quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cry baby!

Chore querido, disse ela, com a voz tocante e suave.
Chore para esquecer os problemas que consomem sua vida.
Chore querido, apenas hoje.
Derrame lágrimas de crocodilo, invente.
Chore, és ser humano.
Chore e não me peça para voltar, disse a morta.
Chore, e chore, e chore querido.

Chore pela milésima vez, mas chore.
Chore, você ama
E chore por amor
Chore, mas não seja verdadeiro.
Chore e engane-me, engane-se
Engane a solidão, e deixe-se viver na ilusão.

Chore, baby!
Cry baby!
Chore ouvido a música que lembra aqueles dias felizes comigo.
Chore, disse a mulher que tocou meu coração
Chore, baby!

Chore, e...
Chorando conseguirá superar a dor imaginária que acabara de criar.
Chore, e...
Não me peça para voltar, não mais.

Lembranças.

Esta música tão fria lembra aquele dia tão quente em que encontrava-mos despidos na sua cama tão macia e confortável, e que parecia pequena para nossa gama de sentimentos tão grandes que se faziam presente naquele ato sexual. Esta música é apenas a única lembrança que ficou guardada de nós, é a única herança que recebo da morte do nosso amor.
Esta lembrança consome como as lágrimas que caem incessantemente dos meus olhos.
Esta lembrança é uma pedra que está encravada no meu coração, e que não há guindaste que possa carregá-la para longe de mim.
Lembrar é retirar da mente tudo o que já foi vivido um dia,
E eu vivi tudo. E, de uma hora para a outra tudo morreu.
Os sentimentos, aquele olhar doce, aquele beijo que você me dava no olho, aqueles amassos nos lugares proibidos.
Éramos dois meninos sonhadores, com ideais semelhantes e que se contraporam de forma repentina.
Agora são apenas lembranças, apenas lembranças de um dia que jamais voltará.
O nunca existe, e aqui ele se faz presente.
Um ano para esquecer todas as aventuras não foram suficientes, não foi capaz de suplantar a minha agonia interna de querer ter você por pelo menos mais um dia.
Apenas lembranças reinaram.
E apenas lembranças terei...
De um dia em que seus olhos brilharam, e eu capturei esta imagem para sempre em minha vida.

domingo, 27 de setembro de 2009

Tentando aceitar o "não".

O 'não' chega como uma bola de fogo na sua face e destrói todo o ritmo sistemático e contínuo da vida de merda que cada um de nós insistimos em seguir, e nos damos conta de que somos meras formigas operárias caminhando para um mesmo lugar, a fossa. Somos a fossa e a fossa domina o mundo- algumas formigas conseguem desviar-se do caminho, mas no final, sempre foram.
O 'não' chegou mais uma vez, e mais uma vez arruína, provoca desgraça e os destroços desse fenômeno vão sendo varridos aos poucos. Como aceitar um não? Como aceitar o não ser e o não poder?
Precisamos aprender a aceitar as coisas do jeito que são, e as situações da forma que se dão.
O 'não' chegou, mas será suprido com um falso 'sim' que nos é auto-atribuído para superar a crise e as desgraças do que se passa, se passou e se passará, depois, quando formos formigas rainhas.
O 'não' passa tão depressa, e se desfaz devagar.
O 'não' chegou e não há maneiras de escapar,
apenas deve-se apreciar as desgraças e continuar seguindo em direção ao rumo em que somos datados.
Ou não.

sábado, 26 de setembro de 2009

Euforicamente feliz.

Uma farsa, uma mentira, um personagem, um distúrbio.
Criei essa imagem de estar sempre eufórico para enganar a morte, a vida e os outros estados dela. Estou, e estarei sempre violentamente bem, violentamente enganando a todos, e principalmente ao meu modelo de vida.
Euforicamente bem, estou.
Eufórico como aquela água insípida que jorra da fonte, sem nenhum controle, apenas jorra. Eufórico como aquele cardume de peixes que vem pulando por cima da água do mar, sem nenhum controle.
Descontrolado finjo estar hoje, finjo sem nenhuma hesitação. E, tenho consciência disso. Sou um falsário.
Violentamente feliz acordei, cigarros, café, conversas, risadas.
Violentamente ficarei até o fim do dia com a real felicidade que me cercará naquele evento que próximo está a chegar.
Violentamente ficarei quando cruzar seu caminho, sou mentiroso.
Fingirei um estado que não me pertence, não hoje.
Violentamente abraçarei o seu corpo macio e tocarei na sua pele de seda, que...
Nunca mais será minha novamente.
Eufórico, Eufórico...
Eufórico estou escrevendo isto, sem nenhum consentimento do meu cérebro.
O que vem é o que aqui está, e sem importar-me com o que você ou alguém vai dizer, eu seguirei meu caminho, euforicamente tentando demonstrar a felicidade.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Aluga-se um corpo.

Aluga-se um corpo que não consegue seguir sozinho
Aluga-se uma vida, uma alma, um alguém.
Alugam-se os detalhes curvilíneos e a virilidade.
Alugam-se cabelos lisos que balançam com o soprar do vento.

Aluga-se uma criança que pensa alto,
E no alto sempre está esperando a coragem chegar para pular.
Aluga-se um coração gelado, esperando pelo fogo.
Aluga-se um corpo vazio e feio por dentro, que nem aparece, que nem padece.
Aluga-se a mim, que ‘publicitando’ estou, em busca de um pagante.
Alugue-me e usufrua de todos os benefícios do meu corpo de traços finos.

Aluga-se um quarto vazio, que clamando está por dois corpos na mesma cama.
Aluga-se apenas uma noite de prazer,
E com prazer alugar-te-ei um lugar na minha mesa, à minha cama e ao meu lado.
Alugar-te-ei toda uma gama de sentimentos por apenas um único momento.
Alugar... Será que vale realmente a pena?
Será que o preço caro deve ser pago?
Alugue-me, sem exitar,
E por uma noite me terás em sua cama.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Dividir ou Multiplicar?

Dentre as operações matemáticas preciso selecionar aquela que condiz com meus princípios utópicos e realistas; Dentre estas expostas preciso tomar um rumo e escolher apenas o melhor para uma vida contínua com variação diferente de modalidade emotiva e conseguir encontrar a cura, neste momento, para esta inconstância similar a inércia que nunca sai, que nunca vai.
Estou começando do zero, mas sinto-me na milésima casa numérica. Nem vejo, nem sinto, nem posso, nem ouço, nem grito, nem me mostro e nem consigo ver, se quer, a amostra deste tempo que passa como um furacão na minha floresta de árvores humanas.
Dividir ou multiplicar? Esta é a dúvida.
Viver intensamente toda a soma que está sendo feita a minha vida ou dividir todas as unidades e dezenas que estão sendo anexadas a mim com o mundo lá fora?
Divido ou multiplico?
Continuo o que já está para terminar ou dou um basta no que aflige toda minha estrutura psicológica?
Ajude-me,
Divido ou Multiplico?
Ou seria melhor achar o zero da função?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Queria aprender a dizer "odeio você".

O verbo odiar não faz parte da minha vida, nem dos meus princípios. O sinônimo se resume a apenas o verbo oxítono ignorar. Simplismente queria aprender a dizer o "odeio" como simples forma se suplantar toda a minha raiva, toda a minha dor, toda a minha angustia que é exprimida como um limão naquelas horas de terror constante. O ódio me faria bem nestes momentos sublimes em que a alma entra em processo de liberação de sentimentos ruins, mas eu não consigo senti-lo, muito menos tentar forjá-lo.
O ignorar domina meu consciente (e o sub); O ignorar é o meu verbo-mãe, e que guia meus dias pela estrada afora; O ignorar é o não ser, e não querer ser, nem estar. Ignorei toda uma vida para degradar o ódio, e agora sinto a grande ausência que ele me faz. Ah, como queria falar para aqueles que tentam amenizar as minhas "esperanças" o quão odeio e falar para uma série de manifestações ridículas e exdruxulas o quanto odeio tudo e cansado estou.
Estou ignorando apartir deste momento, este rascunho que ficará guardado por um longo período na minha caixinha de sentimentos inválidos e impotentes. Ignorar faz bem, ignore, mas não esqueça de odiar.

sábado, 19 de setembro de 2009

O intenso vale a pena?

Do que adianta viver toda uma intensidade, se no final nos damos conta de que 95% de tudo foi irreal? Tudo não passara de um utopia mal formulada e que tenebria a toda uma vida, fúnebre vida. E neste instante vem a pergunta para consentir: É necessário correr atrás do intenso? Viver o intenso? É necessário ser intenso em tudo que fazemos?
A intensidade é como o núcleo de um átomo: Está sedada, mas quando usada, delibera grande quantidade de energia, que com a explosão dos sentimentos desordenados nos fazem cansar, e querer descansar. O intenso chega como um "tsunami" e leva-nos, mas depois devolve-nos a monotonia da vida.
É necessário levar esta modalidade de vida?
O que era intenso se acaba num piscar de olhos, como um lindo balão que estoura e faz derramar lágrimas nos olhos da pequena criança. O balão acabara de estourar, e as lágrimas são inevitáveis; A criança precisa levantar a cabeça e comprar outro balão, mas não há dinheiro, e nem pré-disposição suficiente para tal feito.
Crescente intensidade que funciona como gráficos na minha prova de matemática, uns crescem, outros decrescem... Assim ela funciona, como feitos da vida que assemelham-se em absoluta totalidade. Não viva o intenso, gaste aos poucos a energia liberada, para que consiga repor aos poucos, e ao pouco intenso ir vivendo.

Inércia

Estou parado numa velocidade constante
Preso num mundo que não gira,
E que lá fora a constância readmite
Estou preso num destino que não passa
E numa vida que não roda, nem a roda.

Estou em inconstância, porém, em inércia
Estou inconstante como o cata-vento
Como as rosas que se abrem a cada dia
Como a vida que muda constantemente
Estou em inércia e parado, e quieto.
Estou apenas apreciando o nada
E o nada me apreciando.

Estou possuído por alucinógenos que fazem a vida passar.
Estou em exílio no meu mundo,
E presco continuarei
Como passarinho na gaiola
Estou preso em minhas palavras.

Estou sem vida, sem dinheiro, sem cigarros e sem luz.
O que me resta são as moedas que apostarei.
O que me resta são apenas moedas
Que apostarei num futuro de velocidade inconstante.

Estou exilado como aquele que cantou.
Estou em inércia como aquele que selou
E em inércia ficou, sem poder definir.
Estou preso numa garrafa de vidro rebuscada, e de cor marrom.
Estou preso na escuridão, na qual nunca enxergarei o mundo lá fora.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Entrelaçados.

Sou um poço de sentimentos que deveriam estar do lado de fora, mas que ficaram presos na escuridão do subterrâneo, e que um dia talvez possa voltar a superfície. Estou esperando apenas um balde para resgatar os sentimentos que estão presos no subterrâneo do meu poço.

Minhas palavras acabaram de ficar no passado com o ver de que o balde sempre esteve ao meu lado, sempre participou e sempre coletou de dentro do meu poço muitos sentimentos que eram derramados aos poucos, e que a primeira impressão, não causavam diferença.
Entrelaçado como tranças bem feitas estamos numa grande lei de ação e reação. A coleta do material espiritual está se dando de forma desacelerada e contínua. Uma vida dentro da outra, e entrelaçados estamos em um único corpo, uma única carne e num único sentimento.
Independentemente de até quando este balde consiga coletar sentimentos de dentro do meu poço, quero deixar claro que será o mais intenso possível.
"Vivo de intensidades e ideologias fortes, se errar ficarei feliz, é a maior prova de que sou realmente humano."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Divisão

Diante de todos os significados dos mais valiosos sentimentos ela aparece como uma flecha perfurando o coração, rápida e dolorosa. E mediante a todos os pensamentos e auto-explicações nos pegamos (literalmente) mediante ao quociente de toda essa operação matemática que envolve mais de duas casas decimais. Como resolver essa divisão tão difícil que nos deixam sobras? Como resolver esta operação que tende a deixar algo em aberto? Dê-me uma fórmula para a saída deste problema matemático que faz-me quebrar a cabeça. Diga-me qual caminho devo seguir para chegar ao zero.
A conotatividade é inevitável, para que os fatores determinantes desta divisão não se dêem conta do real significado do acontecimento tão inclausturoso e incômodo que se segue. Ensina-me como fazer esta divisão tão difícil, pega na minha mão e ensina-me passo-a-passo os segredos destes números propostos a mim.
A divisão é inevitável para mim e para aqueles que sedentos estão pela descoberta de um quociente determinante e exato.
Ensina-me a fazer esta operação e, só assim, conseguirei administrar o quociente exato que talvez um dia obterei desta tão difícil operação.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Embalos de sábado à noite ;*

Sutilmente as portas se abriram
E gentilmente e calmamente começamos a dançar
Como formigas na sopa, nadando divertidamente.
Os embalos de sábado à noite, estes embalos
Os embalos da música que soavam nos nossos ouvidos.

Sábado à noite buscar-te-ei e terei.
Os embalos que como badalos de um sino fazem barulho
Sábado à noite, apenas sábado.
Vamos dançar a música que nos couber,
E vamos nos beijar agressivamente
Neste embalo de sábado à noite, que traz sentimentos.

No sábado à noite seu peito colou-se ao meu
E seu corpo tocou o meu como tocaste minha face.
Embadalados e embaralhados, como figurinhas, estamos.
Sábado à noite quero mais uma vez estar no seu mundo
E no seu mundo o sábado será apenas mais um embalo
Com a minha doce presença.

Sábado à noite descobri um universo paralelo ao meu
Sábado à noite estavamos unidos pelo baricentro
E as medianas atraía-nos eletricamente.
Sábado à noite, mais um dia, de pura alegria.
Precisamos todos de um sábado à noite
Para então seguirmos nossos instintos apenas mais uma vez.

Venha comigo, neste sábado à noite.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Incêndio

As chamas estão carregando tudo e todos os destroços que ficaram guardados no porão e consumindo todo o passado que estava preso no obscuro de uma sala subterrânea. O incêndio está se formando e ascendendo por toda a cidade que, em chamas, tenta fugir e levar o passado consigo.
Ninguém consegue enxergar o que está no porão, as verdades que foram escondidas e que agora estão sendo queimadas aos poucos com a chama que vem degradando tudo. Ela vem causando dor naquelas vítimas que inertes estão durante tempos imemoriais, e aos poucos vai corroendo toda uma face que nem se mostr, não mais. Este incêndio é tão violento que provoca desgraça nas nossas vidas, e viver não é mais o "viver".
Antes mesmo da chama consumir tudo, faça um pedido. Peça para viver, mas viver no sentido denotativo da "coisa"; Antes que a chama alcance seus pés, peça para viver por alguns segundos. E jamais deixe a chama alcançar o porão, ele guarda verdades que podem matar antes mesmo da chama.
Antes que a chama alcance a plantação de uva, peça aos deuses que guarde o seu porão, e que guarde a sua infelicidade, para um dia ser lembrada. As chamas serão como efeitos cíclicos que não terão fim quando o começo se fizer presente.
Este incêndio parece nunca acabar. É necessário encontrar a minha água para salvar-me do clarão vermelho que está aproximando-se.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

É preciso ser esnobe.

O ser humano não tem a capacidade sutíl de agradecer de forma singela e sincera ao próximo, que tanto fez para uma progressão em massa. E, dessa maneira tende a julgar aqueles que deixaram de fazer algo por pelo menos um dia. É preciso ser esnobe, para que seu potencial seja reconhecido como uma divindade estupenda e transmutável. Mas, nem todas as pessoas tem essa capacidade de reconhecer o bom e julgam este "bom" com uma característica maligna e repugnante que nada faz para o "bem de todos" e para que "assim caminhe a humanidade".
É preciso encher-se de mobilidade característica e com esse ato, mover-se sempre. Aquele que não tende a seguir este caminho está sempre a margem dos "parasitas humanos" que encostam na sua vida para sugar-lhe todo o seu potencial. E, dessa forma, sem se preocupar em adquirir nenhum, vive às custas do sucesso de alguém.
A verdade é necessária ser dita, para que este parasita toque a sua vida, e aprenda a caminhar sozinho. É de suma importância a doação de pernas mecânicas para que este parasita ande continuamente a favor da sua progressão, e no eixo das ordenadas consiga atingir o topo.
Mas, nem todos tem essa capacidade de doação de membros para aqueles que incrostam-se em ti. O medo, a vergonha e todos os outros sentimentos de pena e perda se fazem presente quando este momento realmente chega.
É preciso apenas ser esnobe para seguir em frente. E, desta maneira irão dar a você toda a atenção e valorização do que você faz em prol do conhecimento de todos.