sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Levo na lembrança.

De tudo o que vivi
Levo na lembrança o que não me feriu
De tudo que sofri
Levo na lembrança o que aprendi
De tudo que se foi
Levo na lembrança os momentos felizes.

De tudo o que sempre fui
Levo na lembrança os erros, pois com ele aprendi a ser melhor
De tudo que amei
Levo na lembrança o que não me destruiu.

De tudo que mudei
Levo na lembrança as conquistas
De tudo que chorei
Levo na lembrança as lágrimas que valeram a pena
De tudo que tentei
Levo na lembrança o que consegui.

De tudo que agora estou falando
Levarei na lembrança apenas verbos isolados
De tudo que almejei
Levo na lembrança apenas o que consegui com esforço.

De tudo que se passou neste ano
Levo na lembrança a saudade dos momentos felizes
Levo na lembrança os momentos infelizes
Apedrejarei e esconderei de mim mesmo.

De tudo o que passará
Ainda sim, levarei na lembrança o que passou
Porque na lembrança ficou e nunca cessará.

Levo na lembrança meus momentos de amor
Meus momentos de paixão
Meus momentos de satisfação
Meus amores proibidos
Meus amigos esquecidos
As brigas, as derrotas
A mudança repentina
O descontentamento
Levo tudo na lembrança
Para que um dia eu ainda me lembre de que errei e não posso repetir.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Razões

Dê-me alguma razão pra não tentar ser eu
Dê me alguma razão pra apagar tudo o que aconteceu
Dê-me alguma razão.

Nas noites claras de verão
Você chegou, sensação.

Nos momentos de solidão
Você está aqui, consolação.

Dê-me alguma razão pra amar novamente
Dê-me alguma razão pra ficar contente.

Nos primeiros momentos com você
Você me fez esquecer
Da minha vida, do desprazer.

Dê-me alguma razão pra acreditar em alguém
Dê-me alguma razão, não aguento mais ser ninguém.

Preciso de razões
Para me convencer
De que você chegou
E vai fazer a diferença.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Não sei o porquê.

Não sei o porquê que te vejo
Nem o que desejo
Já não sei mais o que vejo
Só sei que me apedrejo.

Não sei por onde andas
Ou com quem falas
Eu te vejo em meu sonhos
Te tenho entre palavras.

Não sei o porquê que se foi
Nem sei se voltará
O amanhã nunca te trará
Você morreu
Não vai voltar.

Não sei o porquê que tanto te quero
Mas sei que é sincero.

Queria saber como tu vai
Será que ainda vai?

Não sei o porquê.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Me contento com pouco.

Um amor de verão
Um olhar, só atração
Um sexo, tentação.

Um beijo, emoção
Uma paixão, ilusão
Um abraço, atenção.

Um sorriso, alegria
Um lugar, nostalgia
Um alguém, companhia.

Me contento com muito menos
Do que eu possa receber
Porque já não dá pra entender
O que a vida tem a me oferecer.

Um coração, alusão
Um inimigo, decepção
Uma lágrima, comoção.

Me contendo com muito menos ainda
Do que eu possa receber
Porque já não dá pra entender
O que a vida tem a me oferecer.

Se serei feliz eu não sei.
Sei que a amenidade me contenta.

Me contento.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Se queres que eu vá.




Se queres que eu vá, meu amor
Irei para bem longe
Onde o sol consegue brilhar
Onde a lua irei contemplar.

Se queres que eu parta, meu amor
Partirei com o coração partido
Mas ficar não há mais sentido
Vou-me indo e levarei você comigo.

Se queres que te ame, meu amor
Não. Nunca amarei
Porque seu amor me destrói
Seu amor me corrói.

Se queres um abraço, meu amor
Abraçar-te-ei com meu coração bem longe
Para que eu nunca esteja contigo
Nem aqui e não sei onde.

Se queres uma palavra, meu amor
Te direi o quão duro foi tudo
O quanto feriu minha vida
Me deixou sem saída.

Se queres que eu lembre, meu amor
Digo que não
Nada foi paixão, aquilo foi escravidão.

Se queres que eu queira, meu amor
Eu quero, quero muito
Estar bem longe de você
Quando o sol nascer

E quando acordar, você perceberá que eu nunca estive ao seu lado.

Finais.

A gente vai desenhando nosso rumo
Construindo nosso futuro
Tentando, a todo custo, derrubar esse muro de incertezas e tristeza que criamos.

A gente vai se dando, pouco a pouco
Vai mostrando que tudo é pouco
Vai sonhando, com um final feliz.

A gente vai avançando, progredindo
Mas então paramos no meio do caminho
É o ponto final.

A gente perde o chão e o céu
Mas depois o reconstruímos
Para tentar, de novo, um começo.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Baby.




Ah se tu soubesse o quanto eu te quero
Se mensurasse o tamanho da minha dor;

Ah se viesse e tivesse ao meu lado
Meu coração estaria completo por mais uma vez;

Ah se ouvisse eu clamar seu nome
Saberias o quão espero;

Ah se tu visse minhas lágrimas de amor
Que me devoram o coração;

Ah baby! Se soubesse o quão feliz eu estaria
O tamanho do bem que me faria;

Ah se tu lesse cada verso que faço pra ti
Com amor, os consenti;

Ah baby! Se soubesse o quão feliz tu me faria;

Ah se voltasse pros meus braços
Amarraria-o com grandes laços;

Ah se tu enxergasse o tal zelo que tenho por ti
Virias correndo encontrar a mim;

Ah Baby! Se soubesse...
Que és a razão para que escreveste;

Ah se tu olhasse pra dentro de meu peito
Saberia que este amor é meu deleito.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Omissões






Ontem era tarde da noite
Quando pensei em mudar
Quando pensei em voltar
Quando pensei em deixar
De amar.

Então eu mudei
Esqueci do que eu era
E o mundo também mudou, para mim.

Ontem eu tentei esquecer de tudo
E esqueci, de fato.

Agora eu sou um outrém
Em busca da perfeição
Extinguindo a paixão
Fugindo da emoção.

Eu mudei minha vida
Curei todas as feridas
Tentei achar uma saída
Mas ainda sou o de ontem.

Agora eu finjo ser um alguém de hoje
Com armas e facas
Pronto para a luta
Tentando matar
Sem piedade, sem culpa.

Eu sou um alguém que quer ser imperfeito
Eu sou um alguém quase que perfeito
Mas eu omito de mim mesmo
Que sou cheio de defeitos.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Deixando o sonho entrar.

Você pode ouvir a incessante batida na sua porta?
A intrigante brisa de sorte?
É um sonho querendo entrar.
Você pode dar suporte?

Sonhos impossíveis são capazes de acontecer
Basta crer
E deixar a porta aberta
Um dia ele virá até você.

Dê suporte para a realização dos seus sonhos
Faça sua parte
Afinal, nada acontece pelo mero acaso da sorte.

Abra a porta e abrace seu sonho.

Hopeless



As tentativas foram renegadas
As fantasias destruídas
E os sonhos deixados pra trás.

Os amores foram se amenizando
As amizades vão mudando
O ontem ficou no passado
E o presente é desumano.

As esperanças foram-se esvaindo-se
Pouco a pouco como água em copo furado.

Nada vai se repetir de novo
Porque a vida é feita de tentativas e momentos únicos
Não adianta nem olhar pra trás
Numa estátua de sal se tornará.

As leis são duras
Siga em frente sem olhar pra trás
Senão o tempo inibe sua capacidade de progredir.

E agora só restará...
Lembranças.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pânico

Eu não aguento mais tudo isso, meu Deus! Porque eu!? Não consigo mais suportar todos os dias esses ataques repentinos que me dominam por completo. Às vezes acho que isso vai me matar ou me degenerar aos poucos. Nos meus melhores momentos ele vem e me domina com tudo, me pega de jeito e me deixa à mercê de sentimentos ruins, que dominam meu psicológico e sussurram para que eu acometa algo de desagrado.
Eu não sei até quando isso vai durar, ou até quando eu vou durar. Hoje tive uma das minhas piores crises! Eu não entendo mais, não consigo entender.... Antigamente tudo era perfeito e normal, mas agora isso está tão corriqueiro em minha vida que está danificando ela, danificando meu dia-a-dia. Já não consigo mais sair em paz nas ruas, nem me divertir! Ele vem a qualquer momento, eu não sei quando. Se ao menos eu soubesse... É muito ruim, meu Deus! Eu quero me livrar disso tudo! Por favor, me ajuda. :(
Eu quero ser uma pessoa normal, sem medos e pensamentos ruins. Eu não sei até quando eu vou conseguir sobreviver a isso. Só sei que eu preciso me curar o mais rápido possível. Só hoje foram duas crises! A segunda ainda me dá medo e me deixa ainda com mais medo da próxima. Eu não guento, meu Deus! Me ajuda, por favor!!! Eu quero me libertar disso tudo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Encontros e Despedidas

Eram seis horas da tarde quando acabo de entrar no meu Facebook para mais um dia de diversão na internet, quando me deparo com uma mensagem de um certo alguém que dizia parecer comigo em sentidos ambíguos. Daí então eu dei-me a oportunidade de tentar algo novo, uma nova amizade que talvez pudesse me tirar da ociosidade que penetrou na minha vida enquanto eu estava tão longe de mim e de tudo o que eu sempre fui acostumado a ter.
Eram mais de seis horas da tarde quando terminamos nossa simples conversa com um beijo de boa noite. Recolhi-me aos meus aposentos e deitei sobre o frio da noite pensando naquele momento tão mágico que acabara de acontecer na minha vida. Tão mágico que eu já havia esquecido que no dia posterior seria um dia mágico também, e importante: Faria um ano de namoro, se ainda estivesse com a "tal" pessoa. Não citarei nomes porque não vale a pena.
Entre vai e vem de tantas conversas e tantas palavras bonitas e idéias complexas resolvemos nos encontrar numa sexta-feira de ótimo clima na cidade de São Paulo. Cheguei acanhado, com vergonha. Meus cabelos estavam bagunçados e minha face estava cansada depois de um dia de aula intensa. Quando olhei para aquela pessoa alí em pé, esperando por mim, eu quase morri de tanto amor que brotou de dentro do meu peito. Um amor que jamais havia sentido por ninguém neste mundo. Abraçamo-nos e ficamos a andar pela Avenida Paulista, num tom de conversa agradável e risadas sinceras. Tomamos café na Ofner e ficamos a conversar, e conversar e conversar. Dentro de mim só uma coisa importava: Aquele momento.
Tive de ir, tivemos de ir embora. Ficou no ar aquele clima de tristeza e a esperança de que o amanhã chegasse para que pudéssemos nos reencontrar.Ficamos a conversar e conversar na noite, até que fosse a hora de eu ir para cama, deitar e pensar de novo naquela pessoa que fazia tanto meu coração bater, que tinha me proporcionado um momento tão simples, mas cheio de alegria e felicidade que contagiou meu coração de tal maneira que eu não pude esquecer nenhum detalhe até hoje.
É, o amanhã chegou, e com ele também chegou a felicidade excitante que brotava do meu coração: Eu iria rever aquela pessoa que fez meu coração palpitar mais rápido. Ficamos a conversar... A conversar... A conversar... Nossos olhares não paravam de se cruzar, e a vergonha brotava em meu coração. Por que eu estaria sentindo aquilo dentro de mim? Havia prometido pra mim mesmo que eu nunca iria me apaixonar novamente, que ninguém nunca seria digno de ter minha atenção e meu coração de novo, mas não: Você conseguiu fazer com que eu voltasse atrás e me exilasse de todo esse pensamento pessimista. Eu senti amor no meu coração como nunca havia sentido.
Levou-me pra casa, como um namorado que se preocupa... Deixei-o entrar, e acabamos nos envolvendo num beijo penetrante que tocou minha alma. Não me arrependo de nada, nem do sexo que fizemos no ato, naquele mesmo dia. Nem da culpa que senti por você ter outra pessoa. Extinguiu um relacionamento inacabado para tentar recomeçar uma nova vida meu lado, mas eu não pude entender os motivos de sua fraqueza, de sua viajem. Entreguei-me ao ciúme doentio que corrompeu minha alma e nossa afetividade.
A vida jamais será como antes, eu deixei escapar uma oportunidade de ser feliz. Eu sinto isso. Você é a minha oportunidade de ser completo, a metade de mim que anda perdida por aí.
Talvez eu não seja tudo aquilo que você sempre quis, ou não tenha todas as características que você sempre almejou em alguém, mas eu sei amar e eu sei que o meu amor é o mais sincero que eu posso te dar. Agora é tarde, tudo acabou, eu me acabei e acabei com meus objetivos pessoais (não por sua causa, mas por estar me sentindo incompleto por dentro).
Eu só queria mais uma oportunidade pra dizer o quanto eu te amo e o quanto você foi e é importante na minha vida. A dor que assola meu coração parece interminável, e eu sei que nunca vai terminar. Mesmo que um dia eu chegue a te amar simbolicamente eu nunca vou deixar de querer ter o seu abraço que me acalentava naquele meu momento difícil. Você foi tudo o que eu desejei naquele momento, completo.
Eu só queria mais uma chance de fazer você voltar atrás e ficar comigo. Pra sempre.
Minhas lágrimas, minha insistência e meu desespero jamais será suficiente para trazer você de volta. Eu sei disso. Mas talvez uma coisa possa trazer você de volta: Minha esperança.

Eu te amo, sempre vou te amar como jamais ninguém amou você. Porque meu modo de amar é único. Meu coração poderá ter vários moradores, mas o dono é você.

Eu te amo, Rodrigo.

:(

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

demasiadamente apático.

Nas entrelinhas da minha vida ficaram apenas as lembranças de outrora
Nas lembranças de minha mente o passado que aflora
Na essência da minha alma os sentimentos caminham mundo afora.

Entre o vai e vem de pensamentos
Tudo parece estático
E a vida fica assim
Neste estado apático.

Entre canções e clarões
Vejo outras mensidões
Caminhando em minha direção
Apagando emoção.

Dentre as portas de entrada e saída
Fica apenas essa vontade ambígua
De estar aqui e alí ao mesmo tempo
De ser tudo aquilo que tento.

Neste momento inesperado
Está a porta do desesperado
Que sempre ficará entre aberta
Porque a apatia hoje é muito mais
É um alerta.


Uma lágrima.

Uma lágrima nunca será suficiente para apagar todas as lembranças de uma vida furiosamente alegre. Uma lágrima nunca será suficiente para esquecer momentos de tristeza.
Uma lágrima nunca será suficientemente capaz de reerguer muros de concreto.
É preciso mais do que isso.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

too fast, but too slow.

O tempo correu numa fração de segundo
Tão rápido passou
É o fim do meu mundo.

O tempo mudou numa fração de segundo
Tão rápido ficou
E levou a sujeira do meu coração vagabundo.

O tempo voou como uma andorinha pelo mundo
Tão rápido penetrou
Na vida dos sujos e imundos.

O tempo mudou tão rápido
Ficaram as lembranças
Que passaram como um flash.

O tempo apagou
Pouco a pouco as tristezas, a melancolia
Para que assim elas renasçam e morram.

Só o tempo é capaz de apagar as coisas
E fazer um novo destino.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dando vazão aos sentimentos.

Jogue fora a raiva
Mastigue a calma
Esfregue o amor, renove.

Recicle espiritualidade
Chute a tristeza
Afague a amargura.

Mande pra longe a ternura
Apague a felicidade
Afogue a saudade.

Grite com a paixão
Abandone a ilusão
Esfaqueie o amor.

Atropele o tesão
Engane a emoção
Amasse a tensão.

Dê vazão ao sentimento
Jorre seu ódio
Apague sua crença.

Jogue tudo no lixo
E recomece denovo
Seja limpo.

Bem alto.




Em algum lugar acima do céu
Bem alto onde nem as borboletas possam alcançar
Lá em cima, onde meus olhos jamais poderão enxergar
Onde estão a olhar por nós
Onde meus sonhos vagam pela imensidão.

Em algum lugar acima do céu
Deve haver um aconchego para minha alma
Uma saída para o meu Karma
Um tudo para o meu nada.

Em algum lugar acima do céu
No magnífico desconhecido
Na imensidão do paraíso
Numa intensidade sem sentido
Há de haver razão para o sacrifício.

Em algum lugar acima do céu
Onde a luz não pode alcançar
A escuridão tende a dominar
O mundo parece tão sombrio lá.

Em algum lugar acima do céu
Há de haver razões para minhas lágrimas
Há de haver vazão para minha melancolia
Há de haver uma fonte
Que abasteça minha alegria.


domingo, 28 de novembro de 2010

Mundos

O mundo é regido por leis
As leis são regidas por interesses
Os interesses são regidos por conforto.

O mundo é repleto de felicidade
E de borboletinhas coloridas que voam incessantemente.

As cores confundem meu mundo
As cores amargam este mundo
As cores são irreais
Mas agrada todo mundo.

Meu mundo é tão cheio de felicidade
Essa felicidade me incomoda
Me assombra.

Todo o mundo é tão coloridinho
As flores, os bichos, o raiar do sol
O mundo é cheio de alegria
E luminosidade.

Aonde estará meu mundo
Aqui só vejo escuridão
E tristeza...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

[...]

Das palavras que falei
Dos versos que escrevi
Das lágrimas que derramei
Da saudade que senti.

Dos momentos que passei
Da intensidade que vivi
Do caminho que percorri
Dos sentimentos que revivi.

Da vontade que tive
Da raiva, me contive
Em consenso, reconsiderei
Em alegria, deliciei.

Do amor que senti
Do ódio que me puni
De mim mesmo, omiti.

Só me restam palavras
Só me restam lembranças
Onde andará minha esperança?
Me arrependi dos caminhos percorridos
Dos desejos repreendidos
E da saudade que dominou meu coração no momento.

Quero voltar a ser o que era antes
Quero voltar a ser o que jamais poderei ser
Nesta obscura vida.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ficou no ontem

Minhas tentativas de crescimento
Meus desejos e atormentos
Meu fascínio, meu contentamento

Ficou no ontem
Meu amigo, meu irmão
Meu amor, minha paixão
Um sonho, uma esperança
Castigos e lembranças.

Ficou no ontem
O desprezo e a falta de emoção
A benevolência, a devoção
Altruísmo e consolação.

Ficou no ontem
Minha vida, meu alguém
Meu desespero e de mais ninguém
A tortura que me convém
As lágrimas por outrém
A saudade que nunca vem

Ficou no ontem
A alegria que contenta
A dor que desacalenta

Ficou no ontem
Um alguém que já morreu
E que agora renasceu
Para que o amanhã seja lembrado
E de novo se torne um ontem
Neste ciclo ocioso de mutações sentimentais.

domingo, 21 de novembro de 2010

Devaneios de outrora.

Dos textos mais lindos que escrevi
Pra um alguém
Pra um ninguém
Pra um outrém
Não foram suficientes.

Nos momentos de alegria
Nos momentos de tristeza
Nos momentos de paixão
Nos momentos de agora
Nos momentos de outrora.

Dos textos mais lindos que escrevi
Pra um qualquer
Você ou você
Amigué.

Nos momentos de tesão
Depressão
Ilusão

Dos textos mais lindos que escrevi
Não pude nem resistir
Me dei por completo
Mergulhei num mar repleto,

Dos textos mais lindos que escrevi
Não me restou nada
Só assistir de novo
Os momentos que passaram por mim.

E consentir
Dos textos que escrevi?
Dos sentimentos que senti?
É fato: Não estão mais em mim.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aqui & Alí

De onde eu vim não sei o porque saí
De onde saí, não sei porque eu vim
Onde ficar?
Onde tentar?
Como recomeçar?
De onde eu vim não obtive respostas
Aonde eu fui
Fecharam-se as portas.

De onde eu vim
Retornei
Tudo novo de novo
Abrindo e fechando portas
Num ciclo obscuro de tentativas inacabadas.

Pra onde eu fui?
Fui para onde?
Nem eu sei
Voei tão alto que minha imagem sumiu no ato.

Pra onde eu fui?
Não sei
Mas sei que pra onde eu fui eu tentei...
Eu tentei ser feliz.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tudo passa

A vida em constante desespero
O mundo numa rotação pela metade
O dia, a noite
A vida, os acontecimentos
O amor, as amizades
O passado passou
As incertezas passaram
Seu amor se foi
Mas fico a te amar, mesmo que ainda em silêncio.

O erro passou
Os acertos também
Os divertimentos noturnos
A correria cotidiana
Os amores de verão
E de inverno também.

O beijo ofegante
O sexo tão tocante
O olhar penetrante
Tudo passa.

Mas a vida fica
E com ela fica o que é verdade
Com ela fica a saudade
Os momentos de felicidade
O conformismo é uma maldade
Mas fazer o que?
A vida é repleta de necessidade.

Mas fico aqui...
Esperando uma amnhã
Para que assim eu possa dizer...
Passou, tudo passou.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Espera

De novo tô aqui...
Acho que minha maneira de expor meus sentimentos através de poesias já não me funcionam. Preciso me entregar constantemente ao papel e caneta para libertar toda essa tristeza que jorra do meu coração como um hidrante quebrado. Acho que sou um tolo, tenho me dado todas as chances do mundo, tenho me jogado de cabeça em tudo, tenho feito as coisas erradas... Magoado pessoas, criando inimigos ocultos, cultivando amizades falsas apenas para continuar fazendo meu papel de "bom moço" e sociável.
De novo tô aqui...
Escrevendo sem pensar, quer dizer, quase que sem pensar... As palavras explanam da minha mente sem passar pela minha razão. Essa espera parece me matar... Tenho me acomodado muito com relação a tudo, e o pior: Eu sei e não faço nada para mudar. Tenho usufruido de benefícios proporcionados por aqueles que me deram a vida e não tenho retribuído. Tenho tentado conquistar meu espaço, mas minha introverssão não deixa, minha síndrome do "sou um ninguém" me domina por completo.
De novo tô aqui...
Declarando as mesmas baboseiras sobre minha vida. E quem se importa com ela? Os problemas são de cunho pessoal de Henrique Lima e não de você, ou você, ou você. Quem se importa com a vida dos outros enquanto a sua está um lixo também? Eu não me importo (eu acho).
De novo tô aqui...
Tentando vencer a saudade e os meus sentimentos que gritam estrondosamente por um abraço apertado; Tentando me dizer um outro "sim", mas que... Nem sei o que falar.
De novo tô aqui...
Doente enquanto metade de minha vida está tão longe pra me acalantar e me confortar. Me dar remédio, carinho e atenção...
De novo tô aqui...
Chorando como um idiota que sabe que a vida não é fácil, e que nada aparece derrepente. É preciso correr atrás.
De novo tô aqui...
Esperando, esperando e esperando que tudo aconteça naturalmente, mas a natureza parece estar contra mim. Tudo tem ido sentido contrário ao que planejei, ao que sempre sonhei para a minha vida...
De novo tô aqui...
Reclamando da minha vida, enquanto muitos nem se quer vida tem. Mas eu posso reclamar sim. Eu era melhor do que tudo isso, eu tinha mais do que tudo isso. Eu reclamo porque eu tenho a capacidade de ter o melhor.
De novo tô aqui...
Nessa espera incessante do amanhã que parece nunca chegar, que parece que virá cheio de raios e trovões.
De novo tô aqui...
Esfaqueando minha consciência. Logo eu, que sempre dou conselhos de paz e equilíbrio para as pessoas. Por que será que não os uso ao meu favor??
De novo estarei aqui mais um dia...
Apenas para descarregar toda a dor que meu coração vem enfrentando a cada dia em que convivo com o ser humano... E apenas para dizer que ainda espero, porque a espera é eterna na minha vida.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Aprendendo a amar.

Não exijo que me queira
Apenas me ensine a querer
Para que assim eu possa sonhar com a vida lá fora.

Não exijo que me ame
Apenas me ensine a amar
Para que assim eu possa amar a mim mesmo.

Não exijo que fique ao meu lado
Apenas me mostre o prazer de uma companhia
Para que assim eu possa suprir minha solidão.

Não exijo o seu corpo
Apenas me mostre o prazer oculto encoberto entre suas roupas
Para que assim eu possa lembrar do teu toque.

Não exijo o seu sorriso
Apenas sorria mais uma única vez
Para que assim eu guarde o significado do que é alegria.

Não exijo que me beije
Apenas me abrace forte
Para que assim eu possa sentir o que é estar protegido.

Não exijo você
Apenas exijo que seja único e autêntico
Para que assim...
Eu lembre, um dia, que meu amor não o aprisionou.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Precisando aprender...

Estou precisando aprender a viver normalmente. Meus ensinamentos e tudo que eu tenho pego de útil não tem sido usado corretamente para meu crescimento pessoal. As mágoas que guardo, o pessimismo que levo sobrecarregado no peito, as palavras que falo, os momentos felizes que eu sempre acho ilusórios, o passado que me corrói o cérebro, as lembranças que parecem que nunca deixarão de existir um dia, a saudade que parece apunhalar-me a cada ofegante respiração, o brilho de um sentimento que eu pareço ofuscar com todo o meu pessimismo de que nunca dará certo... Tudo isso tem me feito regredir na vida.
Estou precisando aprender que a minha vida não depende de um outro alguém para estar em perfeito estado; Preciso aprender que nenhum outro alguém vai me amar mais do que eu mesmo (Mas aí está o problema. Será que serei capaz de me amar mais do que um outro alguém?); Preciso crescer e adquirir maturidade profissional, pessoal e espiritual para comigo e com meus sentimentos; Preciso tomar dicernimento sobre o mundo que me cerca, e ver que mesmo com todos os defeitos e enfermos eu saber que fui contemplado com a sorte grande: Sabedoria.
A cada dia de derrota, a cada batimento do meu coração, a cada beijo que eu dou, a cada lágrima de felicidade que eu tenho derramado pela mudança que tem acontecido repentinamente em minha vida, a cada dia de aula que eu tenho conseguido com meu esforço, a cada força que eu retiro dos escombros da minha alma para poder levantar e dar a volta por cima, a cada nova tentativa de esquecer e me desvincular cem por cento de um passado negro que ainda corrói minha vida de ponta a ponta, a cada encontro, a cada satisfação sexual e afetiva que tenho recebido... Nada disso parece fazer sentido em minha vida porque eu já não consigo dicernir a realidade que me cerca, não consigo acreditar nas coisas e nas pessoas. Sou pecador, e acho que todos são; Eu mágoo, e acho que todos me magoarão um dia (Por isso crio essa barreira diante de mim); Eu desisto, e acho que todos desistirão de mim um dia, porque eu tenho o maior de todos os defeitos: O pessimismo.
Eu preciso aprender a não ver os outros como um espelho de mim, dos meus erros. Todos são reflexo do que um dia fui, e esse reflexo parece nunca ofuscar-se diante dos meus olhos. Todos são reflexo dos que passaram em minha vida e me deixaram feridas insaráveis. Todos passarão e deixarão seus buracos sobre mim, que talvez nunca fechem, talvez...
Eu preciso aprender a não dar ouvidos ao meu coração que insiste em me destruir por dentro, que insiste em mandar eu fazer o que minha racionalidade jamais seria capaz... A emoção me domina.
Eu preciso aprender a destruir todas as lembranças ruins que passaram em minha vida, para que assim eu possa crescer, para que assim eu possa deixar de fingir que sou feliz. Eu realmente preciso reconstruir minha vida, mas o passado não deixa... Talvez eu não tenha presente (mesmo com as felicidades do presente) e viva no passado, com as dores e mágoas que eu nunca fui merecedor (ou talvez sim, já que errei tanto).

Eu preciso aprender muito ainda, mas parece que na escola da vida eu sempre serei analfabeto.

Disparidades

Nos limites das emoções
No auge da loucura
Entre as linhas de ternura
Entre beijos e loucuras
Entre sorrisos e tristezas
Não esqueço da amargura.

Em meio a corpo e cama
Sexo, amor
Entre você e eu
Vejo disparidades.

Entre o hoje o amanhã
Vejo o mais tarde
Entre nuvens brancas e negras
As cores fazem parte do meu mundo.

Encontrei uma razão
Superei minha emoção
Já passara a traição
É tradição essa doce ilusão.

Entre seus doces lábios rosados
Encontrei um sentido na vida
É preciso ser ousado
Esquecer o passado.

Mas há dias em nossas vidas
Em que as disparidades parecem tão longe
O prazer não corresponde
E o amor se esconde
Onde?

Entre os dias de comoção
Quando estiveres cabisbaixo
Procure a disparidade do seu coração
E deixe-o, então, dizer sim a uma nova tentação.

Conselho

Viver uma verdadeira experiência amorosa é um dos maiores prazeres da vida. Gostar é sentir com a alma, mas expressar os sentimentos depende das idéias de cada um. Condicionamos o amor às nossas necessidades neuróticas e acabamos com ele. Vivemos uma vida tentando fazer com que os outros se responsabilizem pelas nossas necessidades enquanto nós nos abandonamos irresponsavelmente.

Queremos ser amados e não nos amamos, queremos ser compreendidos e não nos compreendemos, queremos o apoio dos outros e damos o nosso a eles. Quando nos abandonamos, queremos achar alguém que venha a preencher o buraco que nós cavamos. A insatisfação, o vazio interior se transformam na busca contínua de novos relacionamentos, cujos resultados frustrantes se repetirão.

Cada um é o único responsável pelas suas próprias necessidades. Só quem se ama pode encontrar em sua vida Um Amor de Verdade.


Por: Zibia Gasparetto

sábado, 18 de setembro de 2010

Laços eternos.

Uma mudança não é necessária para quebrar as correntes
Uma briga, um ciúme, um adeus não é suficiente
Uma palavra
Um gesto
Nada será suficiente para quebrar estes laços eternos.

Laços eternos são construídos em vidas anteriores
São concebidos por seres amadores
São vividos por nós, puros pecadores.

Meus laços eternos parecem ter-se perdido
Parecem ter-se adormecido
Pareço remoido
Sem vida, correndo risco.

Meus laços eternos estão tão longe de mim
Estão tão longe de mim
Tão longe de mim...

Meus laços eternos parecem não existir
Mas a distância está aqui
Para dizer que meus laços eternos sempre existiram...
Só estavam desamarrados.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Doce tarde de inverno.

Nada frio, nada quente
Doce inverno
Estou contente.

Café, cigarros e pessoas
Doce, sorvete e você.

Tudo gelado e tão quente
Tudo colorido entre a gente.

Dois olhares, uma intenção
Sua boca? Tentação.

Você e eu é puro erro
Mas quero errar
Escrever um novo começo.

Poderia ser inverno ou verão
Com você é só emoção.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Casulo

Aprisionei-me neste tempo de forte tempestade;
Aprisionei-me neste quarto de forte frio;
Enfestado de tristeza
Enfestado de saudade.

Aprisionei-me neste passado que detona
Neste presente que magoa
Neste agora que me mata.

Aprisionei-me naquele choro incessante
Naqueles pensamentos penetrantes
Naquela dor... Ofegante.

Fiquei preso naquele casulo do passado
Naquele escuro, entre trevas e tornados
Aprisionei-os ao meu lado
És só meu, és sagrado.

Neste tipo de texto aprisionei-me
Nas entrelinhas quase intermináveis
Nas idas e vindas de raiva, tristeza e solidão...
Aprisionar-me-ei enquanto estiveres tão longe
Aprisionar-me-ei enquanto meu amor por vocês ainda permanecer aqui
Mesmo que tão distante...
Aprisionar-me-ei.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Saudade.

Os tempos de fama, alegria e consolo acabaram
Os sorrisos desmoronaram
Os amores desceram montanha abaixo

A paixão de verão passou
Os amigos de inverno passaram
A felicidade passou
Tudo, em minha vida, passou
Menos você...

Minha vida passou como um raio de luz
As cenas vividas, os dramas, as lágrimas passaram neste telão do passado
Vi tudo e dicerni: Tudo realmente passou
Mas o amor ficou.

O primeiro amor passou
O segundo, então, passou
O terceiro, o quarto, o quinto...
Dentre os números incontáveis apenas um permaneceu.

Dentre os sonhos consumidos apenas um ficou: Ter você.
Dentre as lágrimas derramadas, apenas aquela marcou: A saudade.

Dentre todos que aparecerão
Dentre as lágrimas que virão
Dentre os sonhos que acontecerão...

Apenas você será parte de cada um
Apenas você será verdade em cada um
Apenas você será essencial enquanto meu infinito amor estiver vivo em meu coração.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

avoiding myself.

Evito problemas
Evito dilemas
Evito você
Evito a nós dois
Evito felicidade
Evito tristeza
Evito saudade
Evito chorar
Evito gritar
Evito mudar
Evito falar
Evito amar
Evito amigos
Evito o sono
Evito acordar
Evito sair
Evito me ocupar
Evito festejar
Evito...
Evito me amar
Porque já não me sobra nada
Porque esta reserva é para doação
Se me amo, nunca serei digno de adoração.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Verdades & Inverdades

Se meu coração adormece quando falo contigo
É verdade, amo sem sentidos.
Se meus olhos enchem de lágrimas quando suas palavras tocam minha alma
É verdade, me sinto em casa ao seu lado.
Se nossos ideais são parecidos
Talvez seja verdade, é você quem eu quero comigo.

Nesse misto de manifestações
Nessa gama de sensações
Me sinto sem chão
É amor, ou emoção?

Não sei se é verdade ou inverdade
Não sei se gosta de coração ou se machucar-me irá
Se é inverdade, sinto muito
Já não consigo parar de pensar
Agora só resta sonhar.

Se é amor já não sei dizer
Se é paixão não sei
Atração?
Tesão?
Não sei dizer, só sei que estou louco por você.

É uma mistura de mim em você
De você em mim
Se é verdade?
Não sei
Mas acredito que você foi feito pra mim.

Tenho medo de me amedrontar com esta forma de gostar
Tenho medo de me doar, talvez possa me machucar
Tenho medo de me dedicar, ainda há muito pra estudar sobre você
Ainda há muito pra saber
Mas você me conquistou.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

F5

Quando tudo está perdido
Quando a vida já não tem sentido
Quando quero mais que um amigo
E sei, eu não consigo.

Quando os sentidos esvaem-se
E a dor anestesia a alma
Quando seus sonhos despedaçam
E você já não é nada.

Quando o regresso chegar
E o progresso cessar
Quando sua mão tocar
Este corpo tão frígido
Tão gélido, Tão morto.

Quando a saudade matar
Os sentimetos te encurralar
Quando você voltar
Quero ser, quero estar
Atualizado.

Quando tudo vier à tona mais uma vez
Quero apenas atualizar a vida
Com um simples gesto de tocar meu consciente
Quero dizer, então: Mudei.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

De corpo e alma.

Nunca fui poeta
Nem tão pouco especial
Nunca fui legal
Sou apenas anormal.

Nunca quis mostrar
Este sentimento que parece inerte
Nada fui, nada sou
Apenas me transformei.

Não há corpo, não há alma
É seu brilho, É sua calma
E fico assim: Feliz da vida
Escrevendo de graça.

O coração parece falar pelos cotovelos
Mas não é ele quem fala
É o subconsciente que exala
Este cheiro de amor
Este cheiro de desejo
Esta vontade de você.

De corpo e alma
Ofereço meu coração
Ofereço um abrigo
Vem comigo
Sem perigo, sem castigo
Ser metade
Ser amigo.

Vem?


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Esquecer




Tudo se deteriorou
Nunca houve amor
Nunca houve paixão
Nunca houve o sujeito composto.

Agora sou eu
E você é você
Tudo se foi
Só ficou as lembranças

Esqueço por tolice
Cansei dessa mesmice
Acabou, meu coração vagou.

Esqueço os dias em paz
A noite fugaz
As brigas, meu rapaz.

Esqueço seus traços
Seu jeito, seu cheiro
Esqueço você
Esqueço até a mim mesmo.

Esqueço de nós dois
Porque a vida só é vida
Quando vivida apenas por uma única vida
Esqueço de ti, para lembrar mais de mim.

Você se foi, esqueci.

Tudo novo




Novo denovo
Escolher recomeços pode ser doloroso
Escolhi com gosto
Agora sofro o alvoroço.

Um novo começo vem repleto de lembranças
E nelas um velho fim
Ameaçando a esperança.

Um novo começo desperta curiosidade
Pode vir seguido de maldade
Ou repleto de lealdade.

Temos de tentar
Pois só os fortes tendem a recomeçar
E seus erros eles irão corrigir.

Um novo começo
Todo mundo tem que ter
Todo mundo há de escrever
Pois recomeçar é reviver.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dificuldade



Num desconhecido ambiente
Na penumbra deste ocidente
Me perco nas dúvidas
Me enforco nos medos
Me vejo sem saída
Me vejo sem vida.

Tão longe de casa
Tão longe do mundo
Me perdi de mim mesmo
Me perdi do meu rumo.

Sem dinheiro
Sem família
Sem amigos

Sozinho tendo a continuar
Mais uma vez
Sozinho tenho que prosseguir
Preciso encontrar o sucesso.

Onde estará?
Nas penumbras deste ocidente entediante
Nos escuros dos buracos que tenho aberto
Ou nas curvas mal feitas que tenho feito na vida?

Onde estará o sucesso
É preciso correr
Pra crescer
Pra amadurecer
É preciso recomeçar
A viver.

Com dificuldades
Com medos
Coberto de enfermos
É preciso sobreviver.
Tudo que basta é tentar ser
O que sempre tentei.

Força.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quem vê?

Aquele homem sorridente no parquinho com seus filhos parece feliz
O caminhar misturado ao sorriso daqueles que passam pela Paulista todo dia
O vai-e-vem de um dia conturbado
Pessoas aqui
Pessoas lá
Ninguém vê.

Ninguêm vê as lágrimas que escorrem sobre sua face
O tempo corre
E é preciso correr para não perdê-lo.

Ningúem vê
Porque ninguém vê?

Tudo passa tão devagar
Mas ninguém vê.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Decepção

Chegou a hora de partir
Com muita dor no coração
Não consigo discernir
Não sinto a mim
Não sei de onde vim.

Com medo dos erros
Vou buscando o perfeito
Vou encobrindo os defeitos
Mostrando meus efeitos.

Sem razão pra dizer
Sem vontade de me defender
Ouço calado
Nada a dizer.

Decepção
Aparece quando se menos espera
Ela chega de repente
Ela domina a gente.

Sem nada pra dizer
Sem vontade de ofender
Sem vontade de....
Viver.

Sem coragem em meu ser
Com vontade de crescer
Com decepção ou prazer
Vou vivendo
Vou tentando amadurecer.

Se disse algo, fujo
Se fujo, fico preso em mim
O que fazer?
Ficar ou correr?

Sem vontade de estar
Sem razão pra ficar
É humilhante
É
Decepcionante.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Aonde quer que eu vá.


Não adianta fugir
Nem tentar escapulir
Você está aqui
Tão longe e perto de mim.

É difícil discernir
A grandiosidade e a rapidez do meu sentimento
É difícil de sentir
Mas eu sinto.

Aonde quer que eu vá
Você está aqui comigo
E sempre permanecerá
Aqui, alí ou em qualquer lugar.

Pra onde eu fuja
Pra onde eu corra
Até que eu morra
Mas pra sempre você estará aqui dentro de mim.

Vou sempre te esperar
Porque um dia há de ser
Eu e você
Tem de ser.

Aonde quer que eu vá
Você está aqui comigo
E sempre permanecerá
Aqui, alí ou em qualquer lugar.

Aonde quer que nós estejamos
A sintonia do amor permanecerá nos conectando...

Eu te amo.



terça-feira, 22 de junho de 2010

Fim


O livro foi fechado
A história foi contada
O mocinho venceu no final
Uma nova jornada está pra começar
Sua vida mudara
E agora? Como será?

Acabaram-se os dias na escuridão
As dores de outono já não doem
Agora é alegria de verão.

É o fim desta história de terror
Onde não havia amor
Só medo e horror
É o fim desta reunião de espíritos em consolação.

É o fim desta aventura
Muitas vezes com ternura
Outras de gastura.

Foi-se embora a angústia
Agora serão novos dias
De sucesso e prosperidade.

O livro está fechado
Tudo se acabou
Agora é hora
Não haverá lembranças de outrora
Agora é o novo
Tudo mudará.


sábado, 19 de junho de 2010

Desejo



Tudo o que queria e que agora já não me faz falta você roubou de mim. Consumiu toda minha vida pouco a pouco. Já não suporto estar jogado ao desalento como um sem teto, como um ninguém.
Tudo o que pedi, você me deu, você nunca me negou nenhum desejo supérfluo que meu prazer almejara. Mas nunca me deu o melhor: A base para a formação pessoal e espiritual. Eu sei, fora acostumado a viver com as fraquezas e insuficiências da vida, porém, agora você tem tudo (ou não) e nunca cedera uma porcentagem desse saboroso e magnífico poder que tens.
Você me criara como um qualquer. Jogou-me ao relento inúmeras e incontáveis vezes. Tratou-me como um ninguém, um qualquer que pegara e acolhera.
Te pedi o céu, as estrelas, o oceano, as montanhas e tudo que rege este universo e você nunca soubera me negar nada disso. Mas nada disso foi e nunca será suficiente para completar minha felicidade. Clamo por amor. Sim, aquele amor que você nunca soubera compartilhar. Exilara-se de qualquer relação sentimental. Agora entendo o quão banal é você.
Eu só queria uma demonstração de carinho, de atenção...
Mas não. Sou um qualquer e sempre viverei sozinho até o último dia da minha vida. Não adiantarão a realização dos meus desejos, se você não compartilha desse amor que brota dentro de mim, da esperança que rege minha busca pelo sucesso.
Nossa relação baseou-se nessa unilateralidade e nunca mudará...
Porque você nunca me ama, nunca me amou e nunca me amará. Sou o grande erro na sua vida.
Me desculpe.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fúria



Não resta de mim, nem a casca
Já não há nada
Me despi de impulsividade
Foi-se embora a vaidade
Gritei tão alto
É a maldade.

Esse tornado me tocou
Esfacelou minha essência
Sinto raiva
E agora não sou nada.

Espíritos negativos me acompanham
Enquanto durmo
Enquanto sonho
Enquanto ainda estou em mim.

Fúria: Nada mais.

Ferida


Seus espinhos me cercam de medo
Abrem feridas incuráveis
Feridas na alma
Dói demais, é meu Karma.

Tento entender se fiz por valer
Se julguei no passado
Sem saber.

Em outras vidas, se fui bárbaro
Peço perdão, mas não há razão
Você me fere com espinhos de aço.
Pensei que foste uma rosa
Tão linda e adorável
Mas não
É tenebrosa e cheia de espinhos.

Não adianta tocar-lhe as pétalas
Nem colocar-lhe sobre um jarro com água pura
Sua essência está morta
Não tem cura
Estás sem ternura.

Deixara de ser uma rosa, mas... Quando?
Não me permiti perceber
Você se foi
Já não é mais você.

:(


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Limites


Limitei-me a amar apenas um
A viver tão comum
Sem muitos amigos ou nenhum.

Limitei-me a ouvir de cabeça baixa tudo que me fizera mal
Mesmo quando queria gritar
Achava banal.

Limitei-me a nunca expressar o real sentimento em mim
Quando queria correr, abraçar
Mas em mim, a imensidão de frieza estava a gritar.

Limitei-me durante toda minha vida
A deixei passar abatida
Nunca consegui fechar essa enorme ferida
Que é a vida.

Limitei-me a poucos
Foram importantes enquanto estiveram ao meu lado
Depois?
Me desfiz aos poucos.

Limitei-me a fazer essa imagem de mim
Tão triste assim
Talvez seja mentira
Mas meu coração está satisfeito.

Passei a vida me limitando
Acreditei que barreiras são capazes de superar transtornos
Limitei-me
Para que um dia eu pudesse dizer que eu nunca me machuquei.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pedindo tempo ao tempo


Você se foi, meu doce encanto
Deixou-me aqui
Com medo, horror e espanto
Tudo parece acabado
Sinto-me ilhado
Dentre as lágrimas que percorrem meu rosto dia após dia.

Você me deixou aqui sozinho
No desencanto
Sem carinho.

Peço ao tempo
Tempo
Peço ao tempo que os ventos me guiem
Para longe de meus desejos
Senão, vai doer
Me apedrejo.

Sem vigor não posso continuar
Você se foi
É duro pensar.

Uma faísca de amor percorre dentro de minhas veias
Preciso apagá-la
Não dá pra amar
Você se foi
E bem... Preciso estar.

Clamo por tempo
Para que apague essa dor que me consome
Para que leve pra longe de mim
A doce lembrança do seu nome
Queria gritar: Não me abandone
Mas você se foi
E agora preciso de tempo
Para voltar a viver o meu tempo.

sábado, 5 de junho de 2010

Não vou relatar

O seu corpo já não pode sentir
O tocar do meu, na calada da noite
Não sente minhas finas curvas
Nem meu doce olhar penetrante.
Seus lábios já não podem provar
Cada traço feito por Deus
Cada linha, cada pedaço de mim.
Suas mãos já não alcançam meus cabelos
Nem minha boca que ainda almeja a sua.
Tudo acabara, e mais nada.
É o fim feito pra mim.
Buscastes o prazer
Aqui estou eu
Vim para entreter
Mas agora já não basta
Nem prazer
Nem nada.
Pega teu avião e pousa sobre outrem
Aqui não há mais espaço
Nem pra mim
Nem pra ti
Nem pra ninguém.
É o FIM.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cartas


Salvador, 3 de Junho de 2010
Quinta-Feira

Entre a empoeirada gaveta suja
Encontro uma carta
Vejo nela meu passado
Meu presente e talvez meu futuro
Vejo você.

Entrelinhas desenho meu coração
Quero que veja
É só emoção.

O medo e a vergonha aqui estão
É apenas uma carta de pura paixão
Que ficou aqui presa
Entre chaves e cadeados
Ninguém nunca viu
São apenas palavras de um tolo.

Numa carta de amor
Selei a condição
Amarei você
Sem dó
Sem razão
Exilei-me do mundo
Nestas linhas feitas à mão.

Agora se vão
As cartas que escrevi
O fogo consome
Deixo queimar
Mais uma vez
Meu pobre coração.


Entre curvas


Entre a perfeição dos traços
É possível ver quão fantástico
Imprescindível o sabor do seu abraço
O doce gosto desse amasso.

Entre as curvas do corpo
Sinto esse alvoroço
Vem de vez, fico louco.

Vejo nos teus olhos o tesão gritante
Sinto em mim seu corpo borbulhante
É o prazer
Somos amantes.

Entre quatro paredes
Despido de qualquer ingenuidade
Te pego
Te tenho
Cheio de maldade.

E nesse vai-e-vem do amor
Sinto dentro de ti
O prazer
Despudor.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Amores

Já amei vocês
Me trouxeram dor, ferida e lágrima
Agora não há nada
Só minha alma
Que grita pela libertação
Almejando um pouco de salvação.

Amores falidos
Podres, fingidos
Amor de brincadeira
Tudo foi asneira.

Dentre os amantes que tive
Em alguns me contive
Nada como você
Foi tudo que tive.

Já tive amores de todos os traços
Diferentes abraços
Dos mais variados amassos.
De sexo constante
Com amor no semblante
De raiva intitulante.

Todos se foram
Foi só ilusão
Acabou-se o inverno
Deixe-me aqui, mais uma vez
Diante de meu inferno.

Já tive amores
Já fui amado
Mas dentre os sentimentos
Nem a mim eu tenho enxergado
Nunca me amei
Por isso para vocês dei
O que dentro de mim
Que nem eu sei.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A morte das palavras

Elas vão caindo por terra
Nesta constante guerra
Vêm pedras, tiros e diversas remessas.

Minha boca cedeu à pressão
É ardente essa sensação
Essa amarga indisposição.

Os cinco sentidos estão falhando
É, estou me acabando
E agora, meu Deus?
Me vejo afundando.

Já não há suspiro de dor
De alegria e de tristeza
Tudo se foi
Há desprezo e insegurança.

Ninguém compreende
O que se passa, não entende
Não é amargura
Não é doença
É descontrole
Dos sentimentos que borbulham dentro do coração.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Breakway

Queria fugir disso tudo
Dos enfermos interiores
Das pessoas que estão sendo penetradas incessantemente em minha vida
Dos amores que tento ignorar
Do meu eu, que se perdeu.

Menosprezo o que tenho por perto
Desprezo todos os sentimentos alheios que me são atribuídos
Estou cercado de falsidade, ignorância e repulsa.

Estou com medo
Quero fugir!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Roubo

Você roubou minha vida
E aos poucos foi levando o que tenho
Roubou meu sentimentalismo
Agora é desdenho.

Levaste meus amigos
Minha família e meus utensílios
Sinto que tudo é um empecilho.

Levou meus afazeres
Meus cigarros
Meu bem e meu mal.
Agora já era
Pareço anormal.

Se foram as lágrimas
Os ciúmes e as intrigas
Agora é lástima
Tudo está no abismo
Pronto para cair.

Minha dignidade fora embora
A integridade em outrora
A inveja não demora
E agora?

O que mais levará embora?



Sonhos

Sonho com um balão de gás
sendo movido pelo vento fugaz.

Sonho com as cores do universo
sendo movido pela força de atração
rápida e perspicaz.

Sonho com doces invernos deitado numa cama
Esperando para ser resgatado.

Sonho com as crianças correndo pelo pátio
Fugindo das águas.

Sonho com intensidade
Sonho as mentiras que conto para mim mesmo.
Sonho fugir daqui.

Sonho com o fogo que queima até a alma.
Sonho com doces ilusões
É o meu Karma.

Sonho insistentemente
Até quando vou sonhar
Que um dia serei gente?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

beneath the stains of time the feelings look disappear.

Mudei o rumo da história
Das letras das músicas
E dos finais felizes dos contos.

Mudei à sombra da noite
Encobri meus medos e tentei seguir em frente
Tentei fazer os sentimentos desaparecerem
Mas hoje eu vi, estão aparentemente invisíveis.

Tentei gritar o mais alto
Fugir de mim
Dizer que sim
Mas nada foi suficiente.

Tentei dormir
Gritar pro mundo
Que tudo se foi
Mas esse boomerangue insiste em golpear.

Quase desisti
Fingi que não vi
Parece que morri
Mas ainda continuo aqui
Sofrendo por dentro
Nesse imenso desalento.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Eu quis


Eu quis dar o melhor do que eu tinha
Do que eu sempre fui,
Do que sou
Mas nada foi suficiente para ganhar seu coração.

Eu quis tentar denovo, seguir um novo caminho
Tentei fazer tudo sozinho
Mas nada foi suficiente, achei pedras pela estrada.

Eu quis tentar ficar estável
Mas nossas batalhas me fizeram levantar a bandeira branca
Desisti em razão da paixão.

Dentre os desejos, eu só quis encontrar alguém
Nunca me dei conta
Que desejava demais.

Agora eu quero, novamente
Tentar um novo começo
Traçar um outro destino
Seguir um outro caminho
Será que ainda me resta sentimentalismo?

Girassol


Pensei ser uma rosa
Tão bela e perfumada
Mas de mim não resta mais nada.

Pensei em ser uma orquídea
Tão redonda e cintilante
Mas é só o semblante
A beleza é inconstante.

Pensei em ser um cravo
Tão forte e amargo
Mas de mim ainda resta o afago
Que vos trago.

Pensei em ser capim
Mas cansei
Isso não é pra mim.

Mas agora sou assim
Pareço incandescente como o sol
Sou um girassol
Sem pétalas, sem traço
De mim só há os pedaços
E da essência que vos trago
Só ficou o escuro
O escuro cinza de um girassol que passaste a viver à luz da noite.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Hoje [17/05/2010]

Hoje é um dia tão comum
As flores continuam a exalar seu doce cheiro
O vento continua a soprar
As ondas a correr
A chuva a cair.

Hoje parece como ontem
Tudo tão normal
Nada de anormal
É comum olhar entre a janela
E ver a vida passar lá fora, tão rápida e incesta.

Hoje é tão sem sal
Que nem o mais doce dos adoçantes seriam capaz de dar gosto
Amargo dia de imensa chuva que caíra sobre mim
Hoje é assim
E permanecerá depois que o relógio marcar o começar de um novo dia.

Hoje foi assim, no meu sonho
Mas na realidade foi um dia muito especial
Tão especial quanto você
E suas doces palavras de um alguém acolhedor

Põe-me entre seus braços
Acolhe-me com fervor
Porque hoje...
Hoje é apenas mais um dia assustador
E você serviu-me como um cobertor.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Desmontagem

Um chegou, levou meu pensamento
Outro chegou, levou meu coração
Mais um está vindo, e tudo que me pertence vai-se indo.

Chegaram sem avisar, dominaram sem exitar
E agora vão sem declamar
Uma sequer palavra de acalento, que sustente.
Vão roubando minha vida
Destruindo minha mente
Vou sendo consumido pelo ódio que chega derrepente.

Um amor se foi
Dois se foram
E assim vou vivendo e aprendendo com a partilha desta dor
Com a partida deste amor
Me abraça sem pudor
E me abandona com ardor, é avassalador este amor.

Vou me desmontando aos poucos
Cada peça do meu quebra-cabeça vai sendo retirada
À medida que partes
A cada passo que te deixa
Cada vez mais longe de mim.



quinta-feira, 6 de maio de 2010

it doesnt matter!

what happened in the air
stays in the air
what happened in the room's hotel
stays in the room's hotel
what happened while i felt something inside me
stays inside me, untied like my fear.

what you imma do
stays with you
what we will be
stays just to me, because i'm carrying on everything
all the feelings i've felt i've carried since i decided
forget what we lived

but i know now,
it does not matter
dont matter what i said
dont matter what you gotta do when you are so far away
dont matter how many precious oportunites will happen in
your life
dont matter, coz i'm yours

i'll stay here right now
waiting for some day i cannot get feel me again
broke inside.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Medo

Os meus medos já não conseguem ficar seguros
Entre meus doces pensamentos de vitória e prosperidade
Os meus medos já me consomem
Como a dor incessante que lateja sobre meu corpo
E este medo parece não cessar
Me amedrontará até que eu chore
Porque tenho medo
Quero de volta a minha vida

Quero coragem e esperança
E não este sentimento de desgraça que reina em mim
Quero aprender a olhar em frente e ver o lindo brilho do sol
Dizer a mim mesmo que sou capaz

Cessarei este contorcer do meu corpo
E o retrocesso da minha alma
Porque nada, nada dura pra sempre.
Seguirei minha vida, pela última vez
Se ainda restar-me tempo
Se não restar-me mais medo.

hero

Encontrei meu herói perdido entre as esquinas do meu coração
É você, doce menino, que a kilômetros se esconde
É um bom homem, majestoso, sem nome.

O particular é pra te preservar
Sinto que meu herói aqui está
É você e mais ninguém
Foi você e sempre será
Nem as águas de março
Nem os ventos alísios
Nada mudará.

Meu herói tem armadura de ferro
Parece eterno
Não teme ao inferno
Ele sempre retorna
Ele luta
Porque meu herói quer salvar
Tudo aquilo que destruído está
Mas ele é poderoso
Tem o dom de recuperar.

Você é meu herói
Você sempre será
Enquanto estiver vivo
É a mim quem vai salvar.

Te amo, meu herói :)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Promessas

Um dia fiz-me uma promessa
Nunca mais seria o mesmo
Nem daria de puro altruísmo meu perfurado coração

Um dia prometi ser o essencial
Sem saber que minha essência nunca existira
Nunca tinha sido sentida por um outro alguém.

Um dia pensei ter encontrado certezas
Até meu mundo cair por terra
E percebi que a vida é feita do incerto, que perfura ainda mais nosso coração.

Prometi para os deuses o quanto estava feliz
Gritei para o mundo o quanto amava
Fingi a todo momento ser o que não sou, para que meu furos pudessem ser tapados
Mas a vida é um jogo pré-programado
E os erros não são admitidos, nem as farsas.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quebra-Cabeças

A vida é composta de peças.
Distribuídas aleatoriamente
Elas vão moldando sua face,
Mostrando seu eu,
Moldando sua expressão.

A vida é composta de pequenas peças
Dispostas em quantidade insuficiente.
Remonte-me aos poucos
Pegue uma por uma e me mostre meu rosto
Dê-me um espelho
E assim saberei que ainda posso ser reconstruído.


Vou cortando o mal pela raiz.

Já não adianta podar
Precisarei de uma solução drástica
Já não adianta regar
Tentar mudar
Precisarei de algo mais forte
Já não adianta tentar matar
Ou mover de lugar
Precisaria de forças
Que os deuses não são capazes de dar.

Agora entendo
Como procedeu este crescimento
Agora eu sei
Não deveria ter transplantado daquele pote de algodão
O grão de feijão tornara-se uma horta repleta e esverdeada
Já não adianta.

Agora eu sei que preciso cortar o mal pela raiz
Para que ele não cresça nunca mais
Nunca mais
Dentro do meu terreno.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Eu só quero ficar sozinho

Cercado de pessoas
De palavras que encantam
Com presença deslumbre
E rostos de perfeito semblante.

Cheio de nada
Perco-me entre a multidão
Tentando encontrar minha solidão
Que ainda permanece escondida.

Preciso de mim
De menos, do meu reflexo sobre o espelho
Preciso de auto-estima
De sentir o que quero sentir.

Das vontades que enfileiradas estão
Tenho medo de apontar para a estrada errada
Assustado e com medo estou
De errar mais uma vez
De seguir o mesmo percurso doloroso
Desta estrada de pregos que tenho andando descalço.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Saudade

Ela cresce como feijão em algodão
Brota como pequenas sementes
Nasce, Cresce e Morre
Saudade
Ela vem detonando você
E faz-te um alienado.

Ontem sentia falta
Mas suas folhas estão desgastadas e caindo
Como folhas no outono
Ela veio e se foi.

Saudades
Nos fazem chorar
E gritar, por dentro.

Hoje sinto falta
Mas ela parece inerte
É como uma bala invisível penetrando seu coração
Dói, mas não mata.

Saudades
Liberte-me
Porque amanhã é um novo dia
E eu preciso renascer.

sábado, 17 de abril de 2010

Morning Comes Again

Pela enésima vez
Ela chegou sem bater
No tilintar dos sons noturnos
Misturada a chuva barulhenta
Ela chegou pra incomodar
Veio vindo, de fininho
Me deixando acanhado
É ela, a majestosa
A manhã.

Tenho passado dias e noites perambulando no escuro
Mas neste meu escuro não tenho andando
Porque não me resta nem disposição para tal.

Vinte e quatro horas sentado na frente do computador
Vinte e quatro sites olhando, para afastar as lembranças incômodas
Nada ajuda
A lembrança é aguda, me mata por dentro.
Agora só me resta esperar passar este mesmo clima de manhã
Que permanece aqui, às 8:05 a.m
Só me resta esperar
Para que esta dor se vá
Pairar em outro lugar
Mas que volte
Porque preciso dela
É a minha dor.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Incertezas

O amanhã resplandecerá
Com certezas ou incertezas?
Nem Deus saberá.
A vida é tão incerta
É aleatória
É feita de casos e acasos
É feita da magia da expectativa.

Pela manhã levanto com os espíritos
Olho pela janela, vejo um lindo sol brilhar
E com ele as certezas, ou incertezas, que a vida trará
Acordo com você, que sempre permanecerá
Pois o amanhã vai raiar, e meu amor sempre estará até o dia acabar.
E no começo de um novo, ele renascerá.

O incerto do hoje
A certeza do amanhã
Vai fazendo, pouco a pouco
Essa constância cessar
Mas de uma coisa sabemos
O amor sempre estará.



terça-feira, 13 de abril de 2010

Tudo foi em vão?

Enquanto uns agem levados pela dor
Enquanto as lágrimas consomem suas mentes
E seus atos já não são segurados pelo lado racional do cérebro
Ficam a achar que tudo foi em vão.

Enquanto a dor se faz presente
O passado se apaga
Tudo foi em vão
Tudo foi mentira
Tudo foi brincadeira
Assim tendem a pensar
Porque a raiva consome
A decepção é gritante
Tudo foi em vão

Enquanto fica a pensar
Fico a chorar
Porque a vida não é vaga
Nada é por acaso
Erros são cometidos a todo momento
Mas nada é em vão

Enquanto a mágoa se faz presente
Tudo foi em vão
As brigas
O amor
As carícias
O sexo
Tudo foi em vão?
Não, não.

Enquanto ficastes a chorar de raiva
Fico aqui, a derramar lágrimas de decepção
Porque nada foi em vão
A vida não é passatempo
Nada se foi assim
Em vão.

domingo, 11 de abril de 2010

Destruindo Lembranças

Sabe aquela foto que ficou guardada na gaveta dentre os papéis empoeirados?
Elas já não existem mais
Sabe aquele rabisco romântico que tinha escrito enquanto era um tolo apaixonado?
Eles já não existem mais
Sabe aquela lembrança doce de quando éramos apenas dois em um corpo?
Ela foi apagada
Sabe aquele presente com valor sentimental exorbitante?
Ele já se fora, o tempo o destruíra

Não sabemos como
Nem o porquê
Queremos de toda forma, a todo momento
Tentar destruír este eu que olha para o passado

Sabe aquele erro cometido quando ainda era um tolo infantil?
Ele ja se fora, já foi cometido, e hoje são apenas lembranças amargas que destruída foi
Sabe aquele passado de felicidade que não volta mais?
É, meu caro, ele foi apagado da memória

Tudo passa
As pessoas, os bens
Os amigos, a família
O cachorro, o vizinho
Os amores, a fadiga
A felicidade, a tristeza
A constância, a euforia
O vento mal, o sol
A chuva que acabara de molhar-te outra vez
A paixão repentina que se formara ontem, mas que hoje já não tem mais valor
Tudo passa...
E nós, tendemos a querer destruir tudo
Porque a vida é para os fortes
Só os psicologicamente capacitados podem destruir essas lembranças
Estes pequenos passatempos fúteis da vida
Este pequeno passado que nunca mais voltará.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Transcedência

Eu não vejo mais meus olhos tão secos
Nem meu coração palpitante
Meus ideais estão mortos
Os sonhos já não se fazem presente.

Nem eu, nem ti
Não nos demos conta desta mudança
Hoje já não sou o que dizia ser
Hoje sou apenas a casca deste invólucro sem conteúdo.

Eu não vejo mais meu sorriso
A emancipação deste inerte sentimento se faz presente
Já não vejo mais nem a mim, nem a você, muito menos nós dois.

Esta mudança foi tão certa
Tão incesta
E agora preciso permanecer em alerta
Para que uma nova mudança possa ser percebida.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A vida secreta da mente

"[...] Solidão foi a primeira coisa que a levou ao computador. Depois, a empolgação. Adriana sempre terminava as tarefas da escola, dava um beijo de boa noite a sua mãe (o pai geralmente estava viajando) e subia para seu quarto, onde se sentava diante do brilho azul do monitor, levando uma vida imaginária que era muito mais interessante e gratificante do que aquela oferecida por sua realidade. [...]"

Retirado de Anatomia de uma vida secreta (Gail Saltz- Editora Gente)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

#passadofacts

Dormi
Acordei
Escovei
Estudei
Deitei
Estudei
Almocei
Fumei
Dancei
Brinquei
Morguei
Falei, Falei, Falei
Estudei, outra vez
Cantei
Procurei
Procurei
Procurei
Passei
Briguei
Águas de março
O passado é tão constante em minha vida
E se fará ainda mais constante quando eu clicar em "Publicar esta postagem".