sexta-feira, 24 de julho de 2009

choro em silêncio.

Não há maneira melhor do que o choro em silêncio. Todo enfermo está resguardado apenas para o auto-conhecimento, tudo está dirigindo-se em prol dum futuro regular e equilibrado.
Choro hoje, porém, o amanhã talvez seja de felicidades e risos, facilidades e diversões. Não entendo como as minhas palavras tem tanto poder, não sei como um simples ser tem a capacidade de mudar todo o clima dum ambiente, até então calmo.
Choro porque ninguém entenderá minhas crises existenciais e minhas lágrimas de criança protestante e incessante; Choro como uma criança recém-nascida, almejando algo, nunca entendida.
Hoje estou chorando pela falta de maturidade e tolerância que todos tem, todos são tão diferentes do meu mundo. Vivo numa casta absolutamente irreal, moldei absolutamente tudo a minha realidade e transformei meus ideais em pedras.
Sinto-me hibernando no verão, tão diferente e estranho.
Enquanto estas palavras penetram meu consciente, sinto-me surdo. Paradoxo?
Até que ponto a intolerância conduzirá as ações humanas? Até quando as palavras sem pensamento irão ser aderidas a minha realidade, tão certa, tão calma, tão inteligente.
Simplismente ODEIO todas as coisas, tudo, as pessoas, odeio ser quem sou, odeio estar perante a este conjunto de pessoas impensantes, odeio levar um modelo de vida que parece nunca mudar.
Se não dou tudo de mim, sou vagabundo, se tenho vontade, não há espaço. E quando isso acontece, sinto-me preso aqueles sentimentos duros e obscuros que sempre estão na periferia da minha vida.
Choro em silêncio, não há jeito, nem solução.
Estou chorando incessantemente em profundo silêncio, ninguém pode ouvir, nem ver, nem sentir.
Choro em silêncio porque o ser humano não é capaz de captar, nem ajudar com os problemas.
E continuarei chorando, e levando...
E levando, tentando construir uma maneira "menos" dolorosa de viver.

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