quinta-feira, 11 de março de 2010

O amanhã ainda não chegou.

A corrente da maré ainda permanece intacta
E as águas já não conseguem mais guiar-me
Sinto-me em naufrago.
Estou sobre essa balsa inerte neste mar de espinhos
Os cortes já não doem a pele.
Nada faz mais sentido.

Talvez a física quântica pudesse explicar
Ou os Deuses pudessem reavaliar
Nada. absolutamente nada continua no seu lugar
A inconstância me pegou outra vez
Vou ceder, antes que seja tarde demais.

O amanhã ainda não chegou
Pareço viver o hoje num período de tempo incessante
Chegam os temporais, os verões e as flores
Mas ainda é hoje, num curto instante de mudanças.

O que me resta agora é o alguém
Para que meu tempo consiga transcorrer
Outra vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário