terça-feira, 23 de março de 2010

Palavras

Se eu soubesse usá-las a meu favor
Se eu soubesse usá-las para te conquistar
Se eu soubesse usá-las, apenas
Mas não, elas saem involuntariamente
Como a expiração ofegante que é expelida no contrair do diafragma.

Se eu soubesse dizer não a meus sentimentos
Se eu soubesse gritar e explodir como fazem os loucos
Se eu soubesse usar tudo para o bem
Mas não, eu sou apenas um mero mortal
Vagando por esta estrada tão incerta, a vida.

Se eu pudesse retorceder e mudar o que disse
Se eu pudesse cortar o mal pela raiz e o que sai de minha boca
Se eu pudesse re-avaliar minhas atitudes e assumir meu erro
Mas não, eu sou apenas um orgulhoso
Admitindo para mim mesmo que é não, e é assim.

Se eu soubesse escrever lindamente para fazer você se apaixonar
Se me coubesse o dom, e a positiva emoção
Mas não, eu sou um poço de sentimentos incertos
Que cospe funebridade sem exitar.

Se eu pudesse mensurar o que digo
Se eu soubesse guardar comigo
Se me coubesse viver fingindo
Estas palavras não sairiam, não magoariam
Porque eu não seria este pequeno menino realista
Eu seria apenas um sonho
Apenas uma ilusão em sua vida.

Um comentário:

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