado, sonhar acordado, lembrar, admitir, levantar, computador, escrever, escrever e escrever sem pensar, pensamentos imbecis, verbos de merda, verbalizar, ficar com fome, não comer, estudar para o concurso.

Apenas flash's que se apagarão num piscar de olhos.
Apagaram-se.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Incerteza

A vida é tão incerta
Como a ida e a vinda
Como o sim e o não
Como o inferno e o céu.

Dá-me uma vida incerta,
Pois incerto sou
Como a meteorologia
Como o frio que engana
Como o calor que engana
Como a doce inconstância do mundo

A vida é tão incerta,
Sem destino planejado
E totalmente encabulado
Frustrado
Desesperado
A vida é repleta de incertezas
Umas fixas, outras moveis.
Mas, onde está a mobilidade?
Onde encontro?

A vida é tão incerta
Como este texto,
Tão medíocre,
Tão irônico
Tão falso

A vida é certa de incerteza.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Everybody hurts.

Todo mundo sofre
Uns com muito pouco, outros de ter tão pouco.
Todo mundo sofre
Uns por dezenas de segundos, outros durante uma vida.
Todo mundo grita
Uns gritam pelo mundo afora, outros gritam em silêncio.
Todo mundo se machuca
Uns com pedras sobre o caminho, outros por caminhos sem pedras.

Todo mundo briga
Uns sem motivo, outros de tanto serem humilhados.
Todo mundo chora
Uns de raiva, outros de solidão.
Todo mundo almeja
Uns futilidade, outros a liberdade.

Todo mundo sofre, de fato.
Uns de serem tão bobos, outros de bobos de fazerem
Todo mundo inventa
Uns a 'verdadeira' felicidade, outros inventam a vida
Todo mundo mente
Uns para o mundo, outros a si mesmo.

Todo mundo vive
Uns intensamente, outros fingem
Todo mundo é feliz
Uns para sempre, outros em frações de segundo
Todo mundo caminha
Uns em linha reta, outros em movimentos cíclicos

A vida vai sendo repetida
As pessoas machucando
Os caminhos retorcidos
As saudades acabando
A felicidade se negando
A briga vira intriga
A lágrima é exílio
E assim tudo se reconstrói
Da mesma maneira que foi destruída
Assim tão rápido, ágil e imprevisível.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

(In)compatibilidade.

É incompatível o modelo antagônico familiar que venho tendo desde minha geração, desde quando fui jorrado pra fora como secreção de uma ferida podre e imunda. Esta incompatibilidade me faz pequeno, me faz ameno e salgado e amargo.
É incompatível este modelo de vida juvenil tão lento, tão fraco, tão melancólico. E esta melancolia me deixa pra baixo, me deixa por baixo, me deixa sem espaço.
É incompatível este modelo de amor tão intenso, tão carinhoso, tão monstruoso. E este amor me acalanta, me encanta e me faz segregar toda a incompatibilidade.
É incompatível este modelo de amizade que tanto perdura, mas nada dura, na verdade é dura como pedra dura que de tanto durar já está em fase de decomposição. Amanhã seremos rochas sedimentares.
É incompatível este modelo de felicidade tão mentirosa dessa alma penosa, que está sofrida, está detida e abatida. Talvez seja apenas mais uma das mentiras.
É incompatível este modelo de tristeza verdadeira que parece asneira, mas não há maneira, não há quem veja, nem quem sinta.
É incompatível este modelo colegial que tanto cansa, mas nada me cansa, nada encanta, nada progride, nada constrói. Tudo é destruído como as boas lembranças que ficam no esquecimento.
É incompatível este modelo musical tão formal, tão normal, tão boçal e sem rima como o grita o texto.
É incompatível este nada que nunca acaba, que nunca finaliza, que nunca chega ao nada.
É incompatível o brilho que de tão ofuscado ofuscou outros brilhos.
É incompatível esta transfusão que parece um tufão, e leva tudo o que vê pela frente.
É, de fato, incompatível.
Será que a incompatibilidade é o meu eu?
Ou seria o meu eu incompatível de ser decifrado?
Será que não há compatibilidade para o indecifrável?
Ou será que o mistério está bem nítido?
Será que estes modelos são compatíveis?
Será que o modelo merece estes modelos?
Incompatível ou Compatível?
Mutável ou Transmutável?
As respostas serão incompatíveis para resolver esse paradigma.
As respostas são, de fato, argumentos incompatíveis para dar sentido ao mundo de incompatibilidades que nós criamos.

sábado, 21 de novembro de 2009

amor x ódio

O ódio para começar leva uma vida
O amor, um segundo.
O ódio é um processo manufaturado
O amor é industrial.

O ódio é amargura, problema é dor.
O amor não difere só porque é amor
O ódio é tudo
O amor deixa de ser.

O ódio cresce como num flash de raio na imensidão
O amor diminui comoos dias chuvosos que tendem a acabar
O ódio é profundo
O amor é imundo

O ódio me faz alguém
O amor te faz ninguém
O amor é doente
O ódio indiferente

O ódio cresceu com o tempo
O amor cresceu com nada, o seu.
O ódio nos condena a inquietação
O amor é toda a manifestação de pensamentos doentios.
O amor acabou,
mas o ódio
continua...

domingo, 15 de novembro de 2009

It weren't my fault!

As culpas de uma vida desregulada são impostas de forma dura nos outros. A válvula de escape são os outros, e o alvo são eles. Ninguém consegue entender que colocamos nossas expectativas, nossos medos, e todos os outros sentimentos maléficos nos outros, esperando que este "outro" seja capaz de suprir estes sentimentos e nos fazerem mais puros.
A culpa nunca é nossa, e sim dos outros.
A culpa é de quem não tava, nem ficou.
De quem não viu e não sabe.
De quem perdeu o ônibus lotado, de quem já se foi.

A culpa é apenas mais uma das válvulas que encontramos no caminho da vida, e impomos ela de forma totalitária em alguém que 'não estava'.
E continuamos impondo nossos limites e dogmas nos outros, para que estes outros sejam o que sempre queríamos, um dia.

Os outros...
Apenas eles, são baús.
São baús onde colocamos as nossas coisas velhas e imprestáveis.

sábado, 14 de novembro de 2009

doisemum.

there are two ways to see what i say. will be that you able to understand what i wanna tell?
the life is now "doisemum", are you more efficient than my words?
will you get find a word to about me?

that is doisemum.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Começar de novo.

Começar pelo zero
Como a água que entra em solidificação
Como a felicidade, que começa com um sorriso
Como você, que me veio com o brilho nos olhos

Começar pelo nada
Como o nada que começou antes de você
Como o nada que formou-se diante de mim
Como o nada que esteve em minha vida enquanto não a tinha
Como o nada que a vida proporciona nos momentos fúnebres

Começar pelo perdão
Como o auto-perdão, que me ajuda a crescer
A viver
A ser
Como o sim que demos a vida, e da vida compartilharemos a positividade.

Começar pelo beijo
Como o beijo tímido que nos demos
Como o beijo ofegante que forcei
Como o entrelaçar dos nossos dedos, e da nossa alma

Começar do desejo
Daquele que existia
Que se apagou,
Que voltou
Que se foi, e se foi, e voltou
Como uma bala penetrando minha vida, meu peito

Começar pelo calor
Seu calor, meu calor.
Meu suor escorrendo pela face,
Meu nervoso escoriando pelo rosto

Começar pelas palavras
Que tanto agridem,
Que tanto consolam
Que tanto amenizam
Que tanto emocionam.

Começar pela lágrima
Que tanto dói
Que tanto machuca
Que te faz um nada
Que te faz humilhar
Que me faz penalizar

Começar pelo sonho
Que te faz crescer
Que nos fazem esperançosos
Como um sonho que sempre existiu, a realidade

Começar pelo toque
Que sua mão proporcionou no meu corpo
Que a minha mão proporcionou no seu corpo
Que em conjunto, nossas mãos tocaram.
Que em conjunto, tocamos a alma simultaneamente

Começar é o lema.
Mas começar de novo é ainda mais legal,
É ainda mais especial
É ainda mais racional.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

florbela diz:

"... E este amor que assim me vai fugindo é igual a um outro amor que vai surgindo, e que há de partir também. Nem eu sei quando..."

domingo, 8 de novembro de 2009

rainha de maio, valeu o teu pique.

chegou de repente,
rainha de maio
valeu o teu pique
apenas para chover no meu piquenique.

rainha de maio, valeu a viagem
agora já não dá mais...

rainha de maio,
chegou o fim da viagem
agora já não dá mais...

rainha de maio,
o tempo não pára
e não vai esperar.

rainha de maio,
obrigado pelo pique
quem sabe reclique
quem sabe duplique
quem sabe reapareça

rainha de maio,
valeu o teu pique,
rainha de maio
vem para me ajudar.

rainha de maio,
você é meu raio.

rainha de maio
assina essa página,
apenas para selar
o amor que vivemos

rainha de maio,
valeu o teu pique....
rainha de maio,
sua falta será inevitável.
rainha de maio, vem no novembro
vem no dezembro, fica no janeiro.
rainha de maio.
fica comigo,
enquanto for majestade,
enquanto governar de forma absolutista....
o meu coração

sábado, 7 de novembro de 2009

não vou relatar.

Não vou relatar a minha vida nestas poucas linhas...
Nestes poucos espaços em branco que ela me define.
Sou o branco, o claro.
Sou o início de um branco que nunca ganhará luz própria.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Rotação;

A vida não é continuamente e ininterruptamente feliz, as pessoas, os lugares e as palavras machucam como pregos afiados, e abrem feridas doem como o fogo que consome: o fogo do ódio. As pessoas deixam cicatrizes que jamais curarão, os lugares deixam marcas que jamais desaparecerão, e por fim, as palavras abrem feridas que jamais fecharão, são feridas enormes que o tempo é incapaz de fechar, porque somos humanos, somos seres pensantes. Enquanto houver racionalidade jamais esqueceremos a ferida que foi aberta com as palavras e que com elas são amenizadas pouco a pouco, mas nunca fechada, e assim a vida é seguida, dia-a-dia, sem exitar, sem cessar. O movimento de rotação não tende a parar se a sua vida desandar, o mundo não pára se o seu mundo resolveu tirar um cochilo, se o seu mundo resolveu hibernar no verão, na primavera ou em qualquer outra estação incomum. A infelicidade é tão latente como a sede de vida daqueles que esquecidos estão, por este mundo incrédulo que gira sem parar, e em seus sucessivos movimentos circunféricos somos esquecidos e amenizados ao nada, ao comum. As dores são tão latentes como o sol que vagarosamente está iluminando o seu dia escuro, sobre a sua vida escura e sobre os seus olhos que cegos estão com os insucessos que passara e que vivera. A nossa infelicidade está incrustada no berço, no auge do gozo que deu início a formação fetal mal estruturada, problemática, e indecente. A partir do ato sexual, um novo início estaria a começar, mas o mundo, com suas façanhas e suas leis físicas (propostas por Einstein) acelerou seu processo de rotação e faz-nos esquecer (não viver) o pretérito, o presente e o futuro. Hoje somos (sim, meus queridos irmãos) aquilo que ficou no passado, e que não fora vivido intensamente, somos o átomo menos importante na tabela periódica, somos o incidente ocorrido de forma desastrosa no ocidente. Não culpem-me, culpem aquele que deu-nos a vida, àquela que deu-se de vida, e a si, que permitiu-se viver. Faça o que eu faço, e deixem-se viver de maneira mais tranquila. Ponha a culpa nos outros, porque o "outro" nunca ouvirá, e nem se importará com a sua opinião, o "outro" também é um nada como nós.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

get happy :)

Vou estar feliz como naqueles dias em que essa música toca tão aceleradamente, e que acelera meus batimentos cardíacos, e quando eu fico dançando sozinho no meu quarto; Vou estar feliz enquanto tocar essa música da vida, para que eu possa sempre acender o meu cigarro e dizer "if you want to be free, be free, there's a million things to be, you that there are."
Vou estar feliz enquanto pensar que um dia, de fato, eu fui feliz, e quando aquele texto enorme me fizeram derramar lágrimas. Vou estar feliz enquanto eu me excitar com aquelas fotos sensuais, e artisticas. Serei feliz enquanto você pensar em mim, e enquanto eu souber que existe alguém que me ama, e pensa em mim.

Vou estar "be happy" enquanto a vida deixar de ser tão séria,
Enquanto eu danço, eu canto, eu grito "we can do what we want"
Vou estar sempre com a felicidade estampada no rosto quando você disser que me ama, e o meu sarcasmo transparecê-la.
Vou estar feliz,
Vou estar feliz
Estarei feliz, dont worry!
Estarei feliz, enquanto você está triste. 'coz there's a million ways to be!
Estarei feliz enquando você derramar as lágrimas,
Estarei feliz, porque eu sei que me ama, eu sei que nunca esquecerá.
Estarei sempre feliz, porque sou amado.
E um dia talvez este verbo possa ser escrito na primeira pessoa do plural.
Basta apenas fazer valer a pena, basta apenas correr os riscos que tem de correr.
Tudo na vida é um teste, e este teste poderemos superar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O pra sempre sempre acaba.

Toda essa dualidade existente não é suficiente para atingir o impossível e fazer-me tocar as estrelas; Todo o sentimento existente não é possível de fazer o "nada" virar tudo.
Há disparidades no nosso modo de vida, que nos encurtam a sentimentos pequeninos e pouco duradouros, são sentimentos sujos de tinta, sempre temos que lavá-los para que acordemos limpos amanhã. Na estrada da vida, o asfalto está irregular, e os incidentes são inesperados.
O pra sempre sempre acaba! Nada nessa vida dura uma eternidade.
É a lei da natureza: Eu acabo, tu acabas, ele acaba!
Para tudo há começo, meio e fim, da mesma maneira que a lei da vida segue, porque tudo o que sentimos e fazemos é vida.
Na estrada da vida, os acontecimentos vão sucedendo-se de forma lenta, e quando paramos para avaliá-los, vimos que essa estrada desgastou-se, a vida desgastou-se.
A vida acabou, mas uma nova vida sempre tende a começar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Segredos

Tudo na vida e ao nosso redor tem uma explicação, nem sempre pode ser uma explicação visível e fácil, mas para tudo existe uma, é fato. A nossa vida é explicada pelas amenidades sofridas e pelas frustrações adquiridas ao decorrer da mesma.
O segredo do insucesso, da lágrima e da infelicidade é expresso em poucas palavras, e guardado a sete chaves, para que o mundo não conspire contra nós; O segredo é difícil de ser dito, as lágrimas o consomem, ficam difíceis de compreender, mas é um segredo.
A vida é absolutamente sensacional e cheia de surpresas, encontrei um segredo perdido, e que me foi confiado com lágrimas e ternura nos olhos, um segredo.
Eu tenho um segredo em minhas mãos, e nele eu tenho as lágrimas escorrendo sobre o meu ombro amigo. Um segredo me foi confinado!
Nossa, a felicidade é tão grandiosa.
Nunca me contaram um segredo, e agora eu posso compartilhar das dores, ah... Eu posso.
Um segredo.
Apenas um dos inúmeros que podem surgir, este é um segredo que marca o início de uma história que será escrita com canetinhas coloridas, da cor da felicidade.
Passaremos uma borracha no texto preto e branco e recomeçaremos a escrever a vida, repleta de segredos, com canetinhas coloridas da cor da nossa felicidade, da intensidade.
Querido amigo, um segredo você me confiou.
Você me datou um segredo com lágrimas correntes sobre a minha pele que estava a acalantar a tua tristeza.
Obrigado mais uma vez pelo segredo.
De fato, a nossa vida é uma caixinha de surpresas.
Um segredo apenas pode mudar tudo,
E tudo pode ser mudado com "O segredo".

Blind

Perdi a visão quando olhei no seus olhos
Perdi a visão quando você chegou em mim
Compenetrado estava, e você abalou minha estrutura
A vida está escura, estou vivendo numa cegueira utópica
Estou a viver uma magia irritante aos meus olhos
Estou cego
Deixou-me cego
Cego, cego.

Perdi o rumo, a atenção
Perdi-me em ti
Perdi
Eu perdi a mim mesmo
Tu cegaste meu mundo
Não consigo enxergar, meu foco é você.

Perdi a visão, e com ela sua imagem ficou gravada em minha cabeça.
O mundo não faz sentido, nada faz.
Apenas a doce ilusão de um fim ameno, amargo
A doce conformidade de que chegaremos ao extremo.
Perdi a visão, e agora só vejo o seu mundo.
Vem comigo, segura na minha mão.
Guia-me pelo seu mundo
Mostra-me suas façanhas
Mostre-se
Guia-me pelo seu mundo
Apenas por hoje, mostre-me o seu mundo.

sábado, 31 de outubro de 2009

Cruzamento

Sobre a linha de partida dou o sinal
E corro suavemente e agressivamente em busca de aventura
Em busca de perigo, emoção.
Sobre a linha de partida piso no acelerador
E com a veemente força de vontade, sigo em frente.
Cruzo estradas e caminhos
Cruzo a vida, e nela descubro as verdades e as surpresas.

Sobre a linha de partida eu dou o sinal
Aquele que declara que a felicidade está a poucos quilômetros
Aquele que demonstra que a vida vai estabilizar
E que a inconstância vai cessar,
A constância voltará e aqui comigo estará.

Sobre a linha de partida eu dou o sinal
Sem o objetivo de alcançar a chegada.
Sobre a linha eu ando, em linha reta
Não espero o fim, não espero alcançar
Nada espero da corrida.

Sobre a linha de partida eu dou o sinal
E no cruzamento eu percebo que a vida é maravilhosa
E que o caminho percorrido e sofrido é viável
É válido, e sustentável.
A vida parece nascer, e com ela a "vida".
Cruzei caminhos inenarráveis e cruzarei enquanto durar a corrida.

Se eu pudesse gritar...

Eu diria tudo o que não posso.
Gritaria que almejo demais a felicidade, mas que existem pessoas que fazem-me regredir com a funebridade e angústia que leva no peito, e que isso é o meu karma.
Se eu pudesse gritar bem alto, eu diria para o mundo que nos amamos, porque amor é para ser compartilhado, amor é universal e o mundo precisa ter conhecimento de nós. Porém, a mentira encobre o amor, de fato. Somos fugitivos do nosso prazer.
Se eu pudesse...
Eu diria todas as palavras que eu nunca disse, faria tudo de forma diferente, seria menos racional, me entregaria mais... Se eu pudesse...
Na verdade, eu não sei porque não posso.
Algo me prende.
Estou exilado na escuridão da minha alma e busco saídas através de buracos pequenos, na verdade feridas, que nunca fecham, nunca curam, nunca...
E vou-me ferindo ainda mais, para liberar toda uma felicidade que não existe, que não está dentro de mim.
Se eu pudesse gritar bem alto...
Eu diria que sou um mentiroso e que tento passar uma imagem feliz que não me pertence. O sorriso continua no meu rosto, a todo o momento enquanto a vida me cerca.
Eu diria, se eu pudesse, que eu me escondo do mundo, por razões óbvias que não vem ao caso agora. E diria que a minha mobilidade nunca chegará, e que eu já me contentei nesta condição.
Eu diria que os amores vem e vão, e que nenhum fica, nenhum marca, nenhum... Sempre vem outro por cima para apagar os resquícios de um passado de felicidade/infelicidade.
Se eu pudesse gritar, eu admitiria que nada é pra sempre, de fato.
Nada é pra sempre, nadinha.
E que as datas me deixam triste, e que o movimento de rotação da terra me deixa absolutamente triste.
Se eu pudesse admitir a vida... Mas eu não posso.
Se eu pudesse gritar pro mundo... Mas eu não posso.
Se eu pudesse apenas dizer um sim, e um "eu te amo"... Não posso.
Vivo num mundo de impossibilidades, o que acarreta indiretamente o surgimento de novas, e novas impossibilidades.
Se eu pudesse... eu me daria todinho.
Mas eu não posso, eu não sou completo!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Deixar pra trás.

Deveria deixar para trás tudo o que ouço e o que me faz sentir aquela dorzinha lá no fundo do coração. Na verdade, deveria aprender a esquecer tudo o que me jogam na cara e o que me deixa pra baixo, mas eu sou um louco apaixonado, um tolo, um sentimentalista de merda, e acabo acatando tudo que me é referido de maneira grossa e estúpida.
Deveria deixar para trás tudo o que está preso em mim neste momento, mas aposto que daqui a trinta minutos, quando eu sair por aquela porta, tudo virá atrás de mim. Sou um ímã. E cada dia que passa, eu sinto que tenho atraído mais críticas, e acatando todas elas eu vou vivendo a minha vida lenta, com a insensatez e a angústia do momento.
Sinto que estou me deixando ir.
E para bem longe estou me distanciando dos meus preceitos.
Sinto.
Eu sou um poço de sentimentos,
Sinto a todo o momento o quão triste é o meu modelo de vida, e que a mobilidade nunca chegará para mim.
Sinto.
Sentir é o meu agora.
Sinto que estou correndo para beira de um abismo, e que me jogarei em breve.
Sinto.
Sinto que não sou nada, sem o seu calor! E sem as suas palavras.
Deveria deixar para trás?
Deveria largar tudo o que eu "conquistei"?
Sinto.
Sinto que deveria largar tudo, e adormecer no vazio da minha alma, que compenetrada está com os empecilhos e devaneios que a vida tem a me proporcionar.
Sinto, que estou nu.
Despido do material que encobre meu corpo tímido e sensível ao tato.
Sinto que nada vai mudar, e que eu sempre escreverei sobre o que sinto, ainda que eu não sinta nada, procurarei escrever sobre o que não se passa, o que não é, e sobre o que planejo ser.
Sinto!
Sinto que você já não é mais parte da minha vida, e que eu posso seguir sozinho.
Sinto que o dia não vai chegar, e que eu continuarei a escrever sem parar sobre o dia de hoje, tão sensitivo.
Hoje eu estou sentindo uma imensa vontade de não sentir nada.
Uma vontade estupenda de não dançar, não chorar, não pular, não ser.
Sinto que os alucinógenos farão a minha cabeça, e que eu sentirei, de alguma forma tudo o que me cerca, e não darei a mínima, porque eu estarei possuído.
Sinto que quero parar de escrever, mas eu sinto tanto... tanto...
E confesso que eu queria não sentir o doce desprazer da humilhação, e de ser subestimado a ideais insignificantes e sem argumentos.
Sinto que sou uma criança dependente do seu dinheiro, da sua cama e do seu aconchego, mas juro, queria não sentir.
Sinto que sou apenas mais um complexado, e que não quer compartilhar com o mundo os problemas que tanto lhe incomodam. Não quero ser um coitado, nem um culpado.
Sinto que nada sou, e que ninguém nunca verá o meu nada.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Chega de saudade

Chega de esperar o dia que demorou de chegar para completar a minha "felicidade"; Chega de uma espera idiota que só me consumiu nestes poucos dias.
Chega de saudade!
Agora eu posso retomar toda a minha vida, e poder sorrir outra vez.
Chega de desejar, porque agora eu tenho novamente.
Chega!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Equilíbrio

Como um flash de luz você se mostra presente,
E como numa sacada rápida e agilidosa você me roubou
Você me roubou, baby.
Você me roubou pra ti.
Numa noite de lindas estrelas você diz que me ama,
E numa funebridade que consomia
Você me acalanta
Você me encanta
Você me implanta,
Implanta esse seu amor
E planta a felicidade no meu peito
Planta a felicidade que jorra dos seus lindos olhos
Planta toda uma gama de sentimentos bons dentro de mim.

Eu não tinha estes olhos que brilham, nem este sorriso.
Eu não tinha esse modelo benevolente de vida doce
Nem a face que expressa
Nem a expressão que contesta
Contesta toda uma mudança em mim, em meu mundo.

Vem, e ame-me como nunca amou outro alguém
Vem e me consome
Vem pro meu mundo, pra minha vida.
Apenas hoje diga que me ama
E mostre o seu rosto feliz para me contagiar
Contagia-me com suas boas energias.

Vem pra mim, baby.
Vem e deita a sua cabeça sobre o meu colo
E deixa-me pegar na sua mão,
Deixa eu olhar nos seus olhos.
Deixa-me,
Deixa-me
Vem

Por mais uma noite, venha
E cometa os mesmos erros
Faça-me errar,
Somos o equilíbrio
Somos a outra metade da vida.
Convido-lhe a partilhar do meu mundo,
E no meu mundo, ensinar-te-ei a ser feliz.

walking in the line.

Caminho todos os dias em linha reta
Para onde, não sei.
Para onde irei?
Para onde, não sei.
Caminho sem parar, até cansar.
Sigo o meu mundo, e vejo a vida desnuda.
Inibido estou, como pedra no mar.
Sou ar, sou a linha reta.

Sou invisível como a maior pedra do oceano,
Sou um andarilho, seguindo em linha reta.
Caminho em linha reta todo o tempo.
Para onde não sei
Nem sei se irei, nem se voltarei.
Caminho parado, como quem não foi e nem voltou.

Caminho com os olhos
E a face escurecida pela luz do sol que não penetra mais
Não penetra mais
Não penetra mais
No meu mundo.

Sou a camada gasosa de ozônio
Sou a auto-proteção
Sou o meu mundo, sou eu.
Caminho em linha reta,
Numa gama de manifestações cíclicas e rotativas
Caminho sem eira nem beira
Sempre impondo barreiras
Sou a placa de contramão
Sou o soluço incessante
Sou o passado inconstante
Caminhando em linha, estou.

Não existe eixo.
Não estou no começo, não estou no final.
Estou na reta, sem coordenadas
Não há ponto, não há ponto.
Tendo a caminhar sem pensar.
E quem sabe um dia
Conseguirei me enganar e sanar toda essa imperfeição.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lixo

No final tudo tende a virar resíduo reciclável que servirá de inspiração nas minhas palavras doces e amargas que saem desordenadamente do meu pensamento e pulam aqui, neste mundo cibernético e frio que acalanta e abriga toda a minha solidão. Tudo tende ao lixo, e o lixo tende ao meu sucesso. Por quê? Por que eu tenho de viver dos "lixos" que me cercam? Fico a garimpar peças de valor moral, de valor sentimental, de valor ético, mas só acho o lixo, o fedorento lixo que dá-me ginge.
Do lixo vivo, sem hesitar, sem gritar, sem lacrimejar ou apelar, e continuarei a viver, porque é este lixo que me faz amadurecer, é este lixo que me faz crescer. A dor é grande demais, mas os resíduos precisam ser reciclados. Dói na alma, dói como uma facada, mas é preciso reerguer-se e retomar a posição de ataque em que sempre estive.
A posição que me dá status, que me dá reconhecimento, que me faz forte, e que principalmente me faz amadurecer de forma exacerbada e sem controle a cada dia, a cada pensamento insano que tenho sobre vocês, seres humanos, sobre mim, sobre o mundo. Essa posição tem paradoxos, antagonismos, ironias do destino e outras “maleficações” que a língua portuguesa pode denominar: Ela me faz o lixo, me deixa nele. Este modelo de vida unilateral é doloroso, mas é necessário. Entregar-se? Jamais.
O lixo se forma a cada entrega que dou, a cada "sim" que forneço, a cada ajuda, a cada gesto humilde.
O lixo me mata, me come, me cospe.
O lixo é o meu nada
E o nada... Sou eu.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

É tudo verdade!

É verdade que as estrelas não brilham mais
E que as luzes que existiam no poço se apagaram.
É verdade sobre todas aquelas coisas que consumiam meus pensamentos
E daquilo que jamais esperei, é verdade.

É verdade que o mundo está acabando
E que o fim está próximo
É verdade
A verdade é sobre mim
A verdade é sobre nós
Será verdade, ou pura ilusão?
Aonde quer que eu vá
Sei que a verdade está lá, e comigo sempre andará.

A minha verdade está a milhas daqui
A nossa verdade está em nossos corpos, que almejam o toque.
Nada mais que verdade, nós somos dois em um.
Nada mais do que falar, somos dois meninos a sonhar.
Sonho com o dia que já não sei quando chegará
Mas a verdade está lá
Esperando-me alcançar
Alcançar.

A verdade é que somos metade
E somos pouco
E somos o ameno, o insípido.
Somos o nada, somos o adjetivo indefinido.
Somos ninguém
Mas a verdade está lá, esperando-nos alcançar.
Não sei bem certo, se é ilusão
Mas a verdade não para de crescer.

Aonde quer que eu vá
A verdade estará sempre
Sempre
A me esperar.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Aonde quer que eu vá.

Aonde quer que eu vá, levarei pra sempre o brilho dos seus olhos e o balanço dos seus cabelos; Levarei comigo o semblante do rosto inocente, amedrontado e molhado com a chuva que escorria sobre sua face; Aonde quer eu eu vá lembrarei de distribuir abraços, para compensar os que não tive, e os que não me foram dados; Aonde quer que eu vá estarei com sua imagem na minha cabeça, sonhando com o dia que se foi, sonhando com o ontem; Aonde quer que eu esteja e pra onde eu vá, estarei certo de que você jamais esquecerá de tudo que nos aconteceu, de todos os momentos infelizes e felizes, de todas as brigas e dos momentos carinhosos; Aonde quer que eu vá, sentirei a maciez da sua linda mão que tocou a minha; Aonde quer que eu vá, jamais esquecerei dos detalhes que jamais passariam despercebidos. Os detalhes são os resquícios de mais um dia feliz em minha vida, e só é possível sentir a felicidade quando analisamos estes detalhes.
Apesar de todas as incertezas e dos desgostos ocorridos em minha vida em certo momento, eu sempre procuro avaliar os detalhes de forma abrangente, e aonde quer que eu vá, sempre continuarei os avaliando.
Minha vida está sendo mudada, e aonde quer que eu vá, jamais esquecerei das mudanças que me foram proporcionadas ao decorrer dela. E aonde quer que eu vá, quero que lembre que amo você do fundo do meu coração e com muita força. Aonde quer que eu vá, continuarei sonhando e criando falsas estórias a nosso respeito, aonde quer que eu vá!
Aonde quer que eu vá, buscarei você em qualquer lugar e trazer-te-ei para o meu mundo. Aonde e qualquer lugar que eu vá.
Não sei se é ilusão, mas sei que onde quer que eu vá, eu estarei com a sua imagem que ficou gravada na minha memória naquele meio chuvoso e frívolo que estavamos inseridos. Aonde quer que eu vá, garoto, lembrarei que um dia senti muito frio, mas que esse frio foi muito gostoso pra minha vida. Lembrarei que as coisas ruins que aconteceram a mim foram boas o suficiente para serem apagadas só de lembrar o quão maravilhoso tudo foi, apesar das desavenças.
Aonde quer que eu vá... Será só você e eu, porque você é onipresente.
Aonde quer que eu vá, você será meu presente, pretérito e futuro!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

É preciso amor para poder pulsar.

É preciso coração para poder sentir.
Onde foi parar? Onde foi parar os nossos corações?
Nós, seres humanos, estamos cada vez mais nos desvincilhando dos ideais propostos naquela época remota. Dizia ela: "Igualdade e Fraternidade".
Cadê? Onde foram parar os ideais?
É preciso amor para poder pulsar!
Somos seres sem coração, e o meu já se foi.
Já se foi... E nada mais o fará voltá-lo.
É preciso amor para poder pulsar!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Esperar

I

Espero pelo seu beijo que já não sei quando terei
E pelo seu abraço ofegante que já não sei quando mais.
Já não sei quando mais
Nem sei quando.
Espero pelo seu olhar penetrante dentro dos meus
E dentro do meu vejo uma luz de má energia passar.
Espero pelos dias felizes que já não sei quando
Já não sei quando existirão.

II

Espero pelo seu cortejo a minha recepção
Já não sei quando
E quando acontecer, não estarei mais aqui
Já não sei quando
Já não sei esperar o quanto
E quanto tempo terei de esperar?
Já não sei quando precisarei mais do seu abraço
E com abraço não sei quanto serei feliz.

III

Infeliz serei, já não sei quando
Há data marcada, mas não sei quando
E não sei quanto irá durar toda essa tortura
Já não sei quando e o quanto.
Quando, já não sei.
Já não sei o que falar, nem o que sentir
A espera me faz um impotente
E da impotência viverei até pôr fim nisto.
Já não sei como pôr fim nisto.
Já tentei tanto, mas não sei como.

IV

Esperar me faz pequeno, me faz frio.
Esperar congela meu coração
Já não sei como esquentá-lo
Já não sei como aconchegar meu pobre coração
Diga-me como, diga-me quando, diga-me o quanto.
Dê-me um sinal de vida,
Já não sei o que esperar
Nem o que devo fazer
Já não sei como agir.

V

Ensina-me a esperar
Não sei como.
Não sei como manter-me inerte
Já não sei como
Já não sei como dizer o quanto espero.
Já não sei o tanto quanto espero
Já não sei como
Só sei que sua imagem se faz onipresente
E da forma onipotente você domina o meu saber.
Já não sei o que dizer
Só sei dizer que não quero mais esperar por você.
Já não sei como fazer.
Já não sei como.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vai, meu coração, ouve a razão.

Vai, meu coração, ouve o quão estou desapontado.
Vai, meu coração, veja sempre por outro lado
Vai, meu coração, toque e transforme tudo o que está errado
E vá, meu coração, transporte-me para um outro lado, um outro lado da vida.
Vai, meu coração, usa só a sinceridade.
Vai, meu pequeno coração, executa meus mandamentos
Vai, obedeça ao seu amado.
Vai, me faz tirano.
Faz-me humano,
E ame, meu pequeno coração. Ame!
Vai, meu coração, tu mereces o perdão
O perdão do descuidado.
O perdão é você, meu coração.
Vai meu coração, execute o perdão.
Execute a informação.
Execute tudo que lhe peço.
Vai, coração, seja desumano.
Seja uma máquina.
Apenas faça, faça o que condiz com a minha desgraça.
Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade.

Vai, meu coração, colha sempre a tempestade.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cry baby!

Chore querido, disse ela, com a voz tocante e suave.
Chore para esquecer os problemas que consomem sua vida.
Chore querido, apenas hoje.
Derrame lágrimas de crocodilo, invente.
Chore, és ser humano.
Chore e não me peça para voltar, disse a morta.
Chore, e chore, e chore querido.

Chore pela milésima vez, mas chore.
Chore, você ama
E chore por amor
Chore, mas não seja verdadeiro.
Chore e engane-me, engane-se
Engane a solidão, e deixe-se viver na ilusão.

Chore, baby!
Cry baby!
Chore ouvido a música que lembra aqueles dias felizes comigo.
Chore, disse a mulher que tocou meu coração
Chore, baby!

Chore, e...
Chorando conseguirá superar a dor imaginária que acabara de criar.
Chore, e...
Não me peça para voltar, não mais.

Lembranças.

Esta música tão fria lembra aquele dia tão quente em que encontrava-mos despidos na sua cama tão macia e confortável, e que parecia pequena para nossa gama de sentimentos tão grandes que se faziam presente naquele ato sexual. Esta música é apenas a única lembrança que ficou guardada de nós, é a única herança que recebo da morte do nosso amor.
Esta lembrança consome como as lágrimas que caem incessantemente dos meus olhos.
Esta lembrança é uma pedra que está encravada no meu coração, e que não há guindaste que possa carregá-la para longe de mim.
Lembrar é retirar da mente tudo o que já foi vivido um dia,
E eu vivi tudo. E, de uma hora para a outra tudo morreu.
Os sentimentos, aquele olhar doce, aquele beijo que você me dava no olho, aqueles amassos nos lugares proibidos.
Éramos dois meninos sonhadores, com ideais semelhantes e que se contraporam de forma repentina.
Agora são apenas lembranças, apenas lembranças de um dia que jamais voltará.
O nunca existe, e aqui ele se faz presente.
Um ano para esquecer todas as aventuras não foram suficientes, não foi capaz de suplantar a minha agonia interna de querer ter você por pelo menos mais um dia.
Apenas lembranças reinaram.
E apenas lembranças terei...
De um dia em que seus olhos brilharam, e eu capturei esta imagem para sempre em minha vida.

domingo, 27 de setembro de 2009

Tentando aceitar o "não".

O 'não' chega como uma bola de fogo na sua face e destrói todo o ritmo sistemático e contínuo da vida de merda que cada um de nós insistimos em seguir, e nos damos conta de que somos meras formigas operárias caminhando para um mesmo lugar, a fossa. Somos a fossa e a fossa domina o mundo- algumas formigas conseguem desviar-se do caminho, mas no final, sempre foram.
O 'não' chegou mais uma vez, e mais uma vez arruína, provoca desgraça e os destroços desse fenômeno vão sendo varridos aos poucos. Como aceitar um não? Como aceitar o não ser e o não poder?
Precisamos aprender a aceitar as coisas do jeito que são, e as situações da forma que se dão.
O 'não' chegou, mas será suprido com um falso 'sim' que nos é auto-atribuído para superar a crise e as desgraças do que se passa, se passou e se passará, depois, quando formos formigas rainhas.
O 'não' passa tão depressa, e se desfaz devagar.
O 'não' chegou e não há maneiras de escapar,
apenas deve-se apreciar as desgraças e continuar seguindo em direção ao rumo em que somos datados.
Ou não.

sábado, 26 de setembro de 2009

Euforicamente feliz.

Uma farsa, uma mentira, um personagem, um distúrbio.
Criei essa imagem de estar sempre eufórico para enganar a morte, a vida e os outros estados dela. Estou, e estarei sempre violentamente bem, violentamente enganando a todos, e principalmente ao meu modelo de vida.
Euforicamente bem, estou.
Eufórico como aquela água insípida que jorra da fonte, sem nenhum controle, apenas jorra. Eufórico como aquele cardume de peixes que vem pulando por cima da água do mar, sem nenhum controle.
Descontrolado finjo estar hoje, finjo sem nenhuma hesitação. E, tenho consciência disso. Sou um falsário.
Violentamente feliz acordei, cigarros, café, conversas, risadas.
Violentamente ficarei até o fim do dia com a real felicidade que me cercará naquele evento que próximo está a chegar.
Violentamente ficarei quando cruzar seu caminho, sou mentiroso.
Fingirei um estado que não me pertence, não hoje.
Violentamente abraçarei o seu corpo macio e tocarei na sua pele de seda, que...
Nunca mais será minha novamente.
Eufórico, Eufórico...
Eufórico estou escrevendo isto, sem nenhum consentimento do meu cérebro.
O que vem é o que aqui está, e sem importar-me com o que você ou alguém vai dizer, eu seguirei meu caminho, euforicamente tentando demonstrar a felicidade.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Aluga-se um corpo.

Aluga-se um corpo que não consegue seguir sozinho
Aluga-se uma vida, uma alma, um alguém.
Alugam-se os detalhes curvilíneos e a virilidade.
Alugam-se cabelos lisos que balançam com o soprar do vento.

Aluga-se uma criança que pensa alto,
E no alto sempre está esperando a coragem chegar para pular.
Aluga-se um coração gelado, esperando pelo fogo.
Aluga-se um corpo vazio e feio por dentro, que nem aparece, que nem padece.
Aluga-se a mim, que ‘publicitando’ estou, em busca de um pagante.
Alugue-me e usufrua de todos os benefícios do meu corpo de traços finos.

Aluga-se um quarto vazio, que clamando está por dois corpos na mesma cama.
Aluga-se apenas uma noite de prazer,
E com prazer alugar-te-ei um lugar na minha mesa, à minha cama e ao meu lado.
Alugar-te-ei toda uma gama de sentimentos por apenas um único momento.
Alugar... Será que vale realmente a pena?
Será que o preço caro deve ser pago?
Alugue-me, sem exitar,
E por uma noite me terás em sua cama.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Dividir ou Multiplicar?

Dentre as operações matemáticas preciso selecionar aquela que condiz com meus princípios utópicos e realistas; Dentre estas expostas preciso tomar um rumo e escolher apenas o melhor para uma vida contínua com variação diferente de modalidade emotiva e conseguir encontrar a cura, neste momento, para esta inconstância similar a inércia que nunca sai, que nunca vai.
Estou começando do zero, mas sinto-me na milésima casa numérica. Nem vejo, nem sinto, nem posso, nem ouço, nem grito, nem me mostro e nem consigo ver, se quer, a amostra deste tempo que passa como um furacão na minha floresta de árvores humanas.
Dividir ou multiplicar? Esta é a dúvida.
Viver intensamente toda a soma que está sendo feita a minha vida ou dividir todas as unidades e dezenas que estão sendo anexadas a mim com o mundo lá fora?
Divido ou multiplico?
Continuo o que já está para terminar ou dou um basta no que aflige toda minha estrutura psicológica?
Ajude-me,
Divido ou Multiplico?
Ou seria melhor achar o zero da função?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Queria aprender a dizer "odeio você".

O verbo odiar não faz parte da minha vida, nem dos meus princípios. O sinônimo se resume a apenas o verbo oxítono ignorar. Simplismente queria aprender a dizer o "odeio" como simples forma se suplantar toda a minha raiva, toda a minha dor, toda a minha angustia que é exprimida como um limão naquelas horas de terror constante. O ódio me faria bem nestes momentos sublimes em que a alma entra em processo de liberação de sentimentos ruins, mas eu não consigo senti-lo, muito menos tentar forjá-lo.
O ignorar domina meu consciente (e o sub); O ignorar é o meu verbo-mãe, e que guia meus dias pela estrada afora; O ignorar é o não ser, e não querer ser, nem estar. Ignorei toda uma vida para degradar o ódio, e agora sinto a grande ausência que ele me faz. Ah, como queria falar para aqueles que tentam amenizar as minhas "esperanças" o quão odeio e falar para uma série de manifestações ridículas e exdruxulas o quanto odeio tudo e cansado estou.
Estou ignorando apartir deste momento, este rascunho que ficará guardado por um longo período na minha caixinha de sentimentos inválidos e impotentes. Ignorar faz bem, ignore, mas não esqueça de odiar.

sábado, 19 de setembro de 2009

O intenso vale a pena?

Do que adianta viver toda uma intensidade, se no final nos damos conta de que 95% de tudo foi irreal? Tudo não passara de um utopia mal formulada e que tenebria a toda uma vida, fúnebre vida. E neste instante vem a pergunta para consentir: É necessário correr atrás do intenso? Viver o intenso? É necessário ser intenso em tudo que fazemos?
A intensidade é como o núcleo de um átomo: Está sedada, mas quando usada, delibera grande quantidade de energia, que com a explosão dos sentimentos desordenados nos fazem cansar, e querer descansar. O intenso chega como um "tsunami" e leva-nos, mas depois devolve-nos a monotonia da vida.
É necessário levar esta modalidade de vida?
O que era intenso se acaba num piscar de olhos, como um lindo balão que estoura e faz derramar lágrimas nos olhos da pequena criança. O balão acabara de estourar, e as lágrimas são inevitáveis; A criança precisa levantar a cabeça e comprar outro balão, mas não há dinheiro, e nem pré-disposição suficiente para tal feito.
Crescente intensidade que funciona como gráficos na minha prova de matemática, uns crescem, outros decrescem... Assim ela funciona, como feitos da vida que assemelham-se em absoluta totalidade. Não viva o intenso, gaste aos poucos a energia liberada, para que consiga repor aos poucos, e ao pouco intenso ir vivendo.

Inércia

Estou parado numa velocidade constante
Preso num mundo que não gira,
E que lá fora a constância readmite
Estou preso num destino que não passa
E numa vida que não roda, nem a roda.

Estou em inconstância, porém, em inércia
Estou inconstante como o cata-vento
Como as rosas que se abrem a cada dia
Como a vida que muda constantemente
Estou em inércia e parado, e quieto.
Estou apenas apreciando o nada
E o nada me apreciando.

Estou possuído por alucinógenos que fazem a vida passar.
Estou em exílio no meu mundo,
E presco continuarei
Como passarinho na gaiola
Estou preso em minhas palavras.

Estou sem vida, sem dinheiro, sem cigarros e sem luz.
O que me resta são as moedas que apostarei.
O que me resta são apenas moedas
Que apostarei num futuro de velocidade inconstante.

Estou exilado como aquele que cantou.
Estou em inércia como aquele que selou
E em inércia ficou, sem poder definir.
Estou preso numa garrafa de vidro rebuscada, e de cor marrom.
Estou preso na escuridão, na qual nunca enxergarei o mundo lá fora.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Entrelaçados.

Sou um poço de sentimentos que deveriam estar do lado de fora, mas que ficaram presos na escuridão do subterrâneo, e que um dia talvez possa voltar a superfície. Estou esperando apenas um balde para resgatar os sentimentos que estão presos no subterrâneo do meu poço.

Minhas palavras acabaram de ficar no passado com o ver de que o balde sempre esteve ao meu lado, sempre participou e sempre coletou de dentro do meu poço muitos sentimentos que eram derramados aos poucos, e que a primeira impressão, não causavam diferença.
Entrelaçado como tranças bem feitas estamos numa grande lei de ação e reação. A coleta do material espiritual está se dando de forma desacelerada e contínua. Uma vida dentro da outra, e entrelaçados estamos em um único corpo, uma única carne e num único sentimento.
Independentemente de até quando este balde consiga coletar sentimentos de dentro do meu poço, quero deixar claro que será o mais intenso possível.
"Vivo de intensidades e ideologias fortes, se errar ficarei feliz, é a maior prova de que sou realmente humano."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Divisão

Diante de todos os significados dos mais valiosos sentimentos ela aparece como uma flecha perfurando o coração, rápida e dolorosa. E mediante a todos os pensamentos e auto-explicações nos pegamos (literalmente) mediante ao quociente de toda essa operação matemática que envolve mais de duas casas decimais. Como resolver essa divisão tão difícil que nos deixam sobras? Como resolver esta operação que tende a deixar algo em aberto? Dê-me uma fórmula para a saída deste problema matemático que faz-me quebrar a cabeça. Diga-me qual caminho devo seguir para chegar ao zero.
A conotatividade é inevitável, para que os fatores determinantes desta divisão não se dêem conta do real significado do acontecimento tão inclausturoso e incômodo que se segue. Ensina-me como fazer esta divisão tão difícil, pega na minha mão e ensina-me passo-a-passo os segredos destes números propostos a mim.
A divisão é inevitável para mim e para aqueles que sedentos estão pela descoberta de um quociente determinante e exato.
Ensina-me a fazer esta operação e, só assim, conseguirei administrar o quociente exato que talvez um dia obterei desta tão difícil operação.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Embalos de sábado à noite ;*

Sutilmente as portas se abriram
E gentilmente e calmamente começamos a dançar
Como formigas na sopa, nadando divertidamente.
Os embalos de sábado à noite, estes embalos
Os embalos da música que soavam nos nossos ouvidos.

Sábado à noite buscar-te-ei e terei.
Os embalos que como badalos de um sino fazem barulho
Sábado à noite, apenas sábado.
Vamos dançar a música que nos couber,
E vamos nos beijar agressivamente
Neste embalo de sábado à noite, que traz sentimentos.

No sábado à noite seu peito colou-se ao meu
E seu corpo tocou o meu como tocaste minha face.
Embadalados e embaralhados, como figurinhas, estamos.
Sábado à noite quero mais uma vez estar no seu mundo
E no seu mundo o sábado será apenas mais um embalo
Com a minha doce presença.

Sábado à noite descobri um universo paralelo ao meu
Sábado à noite estavamos unidos pelo baricentro
E as medianas atraía-nos eletricamente.
Sábado à noite, mais um dia, de pura alegria.
Precisamos todos de um sábado à noite
Para então seguirmos nossos instintos apenas mais uma vez.

Venha comigo, neste sábado à noite.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Incêndio

As chamas estão carregando tudo e todos os destroços que ficaram guardados no porão e consumindo todo o passado que estava preso no obscuro de uma sala subterrânea. O incêndio está se formando e ascendendo por toda a cidade que, em chamas, tenta fugir e levar o passado consigo.
Ninguém consegue enxergar o que está no porão, as verdades que foram escondidas e que agora estão sendo queimadas aos poucos com a chama que vem degradando tudo. Ela vem causando dor naquelas vítimas que inertes estão durante tempos imemoriais, e aos poucos vai corroendo toda uma face que nem se mostr, não mais. Este incêndio é tão violento que provoca desgraça nas nossas vidas, e viver não é mais o "viver".
Antes mesmo da chama consumir tudo, faça um pedido. Peça para viver, mas viver no sentido denotativo da "coisa"; Antes que a chama alcance seus pés, peça para viver por alguns segundos. E jamais deixe a chama alcançar o porão, ele guarda verdades que podem matar antes mesmo da chama.
Antes que a chama alcance a plantação de uva, peça aos deuses que guarde o seu porão, e que guarde a sua infelicidade, para um dia ser lembrada. As chamas serão como efeitos cíclicos que não terão fim quando o começo se fizer presente.
Este incêndio parece nunca acabar. É necessário encontrar a minha água para salvar-me do clarão vermelho que está aproximando-se.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

É preciso ser esnobe.

O ser humano não tem a capacidade sutíl de agradecer de forma singela e sincera ao próximo, que tanto fez para uma progressão em massa. E, dessa maneira tende a julgar aqueles que deixaram de fazer algo por pelo menos um dia. É preciso ser esnobe, para que seu potencial seja reconhecido como uma divindade estupenda e transmutável. Mas, nem todas as pessoas tem essa capacidade de reconhecer o bom e julgam este "bom" com uma característica maligna e repugnante que nada faz para o "bem de todos" e para que "assim caminhe a humanidade".
É preciso encher-se de mobilidade característica e com esse ato, mover-se sempre. Aquele que não tende a seguir este caminho está sempre a margem dos "parasitas humanos" que encostam na sua vida para sugar-lhe todo o seu potencial. E, dessa forma, sem se preocupar em adquirir nenhum, vive às custas do sucesso de alguém.
A verdade é necessária ser dita, para que este parasita toque a sua vida, e aprenda a caminhar sozinho. É de suma importância a doação de pernas mecânicas para que este parasita ande continuamente a favor da sua progressão, e no eixo das ordenadas consiga atingir o topo.
Mas, nem todos tem essa capacidade de doação de membros para aqueles que incrostam-se em ti. O medo, a vergonha e todos os outros sentimentos de pena e perda se fazem presente quando este momento realmente chega.
É preciso apenas ser esnobe para seguir em frente. E, desta maneira irão dar a você toda a atenção e valorização do que você faz em prol do conhecimento de todos.

domingo, 30 de agosto de 2009

Óculos Escuros

A vida imperceptível está sendo vista através de óculos escuros que põe-se na face para disfarçar as lágrimas que correm por baixo, e com este artifício somos capazes de mascarar diversas situações. As variadas manifestações da alma são encobertas por estes óculos que enfeitam o rosto e "enfeitam" todas as situações. Os óculos escuros estão sempre no rosto daqueles que da vida descontínua estão fugindo, e nunca libertará-se enquanto provindências de cunho maior forem tomadas.
O semblante estará sempre belo enquanto os óculos escuros estiverem sobre a macia pele que sofrida está de tantos descasos da vida, e dos acasos. Os meros acasos são capazes de derramar lágrimas por baixo dos lindos óculos escuros que disfarçam a vida, e disfarçam todas as outras coisas co-relacionadas a ela. Este pequeno material feito de lentes opacas e escuras foi criado para proteger a visão de malefícios do ambiente, e literalmente do ambiente. O ambiente em qual os óculos escuros estão anexados é o mesmo que propicia a maleficidade para serem combatidos nos milhões de ano-luz que a imagem é transmitida.
Vista-se de óculos escuros e finja a vida, com o mais doce rosto que é moldado por ele, e viva sem ter medo de olhar. Ninguém está percebendo enquanto os óculos escuros estão no rosto, e o livre-arbítrio faz-se presente como o óculos e o sentimento de derrota (ou outros) que se presencia no momento. O óculos é a maior peça que o mundo da moda nos proporcionou. Viva dele, e sempre com ele, porque os óculos escuros são verdadeiros cumplices para uma casta de disfarces e informações.
Use e abuse deste método eficaz de enxergar a fundo todas as coisas que acontecem no mundo afora, e não esqueça de sempre andar com seus óculos escuros.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Frívolo.

A frivilosidade está encucada nos meus dias como se fosse um parasita a sugar-me todos as energias que foram consumidas no almoço, e que queimadas estão sendo para redigir mais um dos meus frívolos textos e sem capacidade metalinguística.
A continuidade da rotina tem sido difícil, porque é difícil seguir padrões e rotinas que atordoam tanto nosso modo de vida. Padrões são para os fracos, literalmente, afirmei. Sigo padrões específicos em uma sociedade que não parece ter mobilidade, em indeterminantes sentidos. Minha mobilidade está intacta e inerente a todos os fatores externos que possam dar um "empurrãozinho".
Frívolosamente caminho todos os dias para um nível de ensino que não está no mesmo nível intelectual no qual eu estou imposto. Digam que sou hipócrita, e que não sou humilde. Cansado e atordoado das rotinas, elas consomem meus carboidratos e queimam todos os lipídios que estão sobre todo o meu corpo que póstumo já está.
Entre verdades e mentiras, definições e comparações, imposições e exposições, pré-conceitos e pós-conceitos, autoritarismo e "atoritarismo", força e vontade, desejos e respeitos, tesão e adesão, respeito e desrespeito e principalmente entre racionalidade e irracionalidade, tenho vivido como um pontinho apático mediante a todas as situações nas quais me encaixo.
Superproteções e amores declarados publicamente não são meu hobbie, prefiro as coisas secretas, o segredo é a única prova de amor; Verdades absolutas estão indo para o meu período escapista, e ficado no porão dos sentimentos e ações sem objetivos, prefiro as relativas, ajudam meu cérebro a trabalhar.
Prefiro o não ser, porque o ser já cansa. E cansado não quero estar mais.

Engravide

De todas as boas coisas que o mundo tem a proporcionar-lhe.

Engravide o mundo com suas idéias libertadoras e fulminantes.
Engravide a sociedade injusta, e as que vivem tão justas.
Engravide todos de beleza, no sentido real da palavra.
Engravide seu antepassado com bons feitos no presente.
Engravide-se de bons atos, e faça-os sem exitar.
Engravide-se de sabedoria e argumentação.

Engravidar é preciso, assuma essa idéia.
Engravidar é o agora. O futuro depende da sua gravidez.
Engravide de forma prematura, e maduro será.
Engravide não imaturo, mas imaturamente.
Engravide a fome com seus carboidratos recheados de energia.
Engravide o seu dia com aromas artificiais.

Engravide-me com seu olhar estonteante.
Engravide-me com as mais belas palavras.
Engravide-me com os beijos e abraços acalantadores.
Deixe-me engravidar da sua beleza.
Deixe-me aqui, e agora.
Deixe-me usufruir da minha gravidez para encontrar o "paraíso".

Vamos engravidar tudo e todos, é preciso.
Engravide o seu próximo.
Engravide quem der na telha, com amor e esperança.
Engravide, para que assim, o parto seja um mundo inocente e de projeções futurísticas.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Retrato

Este retrato que está fixado na parede não é mais aquele que ontem estava tão limpido e vivo. Este retrato não é igual ao do álbum de família que na gaveta está guardado. A fotografia tão fria e insípida continua na parede, apenas para demonstrar o quão duro é o tempo, e o quão árduo relutamos e transmutamos, que mutação desordenada.
Este retrato se mostra assim frio, assim calmo e de contorno fino demonstram as mãos paradas e e tão frias e mortas, e uma face que enobemente sobrevive ao passar do tempo. O retrato é apenas uma lembrança guardada em sete chaves, e que se renova a cada dia com os flash's de lembranças que vão e vem, num sincronizar quase que perfeito.
Este retrato está rasgado, sem cor, sem amor e nenhum pudor. Oh! retrato de uma estória divina que entregue as baratas e aranhas está. Pequenina imagem de um ontem que volta apenas com o tilintar dos flashs apáticos.
Este retrato é juizo final, é o mal! Retrato de um alguém despido e desnutrido, lutando por um aconchego. Figurinha tão pequena que fixado está na parede da memória, e que jamais cairá, pois o prego que o segura é tão rígido e forte quanto a imagem e a subimagem que este retrato transmite.
Este retrato é como gases poluentes na atmosfera: Ninguém percebe, mas com o passar dos anos, ela causa transtornos.
Este retrato é lembrança de um ontem que hoje está presente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Abraço

"Dos melhores presentes que eu pude receber no dia do meu aniversário, com certeza, o melhor foram os abraços que acalantaram e acolheram a minha cabeça sobre os ombros amigos que esperavam pelo dia em que minhas lágrimas cairiam incessantemente..."

Foram a 18 anos atrás que tudo aconteceu: Apenas mais um dos numerosos partos neste Brasil, onde a taxa de natalidade era constantemente alta, que nasceu Henrique. E, foram por estes dezoito anos que reluto e tento viver nos mundinhos que tenho criado para segurar toda a instabilidade da minha vida. Tenho caminhado com passos firmes sobre pontes criadas em palafitas, pequenas pontes de madeira, onde um simples escorregão levaria-me esgoto abaixo. Escorregões foram inevitáveis, mas eu sempre soube sair do meu esgoto e caminhar denovo sobre aquela maldita ponte.
O abraço é a mais singela manifestação de carinho, é um bem imaterial que ninguém jamais conseguirá transmutar com as mais diferentes formas de tecnologia; Abraço como um urso, que forte e carente está. Preciso do seu abraço, e preciso dar um abraço. Abraço... Onde está o verdadeiro abraço? Será que sou capaz de indentificá-lo?
Preciso pedir uma coisa: Arrume para mim mais madeira, preciso contruir mais pontes, para não cair novamente no esgoto.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eu sou a placa de contra-mão.

Andar em sentido contrário e inversamente proporcional a toda uma manada de "mendigos" é a maneira correta de seguir a vida?
Andar olhando para trás é a maneira correta de enfrentar os problemas que virão mais a frente?
Privilegiar o passado e tentar modificar o presente é a única forma de ascender?
Viver cotidianamente na contra-mão é uma maneira mais rápida de chegar no final? É o caminho mais fácil a ser percorrido?
Existem infinitas possibilidades de respostas para cada pergunta feita, mas todas levam ao mesmo caminho, a verdade.
Na contra-mão a vida se torna mais fácil, mas ágil e mais comunicativa. E apartir dela, torna o currículo social extenso e reflexivo a cada estrada percorrida. O contrário fascina e ensina muitas coisas que o "normal" jamais ensinaria, ele abre mentes e faz-lhe refletir de forma mais abrangente sobre o mundo, e todo mundo.
Precisamos mover e mudar as pessoas, fazê-las andar regressivamente, porque só quem tem a capacidade de regredir é capaz de corrigir seus erros no presente. Aqueles que conseguem voltar ao passado e 'capturar' todos os mal feitos são plenamente capazes de corrigí-los no presente e não viver inconstantemente.
Vamos andar na contra-mão, e adquirir experiências de grande pudor.
Vamos tentar andar no lado oposto, vamos ser diferentes.
Tente ser diferente, nem que seja por um segundo.
Não siga padrões, não rotule-se.
Vá à praia de calça, vá ao cinema sozinho, ande no lado oposto da avenida que costuma andar, sente na ultima cadeira da faculdade, diga frases de impacto, grite bem alto quando tiver raiva, chore incessantemente quando estiver feliz, pule, grite. E principalmente:
Nunca deixe de andar na contra-mão.
Nunca deixe de ser diferente, porque o igual não é perceptível.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ensina-me a viver.

Ensine-me todas as coisas nas quais devo me colocar fixamente para seguir uma vida olhando sepre ao horizonte.
Ensine-me o quão ruim é o ser humano, e dê-me uma explicação para tal característica.
Ensine-me sobre o céu e a terra, nem que seja por um segundo, onde eu possa diferenciar veemente o bem do mau.
Ensine-me o quão grande pode ser a sua capacidade incomensurável de amar tudo, e inclusive a mim.
Ensine-me o quanto custa ser diferente, e o quanto custa ser igualmente a todos que nos cercam.
Ensina-me todas estas coisas sobre a vida.
Ensina-me a viver como um fiel seguidor consegue olhar sempre a sua frente e adorar uma única imagem (imaterial).
Ensina-me, Ensine-me, Ensina-me, querido leitor.
Ensina-me o quão bom é dançar a canção da vida e o quão bom é mergulhar numa piscina profunda e achar uma moeda de ouro, que no meu monte prateado fará profunda diferença.
Ensina-me a viver.
Ensina-me a olhar sempre nos olhos, e esquecer a timidez que vem como um "tsunami" desastrador e desesperador na alma.
Ensina-me como não ser ingênuo e credibilizar os seres humanos sem ao menos tomar posse da sua confiança.
Ensina-me como ser feliz por pelo menos dias respectivos.
Ensina-me a ser diferente, porque o igual é cansativo, e me torne inigualável, pois assim nunca serei como uma moeda prateada.
Ensina-me a andar com minhas próprias pernas e caminhar para o clarão onde estás.
Ensina-me, querido leitor. Ensina-me.
Ensine e assine este tratado de guiar meus dias.
Ensina-me todos os mistérios da vida e faz-me desvendar os mais fúnebres, para assim achar uma verdade absoluta para os mesmos.
Ensine-me por toda uma constância e não permita-me ficar inconstante outra vez.
Ensina-me com as mais dolorosas e doces palavras o quanto preciso mudar, e o quanto intransmutável estou.
Ensine-me tudo, e então ensinar-te-ei um dia sobre os mistérios da sua vida, tão difícil de desvendar.
Prende-se à mim, e ensine-me. Apenas ensine-me.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Necessidade

Uma gama de pessoas caminham todos os dias pelas longas avenidas de Salvador e não percebem o quão desalinhadas estão com relação ao movimento "inativo" de pessoas que circulam como invisíveis, lado a lado. Uma necessidade é criada por cada um, cada qual com sua forma de necessidade e o seu peso para a tal tentação. Deparei-me com mais um dia insípido que não fará diferença relatá-lo, e em meio a tantos pensamentos inertes que vagavam na mente como particulas eletrônicas sem um condutor para alinhá-las avistei uma alma perdida no movimento "vai e vem" do balançar do veículo que transportava toda uma "plantação" que necessitados estavam (de que, é impossível saber.), todos necessitados de algo, porque o ser humano é pedinte, é mendigo, e mendigando vive pela estada da vida.
Uma alma perdida e cega com o tilintar do material sólido que trincava diante suas mãos, e pequenina se fez presente. Porém, grande de personalidade e determinação. Um dos fatores mais difícies de se entender é essa sociedade corrupta que vem sendo construída de forma desregulada cada dia mais, quero entender. Enquanto a necessidade anseia sobre o peito de quem alí está, a voracidade de oferta dispõem-se nas prateleiras de supermercados movidos por uma roda capitalista e alienadora que alimenta a egocentricidade e a demagogia daqueles que dizem realmente enxergar o problema a olho nu.
Solução?
Avistar uma solução para essa catraca que gira incessantemente sem parar é quase impossível. A busca pelo "bem-estar" é acirrada, e quem fica para trás, necessitado estará.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Plantação

Uma nova era chegou para modificar tudo que estava tecnologicamente excluso das plantações espalhadas pelos grandes latifúndios de terra que estão por este Brasil afora.
Conotativamente falando, eu, autor de uma estória melo-dramática e sensitiva relatarei sobre uma plantação de transgênicos que modificada está, e estará sendo, por toda uma vida, por todo um período de constante velocidade temporal.
Uma tecnologia que modificou-nos, modificou o modo de pensar, o modo de portar e o modo de crescer numa plantação. Somos como seres transgênicos, modificados até a alma por futilidades que infruem no cotidiano sem dar-nos a perceber o tamanho feito, a tamanha disgraça. E tentamos ser, e viver a vida de outros genes que foram fixados aos nossos por meio indireto e indiferente por um terminal que não visa a ascendência de qualquer ser.
A plantação está sempre a crescer, mas os trangênicos sempre tendem a implementar o seu gene dominante nos seus herdeiros para que nenhuma interferência haja com a interação ambiental que existe no mundo. Somos transgênicos, somos modificados e moldados como brinquedinhos criados por mentes brilhantes que trabalham na contra-mão da natureza humana.
E continuaremos neste carma incessante que tende a levar-nos para um submundo de controles e limitações.
Cuidado, verifique seu DNA para constatar que não foste moldado.
Cuidado com os transgênicos que vivem e escondem-se ao seu redor, eles "polinizarão" a flor da sua alma, e modificará toda a sua vida. E será que dá realmente para se confiar nesta plantação mista em que vivemos?
Será? Responda se for capaz.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A fossa é inspiradora.

É absolutamente incrível como a fossa e todos os seus detritos amargos são inspiradores para pessoas que tendem a seguir uma vida contando sobre seu grande período em inércia. Porém, o mais incrível ainda é esta maldita inconstância que te deixa na fossa dia n, e nas nuvens dia x.
A vida é tão cheia de mistérios e incertezas que não há maneiras de desvendá-las, mas estamos sempre buscando uma fórmula para explicar o grande filme da vida, assim como fizeram os grandes filósofos gregos em busca de uma resposta para o surgimento da nossa grande "nave-mãe". Tudo está em movimento e o tempo está relativamente em passagem, a depender do ponto referencial tomado. O tempo passa de forma mais lenta para aqueles que buscam tentativas de explicar a vida, e de forma mais rápida para aqueles que vivem de forma desregulada e aleatória.
O tempo é a grande certeza de que fomos, somos e seremos moldados com seu sucessivo crescimento; O tempo é uma vida inteirinha que tem-se reformulado e transcorrido de maneira heterogenea, mas que agora neste misto de manifestações promovidas pela fossa, transcorre homogeneamente como água misturada a açucar. Inconstância desregulada por exatamente dezoito anos. Como manipulá-la? Há maneiras corretas de manipular esta inconstância que tende a levar-te à fossa?
Todo este movimento de rotação misturado a ginge que promove em todos nós, leva-nos a caminhos diferentes de percepção vivencial, e logo, a verdade divide-se em duas "sub-verdades" que são universais a todo ser humano: A verdade relativa e a absoluta (não perderei meu tempo para explicações).
A fossa une e destrói, constrói e promove.
A fossa é apenas mais um lar espiritual de todos nós.
Porém, existem os que sabem aproveitar esta fossa para produzir algo relativamente notável e os que usam-na para autopromover uma índole que extinta está.
E você, de que forma usa a tua fossa?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

can you hear my prayers?

O mundo é como uma esfera de isopor, e quando aberta está oca por dentro; O mundo é tão pequeno e tão grande ao mesmo tempo que os sentimentos de benevolência e revolta caminham juntos no amontoado de pessoas que seguem caminhos diferentes, às vezes com finalidades iguais, outras opostas.
O mundo que tracei tem um tanto de conservadorismo e isolamento dos demais mundos que giram ao meu redor (não leve o mundo como um siginificado conotativo). Ao redor do meu mundo giram outros tantos diferentes, que ao colidirem com a minha verdade, agridem, denigrem e rebaixam a qualidade do padrão de vida do meu mundo. Será que dá para criar outros mundos? Será que dá para reformular o pensamento de toda uma nação que vive no meu mundo?
Alguém consegue ouvir minhas preces?
Alguém consegue ouvir uma voz que grita incessantemente de um corpo já sem alma?
Será? Será que o arquiteto deste mundo fez um bom trabalho?
Será que tudo foi planejado e criado como mandava a planta do trabalho?
Meu mundo é apenas mais um mundo que flutua na órbita do universo, e menos assebuscando um outro mundo que ao melhe-se. Um mundo só é realmente um mundo quando ele está associado e intercedido a outros mundos, mas o que fazer de um mundo que isolou-se numa cápsula de plástico para não ter contato com os outros?
Isso existe. Existem mundos semelhantes, e em busca deles vou.
Viverei no meu mundo, apenas quando conseguir acatar as leis que regem todo um conjunto universo de mundos; Viverei apenas quando ligar-me a outro mundo por fortes ligações, talvez do tipo sigma.
Viverei o meu mundo, enquanto espero uma outra colisão.

domingo, 9 de agosto de 2009

O tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração.

Como uma roda gigante o tempo rodou de forma circular. Algumas vezes no topo, outras na base, e assim meu coração foi se modificando. Dias altos e dias baixos, como numa roda gigante em constante movimento, que me deixa por cima e por baixo.
O tempo é o maior remédio, isso é verídico, mas não uma verdade.
Existem verdades absolutas e verdades relativas. A minha verdade sobre o tempo é absoluta, e a sua?
O tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração (essa é uma verdade absoluta) que constantemente esteve com sentimentos fúnebres e emotivos, felizes e histéricos. O ser humano muda constantemente, bendito tempo. E assim este tempo tem mudado e moldado meu modo de agir e pensar; Mudado minha face, minha personalidade e minha percepção de mundo. O tempo muda tudo, e mudou completamente minha vida. Dezoito anos se passaram, e aqui estou. Infelizmente vítima do passado, porém vivendo cada segundo como se meus dias estivessem contados.
O tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração.
O tempo correu como um carro em alta velocidade, e me trouxe a liberdade, a liberdade de expressão e a liberdade de escolha.

domingo, 2 de agosto de 2009

inspiração dos meus sonhos, não quero acordar.

Quero ficar só contigo, não vou poder mais voar.
Quero continuar sonhando com um universo paralelo onde estaremos distribuídos em zonas opostas. E, sonhando com este desejo vou vivendo, suprindo minhas necessidades humanas e minha carência, porém nada será substituído pela sua vida à minha. Quem disse que pra estar junto é necessário estar perto? Tenho junto ao meu peito o seu, e sinto o batimento do seu coração como tambores soando de longe, num som contínuo e calmo.
Queria apenas dizer "Eu te amo" , olhando nos seus olhos e vendo-os brilhar com perólas de quartzo com diamantes. Espero que tudo seja como num filme, e no final dê tudo certo. Não consigo viver, nem amar um outro alguém, sua alma é insubistuitível. Levarei contigo o legado da sua personalidade e do seu sorriso até o dia da minha morte.
Não estou e não sou deste mundo, não sei viver nem manipular os sentimentos que o coração determina, nem escrever bonito para dizer o quanto eu amo (o nervosismo não deixa).
Vou finalizar este texto, não consigo escrever lembrando tudo... Lembrando tudo que um dia lembrarei ainda, no fim.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Você tem sede? De que?

O sol latente anda sempre sobre a cabeça daqueles que realmente tendem a seguir um caminho politicamente correto e sincero, daqueles que realmente almejam a felicidade e buscam de forma desregulada uma luz para iluminar o obscuro da sua alma. O sol, ele costuma queimar a pele daqueles que brancos estão, de tanto esforço e desgasto para fazer tudo de forma concreta, de forma certa. Acerta, é uma meta; Acerta de forma direta. É difícil acertar quando existem obstáculos que impedem o lançamento do projétil na direção do alvo.
O sol queima os neurônios, queima a pele e principalmente a paciência. De tanto sol, o corpo ficou desnutrido, e a sede domina tudo. Sede... Sede... De que?
Sede de vingança;
Sede de felicidade;
Sede de transformação;
Sede de morte (paradoxo);
Sede de amar infinitamente, mesmo com os obstáculos;
Sede de suicídio, o sol acaba conosco;
Sede de humilhação.;
Sede de mudança;
Sede de escolha.
E este amontoado de necessidades da mais insípida água nunca poderemos beber, porque o sol está sempre a domínio. Quem é o seu sol? E o meu?
O meu sol se manifesta todos os dias, no amanhecer, dentre as nuvens negras que estão sempre encobrindo o meu céu. O meu sol age de forma direta e agride absolutamente toda a minha pele, e retira minhas energias, mas não faz uso.
O meu sol é pequeno como uma formiga, mas se mostra tão grande como um dragão. O meu sol... Sempre viverá queimando minha pele e sugando minhas energias, até o fim da minha vida, e das outras vidas. O sol tem vida longa, e morrerá em quatro bilhões de anos.
O meu sol tem vida longa, e com sua sombra, mostra-me seu poder de auto-destruição.
O meu sol é criado, é moldado, e nunca mudado; O meu sol está dentre as minhas portas e minhas janelas; E o seu sol? Seu sol está preso? Ou você está preso a ele?

terça-feira, 28 de julho de 2009

Onipotente.

Para descrever a enorme infelicidade de não estar.
Para sobreviver diante do ser.
Para ver.
Para dizer.
Palavras faltam quando o nível de serotonina do cérebro já domina, contamina.
Existem vazios que dizem, que mostram, que gritam profundo.
Não existem palavras para dizer TE AMO, porque o TE AMO não se diz.
Não existem palavras para inibir o derramamento das lágrimas, nem para amenizar a dor.
Sem você, não sou.
Não sou, sem você.
Não sou em todos os sentidos.
Não estou em todos os sentidos.
Desculpa a conotatividade, desculpa a regularidade, mas sem você não sou.
Espero por dois segundos e vem a verdade na minha mente.
Finjo por dias e dias, mas a verdade penetra como uma faca perfurando-me.
Choro em silêncio a tua ausência, grito em silêncio pela tua permanência, e morto estou, em silêncio pela sua onipresença.
Desculpa a funebridade, desculpa o mau-estar.
A carência afetiva nos leva a elevados níveis de ridicularidades ortográficas.
Sinto que em segredo estou, guiando-me por passos ditos de longe; Estou em segredo vivendo de forma fluorescente.
A luz forte, pertencente a você, me domina.
Me fascina, me ensina e me deixa como uma adenina sem sua timina.
Você, menina fascina.
Menina você fascina.
E termino aqui minha carta declarativa, e complicada.
Termino minha saga, para começar outra.
Vivo disso, e assim quero viver, sempre renovando meus sentimentos em relação a você.
Vem menina, me domina!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ilusões.

Iludir parece ser um ato normal e aceitável na sociedade cada dia mais pacífica em que vivemos. Iludir é como tomar um copo d'água ou acender a luz de algum cômodo da casa. Tudo é muito fácil, tudo é muito fantasiado enquanto existir um alguém com o estado emocional mais abalado e necessitado de super proteção.
E essa ilusão dá-se de forma desigual em cada alma humana e em cada momento da vida.
Iludo-me com as pequenas simples coisas e com as maiores oportunidades que um dia idealizo de forma receiada para mim.
Iludo-me com as pessoas nas quais eu deposito todo o meu sonho, a minha vontade de viver.
Iludir-se não é mais algo tão ruim e que provocará tantos transtornos para alguém que vive disso a todo momento.
Procurei o amor que me mentiu e pedi a vida mais do que ela dava, pedi amores e dores. Pedi e perdi. E estes amores que assim me vão fugindo são iguais aos outros amores que vão surgindo, e que há de partir também. Nem eu sei quando.
Tudo vai embora com a mais perfeita normalidade, e o sentimento de desolação migra da periferia da vida para o centro.
E assim vamos vivendo, sempre sonhando, sempre iludindo e o principal: SEMPRE PERDENDO.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Rotina.

Acordar pela manhã ao som da chuva que ao tocar no solo produz um barulho confortável e gostoso; Levantar com uma enorme preguiça misturada a uma grande disposição para começar mais um dia (como os outros) de estudo árduo; Limpar o rosto da oleosidade provocada durante a noite; Pegar uma toalha limpa e cheirosa para tomar um banho que revigorará minha alma; Ir ao banheiro, fazer xixi; Escovar os dentes bem escovados e passar fio dental, logo após anti-séptico bucal; Ligar o chuveiro e ficar enrolando para não deixar a água cair sobre minha pele quente que o cobertor esquentara durante toda uma noite de chuva e frio; Repensar em algumas coisas, principalmente a característica humana de transmutar (algumas vezes para pior); Deixar a água cair na minha face e deliciar-me com aquele sentimento de frio que encobre todo o exterior e o interior do meu corpo; Enxugar-me e pôr uma roupa de frio; Tomar café da manhã sozinho, sempre sozinho, no silêncio e no choro em silêncio; Ler jornal do dia, atualizar-me para uma nova etapa que terei de enfrentar em minha vida, em prol de um futuro melhor; E apartir deste momento, dirigir-me ao computador e após estudar aspectos positivos e negativos do petróleo resolver escrever quase que detalhadamente toda a minha rotina matinal que não servem de nada, apenas para criar um texto criativo e legal que ficará guardado aqui durante toda uma vida.
Espero um dia ser lembrado quando não estiver mais neste mundo; Ser lembrado pelo meu modo de pensar diferenciado, argumentativo e persuasivo. Um dia ser relembrado por ser tão diferente e fugir destes padrões impostos por um conjunto vivencial que seguem regras rígidas e sem base informacional para uma vida mais equilibrada.
A rotina que levo é apenas consequência do meu modo de portar, do meu modo pacífico de ser. Um dia deixarei de ser reflexivo recíproco e deixarei todo o egoísmo (não, ainda não consegui ser totalmente desta maneira) tomar conta de mim, pois só os egoístas conseguem crescer na vida. Num mundo tão concorrente, só os egoístas conseguem chegar numa plataforma mais alta que os outros. É preciso determinação, argumentação e acima de tudo deixar a mente aberta para idéias que com certeza persuadirão de forma positiva a mudança da essencia da vida.
Sou muito grato a mim, a meu modo de pensar; Sou grato a minha incrível capacidade de transmutar, apenas degraus acima.

choro em silêncio.

Não há maneira melhor do que o choro em silêncio. Todo enfermo está resguardado apenas para o auto-conhecimento, tudo está dirigindo-se em prol dum futuro regular e equilibrado.
Choro hoje, porém, o amanhã talvez seja de felicidades e risos, facilidades e diversões. Não entendo como as minhas palavras tem tanto poder, não sei como um simples ser tem a capacidade de mudar todo o clima dum ambiente, até então calmo.
Choro porque ninguém entenderá minhas crises existenciais e minhas lágrimas de criança protestante e incessante; Choro como uma criança recém-nascida, almejando algo, nunca entendida.
Hoje estou chorando pela falta de maturidade e tolerância que todos tem, todos são tão diferentes do meu mundo. Vivo numa casta absolutamente irreal, moldei absolutamente tudo a minha realidade e transformei meus ideais em pedras.
Sinto-me hibernando no verão, tão diferente e estranho.
Enquanto estas palavras penetram meu consciente, sinto-me surdo. Paradoxo?
Até que ponto a intolerância conduzirá as ações humanas? Até quando as palavras sem pensamento irão ser aderidas a minha realidade, tão certa, tão calma, tão inteligente.
Simplismente ODEIO todas as coisas, tudo, as pessoas, odeio ser quem sou, odeio estar perante a este conjunto de pessoas impensantes, odeio levar um modelo de vida que parece nunca mudar.
Se não dou tudo de mim, sou vagabundo, se tenho vontade, não há espaço. E quando isso acontece, sinto-me preso aqueles sentimentos duros e obscuros que sempre estão na periferia da minha vida.
Choro em silêncio, não há jeito, nem solução.
Estou chorando incessantemente em profundo silêncio, ninguém pode ouvir, nem ver, nem sentir.
Choro em silêncio porque o ser humano não é capaz de captar, nem ajudar com os problemas.
E continuarei chorando, e levando...
E levando, tentando construir uma maneira "menos" dolorosa de viver.