quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Pegadas no asfalto.

Meu consciente anda tão atormentado, tão demasiado, tão obsoleto que o peso que se faz sobre mim abrem buracos no solo, são pegadas robustas que deixam minha marca por onde insisto em colocar meus pés, pequenos pés para o mundo grande que me espera. O mundo fúnebre que me engole como um sapo engole uma mosca, sem dó, nem piedade não espera minhas ações se concluirem, e as impedem em meio tempo de vida, pequena vida. Levar a vida com o peso que lhe encobre é uma situação quase impossível,  mas a força exterior lhe puxa com uma corda invisível para frente, como o atrito puxa a força.
As pegadas se fixam como o destino é fixo, não muda. A vida é datada de uma forma tão continua que o pensamento de destino não lhe é atribuido de forma viável, somos meros seres com a vida aleatória? Não, realmente não acho. O meu destino é algo que foi datado entre os vinte comprimidos de citoteque e uma vida atormentada com as interfaces que eram desenhadas ao seu redor.
Pequeno, doce e com a felicidade limitada, limitação deveria ser seu nome. Limitado aos três quilos que lhe davam a vida,  a misera vida de viver um destino atordoado, com quedas, ladeiras e rosas com espinhos. Foram muitos anos de derrotas e vitórias insignificantes que se passaram, mas apenas uma ficou na memória, a de ter nascido. Uma vitória ou uma derrota? Pergunte ao criador. Talvez uma derrota.

Uma derrota, que agora consome o asfalto que pisas.
Ruas de derrota.

Nenhum comentário:

Postar um comentário