terça-feira, 24 de maio de 2011

Chove lá fora.

Enquanto a chuva tilinta sobre o chão
Deito sobre meu colchão
Esperando ouvir a razão
Aglutinando só emoção.

Chove lá fora, Chove lá fora
Aqui dentro só espero o momento do agora
Em que chegue minha razão
E não perca esta derrota.

Enquanto tudo está molhado lá fora
Meu peito continua encharcado
Continua deprejado
Ainda embalsamado
Com o perfume de um coitado.

Enquanto o frio consome as flores do meu jardim
Permaneço bem aqui
Congelando o que existe em mim.

Chove lá fora, Chove lá fora
Aqui dentro só espero o momento do agora
Em que chegue minha razão
E não perca esta derrota.

Enquanto lá fora a cidade anda
O coração desanda
Sem suas pernas para sustentar
E nem suas mãos para acalentar

Enquanto o mundo gira lá fora
A lembrança regride aqui dentro
Presa num passado inconstante
Enclausurada nesta dor constante.

Chove lá fora, Chove lá fora
Aqui dentro só espero o momento do agora
Em que chegue minha razão
E não perca esta derrota.

Sempre vai continuar chovendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário