A gente chora, A gente tenta
A gente grita, corre, sofre
A gente supera e espera
E venera,
E esquece, e encontra um horizonte
E feliz estamos, como borboletas num jardim.
A gente sofre, pensa denovo
Esquece, pensa, esquece pensa
Neste misto de manifestações dolorosas
Somos impotentes
Somos impacientes
E inocentes
E vítimas, de uma lembrança obscura
A gente tenta, e de forma lenta
A gente esquece, esquece
Não pra todo o fim, mas para o curto fim
A gente lembra, e quando lembra
A gente pensa, e repensa
E toma
E faz ações drásticas
O passado não é válido
O passado são pedras duras
Café frio, pão sem manteiga
E a gente lembra, lembra de forma vã
A gente tenta por toda a vida
Por toda a morte
E por todo período regêncial
Mas nunca esquece, nunca apaga
Nunca some, nada.
E lembramos, choramos
Sofremos, revivemos
E dói, como um tiro sobre o peito.
Então,
Ele reparece
Ele volta com intensidade
Modifica a mente
Traz disgraça, felicidade
Traz sentimentos bons, e ruins
O passado é uma manifestação dolorosa
A dor em interseção ao prazer
A dor como força maior de vida
O passado sempre reaparece
E a gente mente
A gente sente, medo
A gente sente, receio
A gente sente, dúvida
A gente sente, amor
E esse amor, está guardado
Desde o passado, para um dia ser relembrado.
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