domingo, 29 de novembro de 2009

Flash

Cigarros, cervejas, cantadas ridículas, revelações, lembranças, medo, reflexo, cigarro, cerveja, água, tranquilidade, sono, dormir, dor de cabeça, dos nos olhos, mais uma cantada ridícula, um fora apático, amizades falsas, sorrisos falsos, abraços falsos, falsidade.
Encontros, desencontros, desencantos, encantos, pena, pavor, sorrisos (falsos ou não), olhadas, abraços, idiotices, cerveja no mercado do peixe, encontro (medo), comer, beber, mijar, água, fumar, conversa, desatenção, pensamentos que voam daqui pra, sonho.
Mensagem, celular, resposta (nem era), verdades, mentiras, ônibus, caminho, pessoas, soltar, andar, soar, abrir porta, entrar em casa, ouvir desaforo, responder a altura, deitar, não dormir, pensar, ficar acordado, sonhar acordado, lembrar, admitir, levantar, computador, escrever, escrever e escrever sem pensar, pensamentos imbecis, verbos de merda, verbalizar, ficar com fome, não comer, estudar para o concurso.

Apenas flash's que se apagarão num piscar de olhos.
Apagaram-se.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Incerteza

A vida é tão incerta
Como a ida e a vinda
Como o sim e o não
Como o inferno e o céu.

Dá-me uma vida incerta,
Pois incerto sou
Como a meteorologia
Como o frio que engana
Como o calor que engana
Como a doce inconstância do mundo

A vida é tão incerta,
Sem destino planejado
E totalmente encabulado
Frustrado
Desesperado
A vida é repleta de incertezas
Umas fixas, outras moveis.
Mas, onde está a mobilidade?
Onde encontro?

A vida é tão incerta
Como este texto,
Tão medíocre,
Tão irônico
Tão falso

A vida é certa de incerteza.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Everybody hurts.

Todo mundo sofre
Uns com muito pouco, outros de ter tão pouco.
Todo mundo sofre
Uns por dezenas de segundos, outros durante uma vida.
Todo mundo grita
Uns gritam pelo mundo afora, outros gritam em silêncio.
Todo mundo se machuca
Uns com pedras sobre o caminho, outros por caminhos sem pedras.

Todo mundo briga
Uns sem motivo, outros de tanto serem humilhados.
Todo mundo chora
Uns de raiva, outros de solidão.
Todo mundo almeja
Uns futilidade, outros a liberdade.

Todo mundo sofre, de fato.
Uns de serem tão bobos, outros de bobos de fazerem
Todo mundo inventa
Uns a 'verdadeira' felicidade, outros inventam a vida
Todo mundo mente
Uns para o mundo, outros a si mesmo.

Todo mundo vive
Uns intensamente, outros fingem
Todo mundo é feliz
Uns para sempre, outros em frações de segundo
Todo mundo caminha
Uns em linha reta, outros em movimentos cíclicos

A vida vai sendo repetida
As pessoas machucando
Os caminhos retorcidos
As saudades acabando
A felicidade se negando
A briga vira intriga
A lágrima é exílio
E assim tudo se reconstrói
Da mesma maneira que foi destruída
Assim tão rápido, ágil e imprevisível.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

(In)compatibilidade.

É incompatível o modelo antagônico familiar que venho tendo desde minha geração, desde quando fui jorrado pra fora como secreção de uma ferida podre e imunda. Esta incompatibilidade me faz pequeno, me faz ameno e salgado e amargo.
É incompatível este modelo de vida juvenil tão lento, tão fraco, tão melancólico. E esta melancolia me deixa pra baixo, me deixa por baixo, me deixa sem espaço.
É incompatível este modelo de amor tão intenso, tão carinhoso, tão monstruoso. E este amor me acalanta, me encanta e me faz segregar toda a incompatibilidade.
É incompatível este modelo de amizade que tanto perdura, mas nada dura, na verdade é dura como pedra dura que de tanto durar já está em fase de decomposição. Amanhã seremos rochas sedimentares.
É incompatível este modelo de felicidade tão mentirosa dessa alma penosa, que está sofrida, está detida e abatida. Talvez seja apenas mais uma das mentiras.
É incompatível este modelo de tristeza verdadeira que parece asneira, mas não há maneira, não há quem veja, nem quem sinta.
É incompatível este modelo colegial que tanto cansa, mas nada me cansa, nada encanta, nada progride, nada constrói. Tudo é destruído como as boas lembranças que ficam no esquecimento.
É incompatível este modelo musical tão formal, tão normal, tão boçal e sem rima como o grita o texto.
É incompatível este nada que nunca acaba, que nunca finaliza, que nunca chega ao nada.
É incompatível o brilho que de tão ofuscado ofuscou outros brilhos.
É incompatível esta transfusão que parece um tufão, e leva tudo o que vê pela frente.
É, de fato, incompatível.
Será que a incompatibilidade é o meu eu?
Ou seria o meu eu incompatível de ser decifrado?
Será que não há compatibilidade para o indecifrável?
Ou será que o mistério está bem nítido?
Será que estes modelos são compatíveis?
Será que o modelo merece estes modelos?
Incompatível ou Compatível?
Mutável ou Transmutável?
As respostas serão incompatíveis para resolver esse paradigma.
As respostas são, de fato, argumentos incompatíveis para dar sentido ao mundo de incompatibilidades que nós criamos.

sábado, 21 de novembro de 2009

amor x ódio

O ódio para começar leva uma vida
O amor, um segundo.
O ódio é um processo manufaturado
O amor é industrial.

O ódio é amargura, problema é dor.
O amor não difere só porque é amor
O ódio é tudo
O amor deixa de ser.

O ódio cresce como num flash de raio na imensidão
O amor diminui comoos dias chuvosos que tendem a acabar
O ódio é profundo
O amor é imundo

O ódio me faz alguém
O amor te faz ninguém
O amor é doente
O ódio indiferente

O ódio cresceu com o tempo
O amor cresceu com nada, o seu.
O ódio nos condena a inquietação
O amor é toda a manifestação de pensamentos doentios.
O amor acabou,
mas o ódio
continua...

domingo, 15 de novembro de 2009

It weren't my fault!

As culpas de uma vida desregulada são impostas de forma dura nos outros. A válvula de escape são os outros, e o alvo são eles. Ninguém consegue entender que colocamos nossas expectativas, nossos medos, e todos os outros sentimentos maléficos nos outros, esperando que este "outro" seja capaz de suprir estes sentimentos e nos fazerem mais puros.
A culpa nunca é nossa, e sim dos outros.
A culpa é de quem não tava, nem ficou.
De quem não viu e não sabe.
De quem perdeu o ônibus lotado, de quem já se foi.

A culpa é apenas mais uma das válvulas que encontramos no caminho da vida, e impomos ela de forma totalitária em alguém que 'não estava'.
E continuamos impondo nossos limites e dogmas nos outros, para que estes outros sejam o que sempre queríamos, um dia.

Os outros...
Apenas eles, são baús.
São baús onde colocamos as nossas coisas velhas e imprestáveis.

sábado, 14 de novembro de 2009

doisemum.

there are two ways to see what i say. will be that you able to understand what i wanna tell?
the life is now "doisemum", are you more efficient than my words?
will you get find a word to about me?

that is doisemum.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Começar de novo.

Começar pelo zero
Como a água que entra em solidificação
Como a felicidade, que começa com um sorriso
Como você, que me veio com o brilho nos olhos

Começar pelo nada
Como o nada que começou antes de você
Como o nada que formou-se diante de mim
Como o nada que esteve em minha vida enquanto não a tinha
Como o nada que a vida proporciona nos momentos fúnebres

Começar pelo perdão
Como o auto-perdão, que me ajuda a crescer
A viver
A ser
Como o sim que demos a vida, e da vida compartilharemos a positividade.

Começar pelo beijo
Como o beijo tímido que nos demos
Como o beijo ofegante que forcei
Como o entrelaçar dos nossos dedos, e da nossa alma

Começar do desejo
Daquele que existia
Que se apagou,
Que voltou
Que se foi, e se foi, e voltou
Como uma bala penetrando minha vida, meu peito

Começar pelo calor
Seu calor, meu calor.
Meu suor escorrendo pela face,
Meu nervoso escoriando pelo rosto

Começar pelas palavras
Que tanto agridem,
Que tanto consolam
Que tanto amenizam
Que tanto emocionam.

Começar pela lágrima
Que tanto dói
Que tanto machuca
Que te faz um nada
Que te faz humilhar
Que me faz penalizar

Começar pelo sonho
Que te faz crescer
Que nos fazem esperançosos
Como um sonho que sempre existiu, a realidade

Começar pelo toque
Que sua mão proporcionou no meu corpo
Que a minha mão proporcionou no seu corpo
Que em conjunto, nossas mãos tocaram.
Que em conjunto, tocamos a alma simultaneamente

Começar é o lema.
Mas começar de novo é ainda mais legal,
É ainda mais especial
É ainda mais racional.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

florbela diz:

"... E este amor que assim me vai fugindo é igual a um outro amor que vai surgindo, e que há de partir também. Nem eu sei quando..."

domingo, 8 de novembro de 2009

rainha de maio, valeu o teu pique.

chegou de repente,
rainha de maio
valeu o teu pique
apenas para chover no meu piquenique.

rainha de maio, valeu a viagem
agora já não dá mais...

rainha de maio,
chegou o fim da viagem
agora já não dá mais...

rainha de maio,
o tempo não pára
e não vai esperar.

rainha de maio,
obrigado pelo pique
quem sabe reclique
quem sabe duplique
quem sabe reapareça

rainha de maio,
valeu o teu pique,
rainha de maio
vem para me ajudar.

rainha de maio,
você é meu raio.

rainha de maio
assina essa página,
apenas para selar
o amor que vivemos

rainha de maio,
valeu o teu pique....
rainha de maio,
sua falta será inevitável.
rainha de maio, vem no novembro
vem no dezembro, fica no janeiro.
rainha de maio.
fica comigo,
enquanto for majestade,
enquanto governar de forma absolutista....
o meu coração

sábado, 7 de novembro de 2009

não vou relatar.

Não vou relatar a minha vida nestas poucas linhas...
Nestes poucos espaços em branco que ela me define.
Sou o branco, o claro.
Sou o início de um branco que nunca ganhará luz própria.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Rotação;

A vida não é continuamente e ininterruptamente feliz, as pessoas, os lugares e as palavras machucam como pregos afiados, e abrem feridas doem como o fogo que consome: o fogo do ódio. As pessoas deixam cicatrizes que jamais curarão, os lugares deixam marcas que jamais desaparecerão, e por fim, as palavras abrem feridas que jamais fecharão, são feridas enormes que o tempo é incapaz de fechar, porque somos humanos, somos seres pensantes. Enquanto houver racionalidade jamais esqueceremos a ferida que foi aberta com as palavras e que com elas são amenizadas pouco a pouco, mas nunca fechada, e assim a vida é seguida, dia-a-dia, sem exitar, sem cessar. O movimento de rotação não tende a parar se a sua vida desandar, o mundo não pára se o seu mundo resolveu tirar um cochilo, se o seu mundo resolveu hibernar no verão, na primavera ou em qualquer outra estação incomum. A infelicidade é tão latente como a sede de vida daqueles que esquecidos estão, por este mundo incrédulo que gira sem parar, e em seus sucessivos movimentos circunféricos somos esquecidos e amenizados ao nada, ao comum. As dores são tão latentes como o sol que vagarosamente está iluminando o seu dia escuro, sobre a sua vida escura e sobre os seus olhos que cegos estão com os insucessos que passara e que vivera. A nossa infelicidade está incrustada no berço, no auge do gozo que deu início a formação fetal mal estruturada, problemática, e indecente. A partir do ato sexual, um novo início estaria a começar, mas o mundo, com suas façanhas e suas leis físicas (propostas por Einstein) acelerou seu processo de rotação e faz-nos esquecer (não viver) o pretérito, o presente e o futuro. Hoje somos (sim, meus queridos irmãos) aquilo que ficou no passado, e que não fora vivido intensamente, somos o átomo menos importante na tabela periódica, somos o incidente ocorrido de forma desastrosa no ocidente. Não culpem-me, culpem aquele que deu-nos a vida, àquela que deu-se de vida, e a si, que permitiu-se viver. Faça o que eu faço, e deixem-se viver de maneira mais tranquila. Ponha a culpa nos outros, porque o "outro" nunca ouvirá, e nem se importará com a sua opinião, o "outro" também é um nada como nós.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

get happy :)

Vou estar feliz como naqueles dias em que essa música toca tão aceleradamente, e que acelera meus batimentos cardíacos, e quando eu fico dançando sozinho no meu quarto; Vou estar feliz enquanto tocar essa música da vida, para que eu possa sempre acender o meu cigarro e dizer "if you want to be free, be free, there's a million things to be, you that there are."
Vou estar feliz enquanto pensar que um dia, de fato, eu fui feliz, e quando aquele texto enorme me fizeram derramar lágrimas. Vou estar feliz enquanto eu me excitar com aquelas fotos sensuais, e artisticas. Serei feliz enquanto você pensar em mim, e enquanto eu souber que existe alguém que me ama, e pensa em mim.

Vou estar "be happy" enquanto a vida deixar de ser tão séria,
Enquanto eu danço, eu canto, eu grito "we can do what we want"
Vou estar sempre com a felicidade estampada no rosto quando você disser que me ama, e o meu sarcasmo transparecê-la.
Vou estar feliz,
Vou estar feliz
Estarei feliz, dont worry!
Estarei feliz, enquanto você está triste. 'coz there's a million ways to be!
Estarei feliz enquando você derramar as lágrimas,
Estarei feliz, porque eu sei que me ama, eu sei que nunca esquecerá.
Estarei sempre feliz, porque sou amado.
E um dia talvez este verbo possa ser escrito na primeira pessoa do plural.
Basta apenas fazer valer a pena, basta apenas correr os riscos que tem de correr.
Tudo na vida é um teste, e este teste poderemos superar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O pra sempre sempre acaba.

Toda essa dualidade existente não é suficiente para atingir o impossível e fazer-me tocar as estrelas; Todo o sentimento existente não é possível de fazer o "nada" virar tudo.
Há disparidades no nosso modo de vida, que nos encurtam a sentimentos pequeninos e pouco duradouros, são sentimentos sujos de tinta, sempre temos que lavá-los para que acordemos limpos amanhã. Na estrada da vida, o asfalto está irregular, e os incidentes são inesperados.
O pra sempre sempre acaba! Nada nessa vida dura uma eternidade.
É a lei da natureza: Eu acabo, tu acabas, ele acaba!
Para tudo há começo, meio e fim, da mesma maneira que a lei da vida segue, porque tudo o que sentimos e fazemos é vida.
Na estrada da vida, os acontecimentos vão sucedendo-se de forma lenta, e quando paramos para avaliá-los, vimos que essa estrada desgastou-se, a vida desgastou-se.
A vida acabou, mas uma nova vida sempre tende a começar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Segredos

Tudo na vida e ao nosso redor tem uma explicação, nem sempre pode ser uma explicação visível e fácil, mas para tudo existe uma, é fato. A nossa vida é explicada pelas amenidades sofridas e pelas frustrações adquiridas ao decorrer da mesma.
O segredo do insucesso, da lágrima e da infelicidade é expresso em poucas palavras, e guardado a sete chaves, para que o mundo não conspire contra nós; O segredo é difícil de ser dito, as lágrimas o consomem, ficam difíceis de compreender, mas é um segredo.
A vida é absolutamente sensacional e cheia de surpresas, encontrei um segredo perdido, e que me foi confiado com lágrimas e ternura nos olhos, um segredo.
Eu tenho um segredo em minhas mãos, e nele eu tenho as lágrimas escorrendo sobre o meu ombro amigo. Um segredo me foi confinado!
Nossa, a felicidade é tão grandiosa.
Nunca me contaram um segredo, e agora eu posso compartilhar das dores, ah... Eu posso.
Um segredo.
Apenas um dos inúmeros que podem surgir, este é um segredo que marca o início de uma história que será escrita com canetinhas coloridas, da cor da felicidade.
Passaremos uma borracha no texto preto e branco e recomeçaremos a escrever a vida, repleta de segredos, com canetinhas coloridas da cor da nossa felicidade, da intensidade.
Querido amigo, um segredo você me confiou.
Você me datou um segredo com lágrimas correntes sobre a minha pele que estava a acalantar a tua tristeza.
Obrigado mais uma vez pelo segredo.
De fato, a nossa vida é uma caixinha de surpresas.
Um segredo apenas pode mudar tudo,
E tudo pode ser mudado com "O segredo".

Blind

Perdi a visão quando olhei no seus olhos
Perdi a visão quando você chegou em mim
Compenetrado estava, e você abalou minha estrutura
A vida está escura, estou vivendo numa cegueira utópica
Estou a viver uma magia irritante aos meus olhos
Estou cego
Deixou-me cego
Cego, cego.

Perdi o rumo, a atenção
Perdi-me em ti
Perdi
Eu perdi a mim mesmo
Tu cegaste meu mundo
Não consigo enxergar, meu foco é você.

Perdi a visão, e com ela sua imagem ficou gravada em minha cabeça.
O mundo não faz sentido, nada faz.
Apenas a doce ilusão de um fim ameno, amargo
A doce conformidade de que chegaremos ao extremo.
Perdi a visão, e agora só vejo o seu mundo.
Vem comigo, segura na minha mão.
Guia-me pelo seu mundo
Mostra-me suas façanhas
Mostre-se
Guia-me pelo seu mundo
Apenas por hoje, mostre-me o seu mundo.