sábado, 19 de junho de 2010

Desejo



Tudo o que queria e que agora já não me faz falta você roubou de mim. Consumiu toda minha vida pouco a pouco. Já não suporto estar jogado ao desalento como um sem teto, como um ninguém.
Tudo o que pedi, você me deu, você nunca me negou nenhum desejo supérfluo que meu prazer almejara. Mas nunca me deu o melhor: A base para a formação pessoal e espiritual. Eu sei, fora acostumado a viver com as fraquezas e insuficiências da vida, porém, agora você tem tudo (ou não) e nunca cedera uma porcentagem desse saboroso e magnífico poder que tens.
Você me criara como um qualquer. Jogou-me ao relento inúmeras e incontáveis vezes. Tratou-me como um ninguém, um qualquer que pegara e acolhera.
Te pedi o céu, as estrelas, o oceano, as montanhas e tudo que rege este universo e você nunca soubera me negar nada disso. Mas nada disso foi e nunca será suficiente para completar minha felicidade. Clamo por amor. Sim, aquele amor que você nunca soubera compartilhar. Exilara-se de qualquer relação sentimental. Agora entendo o quão banal é você.
Eu só queria uma demonstração de carinho, de atenção...
Mas não. Sou um qualquer e sempre viverei sozinho até o último dia da minha vida. Não adiantarão a realização dos meus desejos, se você não compartilha desse amor que brota dentro de mim, da esperança que rege minha busca pelo sucesso.
Nossa relação baseou-se nessa unilateralidade e nunca mudará...
Porque você nunca me ama, nunca me amou e nunca me amará. Sou o grande erro na sua vida.
Me desculpe.

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