quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Meus olhos não conseguem ver

Meus olhos já não conseguem ver mais o amanhã
O amanhã
que guarda mistérios da felicidade
A felicidade
que guarda mistérios da vida
A vida
que guarda mistérios de um alguém
Um alguém
que guarda segredos do mundo
Um mundo
que gira tão rápido e sem compaixão
Compaixão
que não existe mais nos nossos corações
Coração
que já não bate como no passado
Um passado
que traz infermidade e tristeza
A tristeza
que miniminiza a esperança de viver
Querer viver
um desejo não tão valorizado

Meus olhos já não conseguem mais ver o ontem
O ontem
que passou tão rápido, agora são lembranças
Lembranças
que faz sofrer por não terem sido desfrutadas
Desfrutar
um verbo que já não faz sentido para os esquecidos
Os esquecidos
aqueles que vivem na sombra do dia-a-dia
O dia-a-dia
cotidiado pacato de uma vida amena
Amenidade
o muito que nos foi herdado
Herança
apenas continuidade do modelo de vida infeliz
Infelicidade
pequenos momentos que valem por todos os outros
Os outros
que já não são ninguém, nem nada

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