domingo, 2 de novembro de 2008

Teus olhos.

A noite prometia grande perplexidade.
Na batida do som, seus olhos guiavam-se
E dançando conforme a música eles vieram ao meu encontro.
O choque foi estupendo, culminou na imprudência.

Seus olhos combinavam com a roupa, a música e a mim.
Bem trajado, sua vida foi exposta alí. Surpreendi!
Seu ensejo era tamanho, mas as endorfinas agiram. Malditas!
E o desdouro se fez presente em ti, menino.

Inebrizado com sua feição, meus olhos percorreram teu caminho.
O encontro foi invevitável, mas a consumação não se fez.
E fiquei-me a enfatizar o afago que já havia morrido, coitado.
Derrepente o enfago pegou-me de jeito, me derrubou.

Com a música e na dança envolvente, busquei debelar seu reparo.
Não foi suficiente para atrair seu cortejo. Irreverente, fiel.
Tudo havia acabado naquele momento. A vida correu, o tempo e você.
Quando me dei conta, não tinha mais a primazia sobre ti, garoto.

A música acabou, a vida acabou, e tudo acabou, inclusive a luz.
A festa acabou, o povo sumiu, e a luz esfriou.
Seus olhos findaram, seu corpo pereceu e você se foi.
Menos minha lembrança, que presume por mais um dia ao lado teu.

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