quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sanguessuga.

Você veio pra mim
Sugou meu amor
Sugou minha vida até o fim
Agora não estou mais em mim;


Você tem sede de vitória
De conquista
Mas incapacitado és
Vive a consumir os outros.


Sugou minha beleza
Tomou de mim a delicadeza
Agora só me restou tristeza.


Você tem sede de que?
Quero aprender a parar de sofrer
Minha essência se foi
Sugada por você.


Parasita humano, desumano
Exigiu meu carinho e todo meu amor
Mas agora se foi
Deixando um buraco cheio de dor.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Indiferença

Não me importa o seu tudo
Se seu tudo não me for suficiente
Mesmo que ainda suficiente
Não me complete.


Não me importa o seu sexo
Se só dele viveremos
Numa cama esbanjaremos
O tesão que só se passa nesse momento.


Não me importa suas palavras
Se elas não me fizerem sentido
Mesmo que faça
Ainda assim serei todo ausente.


Não me importa o seu beijo
Se está tão gostoso e me satisfaz
Mas não apaga o que tu és.


Não me importa você
Se você nunca pôde me dar o que quero.


Não me importa nada
Se ainda não evoluiu.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Liberdad.

Vivemos uma vida em busca da liberdade
Estudamos, trabalhamos em função da liberdade
Acabamo-nos em horários cansativos
Tudo em prol da satisfação.

Encontramos meios eficazes de conquistá-la
E a conquistamos.

Vivemos uma vida liberta
Mas presos nesse ciclo interminável.

Essa liberdade que queremos é um vício
Não se pode parar de pedalar
Senão ela tende a acabar.

E se for parar pra pensar
A liberdade não está na independência que se conquistará
Está na auto-confiança de que mesmo sozinho...
Você ainda conseguirá caminhar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um verso pra definir você.

Você me trouxe luz e prazer
Agora só me resta esquecer
Tudo se passou numa noite estrelada.

Você tem tanto brilho como o amanhecer
Mas agora se foi
Como o sol se esconde no anoitecer.

Você criou em mim o dom divino de amar
Mas tudo fora ilusão
Como a miragem que todos nós queremos enxergar.

Você se escondeu dentro de mim
Fez-se moradia em meu ser
Mas agora é tão tarde
Só me resta entender

Você foi embora pra nunca mais voltar
Fugiu sem me avisar
Agora o que tenho é a luz do luar
Para que possa me lembrar
Do dia em que pude contemplar
O doce brilho do seu olhar
O gosto do beijo que vinha me dar
E o abraço apertado que eu tinha para me acalentar.

Você foi tudo para mim, mas agora eu já me acostumei com o nada.
Não precisa voltar.

Nunca quis ser como os outros.

Nunca quis ser como os outros
Nem sonhos eu nunca tive
Fui vivendo a meu modo
Deixando o acaso moldar meu rumo.


Nunca quis ter nada demais
Sempre me contento com o pouco
Que a vida traz.


Nunca dei o melhor de mim
Porque, acho que já sou o melhor que pude ser
Sem saber que nem sei se sou tão bom assim.


Nunca amei com todo o coração
Pois sei que meu coração está em pedacinhos
E já acostumei a viver estilhaçado.


Nunca quis ser igual
Não sei se não sou
Mas se me considerar
Não faz mal.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

I could love it, but it hurts.

Seu amor é sem pudor
Chegou e me fez escravo
Sem compaixão me aprisionou
E agora só resta essa dor.

Nunca fui amado
Nem nunca me deixei amar
Meu coração está em uma cela
Sem mesmo a luz do dia
Pra acalentar.

Você me tomou em seus braços
Num abraço singelo.

Você me veio com o coração vazio
E me fez vazio.

Você acendeu a solidão em mim
Parece que nunca vai ter fim.

E agora fico aqui
Sem sorrir
Sem partir
Sem convir
Sem sentir.

Você me transformou em pedra.