quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Lembranças.

Esta música tão fria lembra aquele dia tão quente em que encontrava-mos despidos na sua cama tão macia e confortável, e que parecia pequena para nossa gama de sentimentos tão grandes que se faziam presente naquele ato sexual. Esta música é apenas a única lembrança que ficou guardada de nós, é a única herança que recebo da morte do nosso amor.
Esta lembrança consome como as lágrimas que caem incessantemente dos meus olhos.
Esta lembrança é uma pedra que está encravada no meu coração, e que não há guindaste que possa carregá-la para longe de mim.
Lembrar é retirar da mente tudo o que já foi vivido um dia,
E eu vivi tudo. E, de uma hora para a outra tudo morreu.
Os sentimentos, aquele olhar doce, aquele beijo que você me dava no olho, aqueles amassos nos lugares proibidos.
Éramos dois meninos sonhadores, com ideais semelhantes e que se contraporam de forma repentina.
Agora são apenas lembranças, apenas lembranças de um dia que jamais voltará.
O nunca existe, e aqui ele se faz presente.
Um ano para esquecer todas as aventuras não foram suficientes, não foi capaz de suplantar a minha agonia interna de querer ter você por pelo menos mais um dia.
Apenas lembranças reinaram.
E apenas lembranças terei...
De um dia em que seus olhos brilharam, e eu capturei esta imagem para sempre em minha vida.

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