sábado, 30 de maio de 2009

Palavras violentas

Há algum tempo que venho relutando em fazer críticas (construtivas, claro) a pessoas que não valem à pena ocupar-se e jogar palavras bem elaboradas pela janela; Há muito, muito tempo, venho correndo em sentido oposto, para não tê-las sempre às minhas costas, corro pra poder um dia chegar ao eixo zero e debater-me a elas, poder dizer estas palavras aqui tento redigir.
Todas as palavras jogadas fora, em debate ao que me é datado foram apenas tentativas para tentar demonstrar minha superioridade em relação as mesmas, sem nunca perceber que nada é necessário para tentar mudar o modo de pensar, e convegí-las ao meu modo. Uma figura persuasiva só faz-se presente quando ao seu redor existem mentes abertas ao que lhe é dito.
Todos os meus "infernos" estão num único, presentes no racional e no irracional. Todos os seus infernos estão presentes num único, Eu. Eu é figura errada, deturpada e inferior que abusa de razão para levar a vida e reger as leis datadas; Eu é o papel em branco, esperando as palavras violentas violentarem-no; Eu é o café frio que fica guardado na panela para depois ser jogado fora, nada é reaproveitado; Eu, Eu, Eu.
Dentre as figuras "neologisticas" que acabo de impor, a Você é a minúscula, a irracional, a emocional, aquela que sofreu constantes transtornos, na mesma velocidade no espaço em função do tempo que decorria, tudo naquela época era uniforme. A Você não sabe escrever, não sabe expressar-se, é tão café frio quanto a Eu; És desforme e caricaturada, moralista inexistente e dispõe de máscaras.
Você é a falta de humor, é a falta de senso crítico, és a falta de estudo, de bases solidificadas para agredir-me como um nobre, como um doce nobre.
Infelizmente, tudo que és... Um passado, um presente e um futuro que não moldará-me da mesma forma e continuidade anterior, que serás onipresente apenas nos pesadelos.

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