quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ilusão.

O mundo não passa de mera realidade oculta, na qual não observamos, devido as façanhas que nós, seres humanos, criamos para distrair nosso cotidiano. Tudo não passa de simples ilusão. Os amores ideais não existem, são apenas uma pequena gama de sentimentos passageiros. Alguns destes sentimentos duram, e duram, e talvez virem aquele do qual nos orgulhamos em pronunciar: A-M-O-R; Outros duram tão pouco tempo que recebem o nome de tesão, paixão ou como quiser chamar. Constumamos idealizar e nos entregar aos nossos sonhos, vivendo num mundo irreal e ilusório, onde construímos, com o poder das nossas grandiosas mentes, um castelo e nos nomeamos reis eternos. Vivemos neste estado da alma durante anos, num sonho que parece não ter fim; Vivemos a dormir durante anos, e parecemos não acordar quando o raiar do dia invade nosso quarto e ilumina nossa face. Continuamos a sonhar, como crianças que idealizam bens materiais.
O mundo passa e as coisas passam... E então nos damos conta de que tudo fora ilusão, e que agora serão apenas lembranças do dia em que estivermos a dormir como personagem de conto de fadas, esperando um suposto príncipe nos acordar. Este suposto príncipe não é real, não é palpável. Este suposto príncipe chama-se maturidade. A maturidade nos chega tão depressa que nos faz mudar completamente, esse é o melhor dos melhores estados da alma que podemos nos encontrar. Nos damos conta de que aquilo que aprendemos nos primórdios da nossa vida não são de fato reais, são apenas histórias criadas por pessoas inteligentes, mas não tão maduras.
O mundo passa e as pessoas passam. Pelo menos no meu, nenhuma continuou seguindo a mesma estrada que eu. Todas se foram como o dia que raiou hoje pela manhã, todas se foram como a noite que tenderá a acabar enquanto meus olhos estiverem fechados. As pessoas chegam tão depressa e vão-se tão depressa como numa estação de metrô, nos deixando a mercê dos sentimentos que desgastam a alma: SAUDADE. As pessoas chegam tão depressa e não se mostram completamente, deixam transparecer os seus espinhos e nos ferem sem querer, basta aproximarmo-nos, e deste modo elas se vão, depois que retiramos estes espinhos de dentro de nós.
O mundo passa e os amigos passam. De uma maneira tão rápida que nem temos a oportunidade de nos despedirmos. Alguns se vão por uma válvula de escape social que nos separam, outros por motivos óbvios e egoístas que se deixam levar pelo capitalismo deste mundo competitivo e hipócrita, outros ainda cometem erros gravíssimos que os levam de carona para bem longe de nós.
O mundo gira, e nós ficamos. De uma maneira tão precisa e rápida. São apenas vinte e quatro horas durante um dia para a subtração de preciosos instantes vitais. Algumas vezes queremos que estes instantes peguem carona, e prossigam tão rápido quanto a velocidade da luz, outras vezes queremos vivenciar cada segundo que pedimos aos céus que o tempo pare, para que possamos apreciar com todo o bom gosto e delicadeza o prazer de viver.
O mundo é tão pequeno, mas nosso histórico de vida tão grande. A grandiosidade não está em demarcação territorial, mas sim em demarcação áurea, onde através dela, podemos solicitar as medidas pertinentes para saber-mos sobre nós. Nossa alma é tão grande quanto o território físico, ou talvez maior. Nela cabem todas as lembranças e as guerras que ocorrem constantemente dentro de nós. Muitas vezes pensamos em acabar com este nosso mundo interior, mas percebemos que o fim das coisas não são a solução para os nossos problemas, e sim mais um problema gerado indiretamente para quem realmente é, ou foi, nosso problema.
O mundo é a vida, e não o conhecê-mos por completo. Não dispomos de recursos para podermos alcançar e explorar todos os pontos sem que sofrimento e desgraça andem juntos.
Bem-vindo, este é o meu mundo.

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