sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Aluga-se um corpo.

Aluga-se um corpo que não consegue seguir sozinho
Aluga-se uma vida, uma alma, um alguém.
Alugam-se os detalhes curvilíneos e a virilidade.
Alugam-se cabelos lisos que balançam com o soprar do vento.

Aluga-se uma criança que pensa alto,
E no alto sempre está esperando a coragem chegar para pular.
Aluga-se um coração gelado, esperando pelo fogo.
Aluga-se um corpo vazio e feio por dentro, que nem aparece, que nem padece.
Aluga-se a mim, que ‘publicitando’ estou, em busca de um pagante.
Alugue-me e usufrua de todos os benefícios do meu corpo de traços finos.

Aluga-se um quarto vazio, que clamando está por dois corpos na mesma cama.
Aluga-se apenas uma noite de prazer,
E com prazer alugar-te-ei um lugar na minha mesa, à minha cama e ao meu lado.
Alugar-te-ei toda uma gama de sentimentos por apenas um único momento.
Alugar... Será que vale realmente a pena?
Será que o preço caro deve ser pago?
Alugue-me, sem exitar,
E por uma noite me terás em sua cama.

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