Viver é uma questão. Viver é uma indagação, todos sabem. Viver é o neutro que sonora como as folhas num seco outono. A vida em si não tem uma explicação exata que rege em torno da forte palavra, vida. A vida é só o passar do tempo, que conquistamos, sim. Conquistar é o sinônimo que a vida me refere ao passar dos problemas que o cotidiano data-me. A vida é uma grande maratona, uma grande gincana, onde se almeja ser o vitorioso.
O incômodo que a vida oferece é a plantação da rosa que nada é, que é apenas uma rosa incrédula e fúnebre, neutra. A rosa apolinizada que não transmite suas gerações para uma futura éspecie que rogará seus ideais e sua beleza escondida atrás de suas pétalas de prazer, pétalas de ódio, apenas pétalas que transmitem sua real fascinação para o buquê na qual está pretendida a confederar-se.
A ladeira que a vida oferece-me é uma ladeira lisa, uma lisa ladeira, sem o cimento que ajudará a subida. És uma ladeira sem atrito. Não adianta... Não adianta a subida incontestável, porque sempre o deslize vem a tona e a inevitável recuperação se torna difícil, porém não impossível. É necessário recorrer a processos desgastantes para recuperar-se do deslize que a ladeira da vida lhe dera. A vida é só um fato sem causa, é... um fato sem causa, sem definição. Fatos não são pedras duras? Não! Não são. A vida é uma pedra mole, sem atrito, escorregadia. É assim.
A vida talvez seja o amor incubido sobre a ladeira, talvez seja o amor que ponha atrito nesta grande ladeira sem fim, o glorioso amor. Mas... Qual amor?
O amor a quê? Talvez seja ao contrário. A vida seja consequência desse atrito que rege e segura a tristeza dura que a ladeira lhe concede ao olhar de baixo, ao olhar do ínicio da partida que nunca começara. É... a vida é um grande jogo que nunca começa de fato, e sem explicações lhe é dado o fim.
olá catito , como tien passado los tempitos ?
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