Quando chega o anoitecer meus pensamentos diários reunem-se para um debate que suprem minhas energias e me deixam sonolento. Em busca de 'refúgio' encontro aquele cobertor, colorido e com vida, que encobre minhas melancólicas idéias. Cubro-me dos pés à cabeça para fugir daquele escuro que parece me engolir, tenho medo.
Debaixo daquele pedaço de algodão, há um mundo fantástico, um mundo onde consigo encontrar paz de espírito para tentar idealizar projetos de vida que a incerteza destruirá mais tarde. Lá em baixo tudo é fantasioso, as pessoas são adoravéis e esse ser que tanto se questiona pela existência é alguém com expectativas futuras, que faz algo válido e perceptível para as pessoas que o amam.
Durante o transe que envolve prazer e alegria há a percepção extra-sensorial que faz-me deixar de sonhar, deixar de idealizar e entrar no real. Quando essa passagem do arcaico para o realismo se faz, o menino vira homem e aceita a realidade de viver da forma que é. Endorfinas são as piores inimigas de um homem nessa hora, se elas podessem gritar para mim, concerteza elas suplicariam pela minha morte!
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