"Dor é uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve a excruciante, associada a um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma reação orgânica e emocional."
A dor é realmente um 'alerta' do meu corpo, que expele e respresenta em dimensões invisivéis fatos do meu cotidiano que não estão agradavéis ao meu ver, porém, esta dor que aqui imputa-se não é uma dor que nem a definição mais cabível não se enquadra. Essa dor é formada pelo rendimento de adrenalina que circula tão rápido pelo meu sangue, que acaba afetando meu sistema límbico. A dor é sem dúvida o alerta de que nada está certo, e sem duvida tem que se regulamentar.
Terça-feira, sete de outubro de dois mil e oito. Aqui, mais um dia, talvez o sexto milésimo e algumas dezenas. Apenas uma olhada pela janela do quarto, para perceber que os anos se passaram, e eu não evoluí, talvez não evoluí, é o que meu pensamento dizia a poucos instantes antes do período latende. Tentando entender minha curiosidade de buscar respostas para definir meu ser, eu apeguei-me a janela, aos riscos, a sujeira, a música que soava pelos meus ouvidos, as pessoas naquele recinto, o clima, o sol.
Logo após ao chegar ao instituto (nunca mais mencionei essa palavra) de ensino, abateu-me uma calafrio que viria mais tarde fazer-me soar a testa. Dor que jamais esquecerei em minha vida. São tantos os problemas que parece que eles se jutaram em uma única manifestação de alerta. Minha face começou a doer. Toda a 'asneira' estava formulada, fugiu-me a atenção, perdi todas as aulas. Só me restou continuar a ouvir a musica que soava baixinho no meu ouvido (quase surdo), preciso fazer uma lavagem.
Finalmente cheguei ao bendito lar, que só fez aborrecer-me ainda mais, e minha cabeça quase explodiu. Parei, relaxei, dormi! Acordei e tomei um medicamento, pensando que seria eficaz, mas tudo foi em vão. E agora aqui repousei, aliás, repouso. Somente as luzes dessa tela de quinze polegadas iluminam meu rosto, que demonstra uma ampla dor que parece não chegar ao fim. Talvez essa filosofia da dor, aqui exposta não esteja tão convicente quanto meu rosto, que almeja por uma busca de remédio que possa me tirar desse submundo de maldições.
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