terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dando vazão aos sentimentos.

Jogue fora a raiva
Mastigue a calma
Esfregue o amor, renove.

Recicle espiritualidade
Chute a tristeza
Afague a amargura.

Mande pra longe a ternura
Apague a felicidade
Afogue a saudade.

Grite com a paixão
Abandone a ilusão
Esfaqueie o amor.

Atropele o tesão
Engane a emoção
Amasse a tensão.

Dê vazão ao sentimento
Jorre seu ódio
Apague sua crença.

Jogue tudo no lixo
E recomece denovo
Seja limpo.

Bem alto.




Em algum lugar acima do céu
Bem alto onde nem as borboletas possam alcançar
Lá em cima, onde meus olhos jamais poderão enxergar
Onde estão a olhar por nós
Onde meus sonhos vagam pela imensidão.

Em algum lugar acima do céu
Deve haver um aconchego para minha alma
Uma saída para o meu Karma
Um tudo para o meu nada.

Em algum lugar acima do céu
No magnífico desconhecido
Na imensidão do paraíso
Numa intensidade sem sentido
Há de haver razão para o sacrifício.

Em algum lugar acima do céu
Onde a luz não pode alcançar
A escuridão tende a dominar
O mundo parece tão sombrio lá.

Em algum lugar acima do céu
Há de haver razões para minhas lágrimas
Há de haver vazão para minha melancolia
Há de haver uma fonte
Que abasteça minha alegria.


domingo, 28 de novembro de 2010

Mundos

O mundo é regido por leis
As leis são regidas por interesses
Os interesses são regidos por conforto.

O mundo é repleto de felicidade
E de borboletinhas coloridas que voam incessantemente.

As cores confundem meu mundo
As cores amargam este mundo
As cores são irreais
Mas agrada todo mundo.

Meu mundo é tão cheio de felicidade
Essa felicidade me incomoda
Me assombra.

Todo o mundo é tão coloridinho
As flores, os bichos, o raiar do sol
O mundo é cheio de alegria
E luminosidade.

Aonde estará meu mundo
Aqui só vejo escuridão
E tristeza...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

[...]

Das palavras que falei
Dos versos que escrevi
Das lágrimas que derramei
Da saudade que senti.

Dos momentos que passei
Da intensidade que vivi
Do caminho que percorri
Dos sentimentos que revivi.

Da vontade que tive
Da raiva, me contive
Em consenso, reconsiderei
Em alegria, deliciei.

Do amor que senti
Do ódio que me puni
De mim mesmo, omiti.

Só me restam palavras
Só me restam lembranças
Onde andará minha esperança?
Me arrependi dos caminhos percorridos
Dos desejos repreendidos
E da saudade que dominou meu coração no momento.

Quero voltar a ser o que era antes
Quero voltar a ser o que jamais poderei ser
Nesta obscura vida.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ficou no ontem

Minhas tentativas de crescimento
Meus desejos e atormentos
Meu fascínio, meu contentamento

Ficou no ontem
Meu amigo, meu irmão
Meu amor, minha paixão
Um sonho, uma esperança
Castigos e lembranças.

Ficou no ontem
O desprezo e a falta de emoção
A benevolência, a devoção
Altruísmo e consolação.

Ficou no ontem
Minha vida, meu alguém
Meu desespero e de mais ninguém
A tortura que me convém
As lágrimas por outrém
A saudade que nunca vem

Ficou no ontem
A alegria que contenta
A dor que desacalenta

Ficou no ontem
Um alguém que já morreu
E que agora renasceu
Para que o amanhã seja lembrado
E de novo se torne um ontem
Neste ciclo ocioso de mutações sentimentais.

domingo, 21 de novembro de 2010

Devaneios de outrora.

Dos textos mais lindos que escrevi
Pra um alguém
Pra um ninguém
Pra um outrém
Não foram suficientes.

Nos momentos de alegria
Nos momentos de tristeza
Nos momentos de paixão
Nos momentos de agora
Nos momentos de outrora.

Dos textos mais lindos que escrevi
Pra um qualquer
Você ou você
Amigué.

Nos momentos de tesão
Depressão
Ilusão

Dos textos mais lindos que escrevi
Não pude nem resistir
Me dei por completo
Mergulhei num mar repleto,

Dos textos mais lindos que escrevi
Não me restou nada
Só assistir de novo
Os momentos que passaram por mim.

E consentir
Dos textos que escrevi?
Dos sentimentos que senti?
É fato: Não estão mais em mim.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aqui & Alí

De onde eu vim não sei o porque saí
De onde saí, não sei porque eu vim
Onde ficar?
Onde tentar?
Como recomeçar?
De onde eu vim não obtive respostas
Aonde eu fui
Fecharam-se as portas.

De onde eu vim
Retornei
Tudo novo de novo
Abrindo e fechando portas
Num ciclo obscuro de tentativas inacabadas.

Pra onde eu fui?
Fui para onde?
Nem eu sei
Voei tão alto que minha imagem sumiu no ato.

Pra onde eu fui?
Não sei
Mas sei que pra onde eu fui eu tentei...
Eu tentei ser feliz.