quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Cadê o espírito de ano novo?

Não existem espíritos para celebrar a chegada- o ínicio de uma nova jornada que está prestes a se cumprir. Todos os anos a vida é a mesma, os objetivos os mesmos, a jornadas as mesmas, as ruas, as praças, as escolhas, as brigas, as tristezas, as felicidades, os motivos, os caminhos, os amigos, os amores (é bom), as lições, os trabalhos, o sorriso, as palavras, o beijo, a inimizade, a amizade, o enfado, a casa, a rua, a cidade, o país, os irmãos, a família, a esposa, o marido, o casal, o cachorro, o pátio, a chuva fria, o café quente, o chocolate quente, os livros, o estudo, as mesmas caras, as mesmas máscaras, a falsidade, o egoísmo, a hipocrisia, o disfarce, as guerras, as novelas, os filmes, o olhar contemporâneo, os vestibulares, a vida, o rosto, a fome, a comida, o désdem, a música alegre, as boates, as festas contagiantes, as doenças, as mortes, os nacimentos, o mundo, TUDO!
Tudo é a mesma coisa há dois mil e oito anos atrás, e não é porque um novo ano chegará que vai ser diferente dos outros, o mundo, o ser humano, a humanidade não tem a capacidade plena de querer progredir, avançar, libetar , desenvolver, criar, projetar, planejar, desejar, galgar, enfim. Dificulta o entendimento os grandes projetos de vida, os desejos mórbidos e o sentimento altruístico que ronda SOMENTE neste último mês do ano. Pena.
Não há enfados para suplicar, desejar, rogar, não há! Não há nada a planejar! Deixar a desejar; Realizar; Montar; Construir, não há!
Os desejos se foram, os objetivos correram, e a única coisa que brando-me neste momento é o desejo pela vida vivida sobre o mundo costruido apenas para a minha vida.

Um comentário: