Estou parado numa velocidade constante
Preso num mundo que não gira,
E que lá fora a constância readmite
Estou preso num destino que não passa
E numa vida que não roda, nem a roda.
Estou em inconstância, porém, em inércia
Estou inconstante como o cata-vento
Como as rosas que se abrem a cada dia
Como a vida que muda constantemente
Estou em inércia e parado, e quieto.
Estou apenas apreciando o nada
E o nada me apreciando.
Estou possuído por alucinógenos que fazem a vida passar.
Estou em exílio no meu mundo,
E presco continuarei
Como passarinho na gaiola
Estou preso em minhas palavras.
Estou sem vida, sem dinheiro, sem cigarros e sem luz.
O que me resta são as moedas que apostarei.
O que me resta são apenas moedas
Que apostarei num futuro de velocidade inconstante.
Estou exilado como aquele que cantou.
Estou em inércia como aquele que selou
E em inércia ficou, sem poder definir.
Estou preso numa garrafa de vidro rebuscada, e de cor marrom.
Estou preso na escuridão, na qual nunca enxergarei o mundo lá fora.
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