Diante dos olhos não pude conter a emoção e a benevolência que faziam um suco sobre meu intelecto. Uma mistura tão gostosa como um pano de chão molhado esperando o piso quente e faiscado que o esquentará. A vontade de gritar ao mundo o que meu libido extraia naquele momento era tão grande quanto o desejo que sentia de ti- o desejo de te consumir por inteiro e te fazer um só coração, junto a mim. Não agüentava mais a dor de não poder consumir-te, assim como havia feito, o ensejo de seu corpo sobre o meu era tão grande, grita o coração.
Os Deuses do Olímpio se manifestaram e te trouxeram de volta a minha vida, que rogavam incosubistanciamente pela presença marcante que se fazia entre meus cabelos escuros e meus olhos achatados, cheios de pequenas gotas de tristeza que jorrariam- jorrariam o majestoso prazer que me fazias sentir o amor incondicional, que viera consumir por inteiro, tornar-me alguém, um ser humano com sentimentos verdadeiros, sem máscaras. Bendito Cronos (seja lá quem foi) que deu origem a tal ‘deusa’ imaginária, capaz de mover corações régios, reais, concretos, tangíveis.
Esta imensa casta é enorme, e resguarda uma pequena casa no campo, na cidade, no mar, no céu. Só para vivermos distante de tudo, de todos, da vida, da bendita vida que nos pregam peças capazes de desleixar o amor e nos fazermos regredir ao que sempre fomos sempre éramos- um nada. Este bem material, prado, físico, concreto, carnal existe em nosso imaginário- sim, vivo numa casa no campo quando estás ao meu lado, é um grande sonho (acordado) no qual não quero desvincular-me nunca, nunca, nunquinha.
Viverei, vegetarei, viajarei, vencerei, verei, voarei, venerarei, vincularei. Enquanto estiveres em minha vida, em meus sonhos, em minha rotina monótona e cansativa, mas que tem vida, pois o toque do teu brilho se encontra nela, a cada dia, a cada momento, a cada... passar do tempo.
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